Os padrinhos que escolhi para batizar meu filho são protestantes. Há algum impedimento?

Não é questão de ser ou não um impedimento. Tratando-se de um sacramento que nos introduz na comunidade como filhos e filhas de Deus, acreditamos ser um acontecimento muito importante, que nos marca indelevelmente por toda vida, e não simplismente um rito realizado naquele instante.

Entendemos que o papel dos padrinhos na vida de seu afilhado é singular, visto que diante de Deus e da comunidade cristã assumiram ser co-responsáveis com os pais na educação e vivência cristã do batizado. Os padrinhos devem ajudar os pais nessa tarefa, principalmente no que se refere à instrução religiosa.

Diz o Diretório para a Celebração dos Sacramentos de nossa diocese: "[...] os padrinhos devem ser cristãos firmes, capazes e prontos a ajudar o novo batizado, criança ou adulto, em sua caminhada na vida cristã".

Os curstos de pais e padrinhos, oferecidos nas diversas paróquias de nossa diocese, têm frisado o importante lugar que os padrinhos ocupam na vida do afilhado. Por isso, naturalmente, podemos inferir que não convém os pais católicos confiarem a um casal que não professa uma fé diferente da nossa, o apadrinhamento de seu filho. Não se trata de impedimento, mas de um risco que se corre, provocando confusão na etapa de crescimento da criança e no seu amadurecimento à vida cristã. O Código de Direito Canônico (873-874) sugere a possibilidade, àqueles que professam uma fé distinta da nossa, de serem testemunhas ao lado de um padrinho ou madrinha católicos, a fim de participarem no rito do Batismo.

Pe. Alexsandro S. Lima
[email protected]
Páróquia Rainha dos Apóstolos