Cristão-cristão e cristão-pagão


Por Revista Católica Shalom Maná
Cristão-cristão sabe que a Igreja é o corpo de Cristo, isso é, que ele e todos os batizados formam, juntos, o Corpo Místico de Jesus Cristão-cristão sabe que a Igreja é o corpo de Cristo, isso é, que ele e todos os batizados formam, juntos, o Corpo Místico de Jesus

Às vezes fico a pensar como tem cristão que é cristão e como tem cristão que é pagão.

Cristão-cristão sabe que o Batismo é a fonte da graça santificante, isto é, a graça que nos é dada por Deus para que sejamos santos, graça a ser vivida a vida inteira.

Cristão-pagão considera o Batismo um evento social meio chato, com um monte de menino chorando e correndo pelo meio das mesas nas quais os adultos comem e bebem.

Cristão-cristão sabe que existe um só Deus, Uno e Trino, cujo Filho deu a vida no lugar da nossa e que e Seu Sacrifício de amor é a única fonte da salvação de todos os homens.

Cristão-pagão acha que todos os deuses são o mesmo Deus dos cristãos, que, no final, tanto faz Buda, Alá, Krishna, Energia Cósmica, tudo dá na mesma.

Cristão-cristão sabe que só existe uma Igreja Católica, fundada por Jesus Cristo em Pentecostes, vinda dos Apóstolos e que nela temos a verdade e, por ela, a salvação de toda a humanidade.

Cristão-pagão crê que nem precisa de Igreja para salvar-se, que pode até ter uma fé pessoal, um deus só seu, sem fazer parte de nenhuma comunidade eclesial.

Cristão-cristão sabe que a Igreja é o corpo de Cristo, isso é, que ele e todos os batizados formam, juntos, o Corpo Místico de Jesus, que tem a missão de continuar Sua missão de salvação sobre a terra.

Cristão-pagão pensa que a Igreja é dispensável, que ser cristão se reduz a ir à missa aos domingos, aos casamentos e missas de sétimo dia.

Cristão-cristão sabe que não basta ir à Igreja aos domingos ou fazer parte de uma comunidade. Sabe que daí brota – e aí é alimentado - o amor que o leva a desejar amar sempre mais, dar-se sempre mais e de todas as formas a Cristo e seus irmãos.

Cristão-pagão crê que a Igreja e os sacramentos (confissão, Eucaristia, Crisma) são desnecessários, que basta amar e fazer o bem para agradar a Deus. Esquece-se que a única fonte de amor é Deus e sem Ele não se tem como amar.

Cristão-cristão sabe que a felicidade consiste em amar a Deus acima de todas as coisas e amar o irmão como Jesus o amou, isto é, dando toda a vida sem restrições, sem nada reter para si.

Cristão-pagão acha que ser feliz é não ter nenhum problema, preocupação ou perturbação.

Cristão-cristão sabe que o sofrimento contém em si um sentido misterioso e sobrenatural que lhe foi impresso pela cruz de Cristo. Por isso, mesmo sofrendo é feliz.

Cristão-pagão faz qualquer coisa para se ver livre do sofrimento: troca de igreja, vai a cartomante, a macumba, usa cristais, faz massagens esotéricas, qualquer coisa, desde que não sofra mais. Nem pensa em dar sentido ao sofrimento.

Cristão-cristão, quando passa aperto financeiro, sabe que Deus aproveitará esta oportunidade para fazê-lo viver unido à pobreza de Cristo e da Sagrada Família. Continua trabalhando, ou buscando trabalho, e confia na providência do Pai.

Cristão-pagão, quando passa aperto financeiro, diz que Deus se esqueceu dele e que não vê como ele tem sido bom, como tem ajudado aos pobres, como tem até pago o tributo da Igreja. Considera Deus ingrato e começa a jogar na loteria ou a se desesperar, preocupado com o dia de amanhã.

Cristão-cristão pensa mais nos outros que em si. Vive para fazer os outros felizes.

Cristão-pagão pensa mais em si que nos outros. Vive para que os outros o façam feliz.

Cristão-cristão encontra a liberdade ao entregar-se a Deus, confiar Nele e obedecer ao Evangelho.

Cristão-pagão encontra a escravidão ao entregar-se ao possuir, ao poder, ao prazer e confiar em si mesmo e esperar de si a felicidade.

Cristão-cristão sabe que é chamado a ser diferente, que nem toda moda lhe convém, nem toda diversão o ajuda a crescer na graça, nem todo programa de TV ou leitura o levam para mais perto de Deus e, assim, em coerência com sua fé, simplesmente os evita.

Cristão-pagão considera tudo isso besteira, pieguice, caretice e acha que pode fazer de tudo, que o negócio é curtir, que programas e leituras não influenciam os valores de ninguém e, assim, acabam por afastar-se cada vez mais de Deus e do Evangelho.

Cristão-cristão cultiva a castidade e sabe que amar é doar-se.

Cristão-pagão não conhece o valor da pureza e acha que amar é transar.

Cristão-cristão, enfim, pensa como Cristo e vê o valor, a beleza e a riqueza do caminho estreito que leva à felicidade do amor.

Cristão-pagão, enfim, pensa como o mundo e se deixa atrair pelo caminho largo que leva à infelicidade do egoísmo.

Um é cristão e, coerentemente, pensa e age como o Cristo que ama. Outro, é cristão e, incoerente, pensa e age como os outros, como o mundo. Qual dos dois, em sua opinião, é feliz em toda circunstância e para sempre?


(1) Comentário

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Muito bom este texto, ajuda-nos a refletir das nossas atitudes, será que somos cristãos ou pagãos?
Muitas vezes, nos dias atuais, nos vemos cometendo muito mais atitudes de pagãos do que cristãos, pois nos deixamos influenciar pela correria e os problemas do dia-a-dia e não paramos para perceber o que estamos fazendo das nossas vidas.

Parabéns!
Textos como este, só nos edifica.

 
Marcos em 08 de março de 2011 às 09:55