Apenas um pterodáctilo
Na verdade, muitos que se acham enormes jurássicos, não passam de pterodátilos e alguns que são pterodátilos são bastante grandes para ser mais do que isso.”
padrezezinhoscj.com
De tanto ver os animais da era jurássica desenhados ou estilizados no cinema, esqueci que a era jurássica não tinha apenas animais gigantescos. Quando descobri que o pterodátilo brasileiro desenhado parecia um gigantesco dragão, mas, na realidade, não era maior do que um pardal, ainda que réptil fosse; comecei a definir-me como um pterodátilo; da era jurássica sim, mas pterodátilo, pequeno, que com tudo era mais do que um réptil porque conseguia voar.
Munido desse novo conceito de humildade, comecei a brincar com os amigos e a dizer que eu era um jurássico pterodátilo; quando um deles descobriu o tamanho do pterodátilo, riu de mim e perguntou se eu sabia do que estava falando e eu disse: - “É claro, eu me chamo Zezinho. Eu me chamo José Fernandes de Oliveira, mas as pessoas me dão apelido de Zezinho, o que vale dizer que aceito a mística do ser pequeno. Na verdade, muitos que se acham enormes jurássicos, não passam de pterodátilos e alguns que são pterodátilos são bastante grandes para ser mais do que isso.”
João Batista tocou no assunto quando disse que precisava diminuir para que Jesus aparecesse. Jesus foi mais longe quando disse que quem quisesse ser grande teria que se pequeno. Fez mais quando sugeriu que seus discípulos não procurassem os primeiros lugares nos banquetes.
Sugiro aos que se imaginam grandes e primeiros que revejam o seu tamanho. A mística do pterodátilo talvez ajude...
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