A intolerância dos “pacifistas”!
Na semana passada, no meu artigo sobre a Jornada Mundial da Juventude, prometi falar sobre incidentes que aconteceram em Madri. Escrevi que havia grande paz e alegria por parte dos católicos.
Então o que presenciei? Infelizmente vi pequenos grupos raivosos que queriam forçar a multidão a se indignar contra o Papa e a Igreja, pois diziam que a Igreja não respeita os direitos humanos, que é contra a liberdade, etc. Mas foi exatamente o contrário, pois enquanto dois milhões pacificamente desejavam expressar sua fé, sua liberdade religiosa, sem ofensas a ninguém, pequenos grupos que se diziam sem fé, queriam impedir, exatamente em nome da liberdade, as manifestações livres.
Mas o que usaram para persuadir a imensa massa de jovens? Nem sempre o diálogo, mas a agressividade física e verbal, assim um jovem de campo Grande foi agredido verbalmente por um manifestante que o insultava com as mais variadas afrontas, por ser ele um cristão, que segundo o agressor era uma aberração.
Outras vezes, tentando jogar objetos nos jovens e até um protesto contra o próprio Papa, a polícia teve que intervir, pois as manifestações eram demasiadas agressivas. Ficou claro que não usaram as mesmas armas que exigiam, isto é, pediam liberdade, mas não respeitaram quem a pratica, pediam respeito, mas não o ofereceram para quem manifestava o direito à fé, pediam o direito ao casamento das pessoas do mesmo sexo, mas não respeitaram quem em nome da fé, pensa diferente.
Assim, as únicas manifestações de violências que foram vistas em Madri foram exatamente daqueles grupos que pregam que não sejam praticadas violências aos seus direitos. Aliás, antes do anúncio de que o Rio de Janeiro seria próxima sede da Jornada Mundial da Juventude, em 2013, na internet e na imprensa em geral do Brasil, não se falava na alegria e na paz reinante entre os jovens peregrinos, mas simplesmente dizia que o Papa fora recebido com manifestações contrárias à sua presença naquele país, sem sequer dizer uma palavra sobre as coisas boas dirigidas ao chefe da Igreja, dia a pós dia, muito menos mencionavam que havia uma juventude do mundo todo numa grande manifestação de fé, exatamente daqueles que são considerados, muitas vezes, como extravagantes e irresponsáveis: os jovens.
Confesso que ao ler tais noticias, percebi claramente que há um propósito em esconder a beleza do cristianismo e noticiar aquilo que se opõe a ele, sobretudo, mostrando os cristãos como pessoas desfavoráveis à liberdade e ao progresso. Afinal, a quem serve certos setores da mídia? Por que os cristãos representam tamanha ameaça a estes setores? São perguntas que ainda não sei responder com muitos argumentos, mas que podem ser constatadas facilmente a partir de tais fatos.
Um grande jornal espanhol também fez algumas considerações similares, ao dizer que a raiva laicista, em nome da liberdade, vem se tornado uma grave ameaça à própria liberdade.
Pe. Crispim Guimarães
Pároco da paróquia Cristo Rei, Laguna Carapã. MS
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