Itaporã: Recanto de Paz que eu preciso
Walter Ramos
Às vésperas de completar 57 anos de emancipação política, Itaporã é uma jovem cidade em plena forma e imponente nos trilhos do desenvolvimento.
Pequena, porém revestida de uma grandeza sustentável que se observa em seu potencial de riquezas naturais, Itaporã pode se orgulhar de sua bela história construída a pouco mais de meio século.
Fotos, fatos e muitos relatos de seus pioneiros, nos contam uma historia que às vezes confunde com um bom roteiro de filme ou com um texto de Jorge Amado que tão magnificamente soube descrever sua terra e sua gente.
Em 57 anos, Itaporã passou por quase todas as fazes que uma cidade passaria ao longo de um século.
A historia começou com onça esturrando ao redor das casas de pau a pique, com pessoas vislumbrando a chegada do primeiro caminhão na cidade, e com as noites embaladas na luz da lamparina. Pois bem, considerando que 57 anos foram vividos intensamente pelos homens e mulheres que contribuíram e contribuem para o nosso desenvolvimento, posso afirmar que foram vertiginosos os acontecimentos neste período.
Ontem lamparina, rádio de pilha e lápis atrás da orelha para fazer a contabilidade domestica, hoje, Luz elétrica, TV digital, Internet e tantas outras maravilhas da tecnologia.
Tem um ditado popular que diz “Quem viver verá”; que bom vivermos e podermos ver tanta transformação em nossa querida Pedra Bonita, que notadamente é um celeiro de potencialidades que ainda tem muito a mostrar.
Apesar de não ter nascido nesta cidade, tenho plena convicção que o meu coração proclamou a sua cidadania ao respirar os ares deste recanto. Conversando com amigos contemporâneos e com amigos de meus pais e avós, vejo que há uma resistência, não sei se saudosista ou conservadora em ralação ao progresso de nossa cidade.
Estes personagens vivos da nossa historia, são enfáticos em dizer que Itaporã é um paraíso, e que está bom assim, (cidade pequena e tranqüila), pois, se muito evoluir, nos remeteria a mais uma selva de pedra com o mesmo artificialismo e frieza das grandes metrópoles. Mesmo com tanta evolução nos dias de hoje, ainda podemos ver em Itaporã as pessoas se cumprimentarem nas ruas, a força da solidariedade que dispensa comentários, o verdadeiro provincianismo que ainda resiste ao tempo.
É prazeroso morar em Itaporã, é gratificante saber que ainda há tanta gente boa neste pedaço de chão, mesmo que a voracidade do progresso e a guerra pela sobrevivência começam a nos preocupar.
Itaporã vivenciou uma mudança de século e milênio, e neste período também vivenciou uma verdadeira revolução econômica aonde em meados da década de 70, a mecanização da lavoura chegou junto com os migrantes gaúchos, paulistas e paranaenses, e conseqüentemente a diversificação cultural veio em suas malas para fixar raízes no seio de nossa gente.
Podemos ser aquela cidadezinha no fundo do Brasil, mais duvido que Cariocas, Paulistas, ou qualquer outro vivente de grandes metrópoles tenha o prazer de sujar os pés numa terra roxa e sadia, onde se aprecia o tereré, o suculento churrasco, a tranqüilidade de um pesqueiro em harmonia com a natureza, o bate papo com os amigos no portão de casa e o jeito Itaporaense de ser, que só se vê aqui.
Assim como muitos que aqui vivem, confesso que sou grato por tudo que Itaporã me proporcionou. Faltando poucos dias para o aniversario de 57 anos quero render minhas homenagens a todos que ajudaram a construir a historia da minha cidade. Não vou e não devo citar nomes, pois estaria cometendo injustiça ao esquecer um nome em meio a tantos que trabalharam na edificação deste paraíso.
Parabéns Itaporã, vejo que você entrou acelerado na segunda metade do seu primeiro século. Muita coisa boa ainda irá acontecer por aqui, muitos valores das artes, música, futebol em breve estarão dignificando ainda mais o seu nome Pedra Preciosa. Terra Prometida? Seria muita pretensão, mais que tu és promissora, cheia de encantos e um manancial de paz, isso eu assino em baixo.
Pra finalizar, digo que, se alguém achar que estou inventando, venha beber da água de Itaporã, ”duvido que você não volte mais vezes.” Welcome to the Beautiful Stone, Peguahê Porâiteke Itaporã me, Bem-vindo a Itaporã.
Walter Ramos é jornalista e itaporaense de coração.
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