Psicóloga douradense esclarece dúvidas sobre Transtorno Bipolar
Doença afeta 1,5% da população mundial
Do MS Já
O Transtorno Afetivo Bipolar vem sendo muito comentado pela mídia, pois alguns famosos revelaram que convivem com a doença. A atriz britânica Catherine Zeta-Jones, após ser internada em um hospital psiquiátrico para tratamento do transtorno, revelou que o estresse que passou com a doença do marido, o ator Michael Douglas, desencadeou a crise.
O MS JÁ entrevistou a psicóloga Rubia Durand para esclarecer dúvidas sobre a bipolaridade e segundo ela o Transtorno Afetivo Bipolar (TAB), é também conhecido como Transtorno Bipolar de Humor (TBH) e antigamente usava-se o termo Psicose Maníaco Depressiva.
A doença esta diretamente relacionada com as alterações de humor, “com episódios depressivos e maníacos que esses episódios maníacos são caracterizados com extrema alegria, euforia e humor extremamente elevado (Mania), e também a episódios de humor muito baixo e desespero (depressão), no qual o individuo apresenta no decorrer da sua vida”, explica Rubia.
O transtorno acomete segundo a especialista 1,5% da população mundial e se caracteriza por ser uma doença crônica e grave.
A idade na qual a bipolaridade se manifesta se dá em torno dos 20 a 30 anos de, mas pode começar após os 70 anos.
Transtorno Tipo I e Tipo II
De acordo com a psicóloga o Transtorno afetivo bipolar se divide em dois tipos, o 1 e o 2. No tipo 1 a pessoa vive episódios de Mania (euforia) e posteriormente episódios depressivos. “Essas fases não ocorrem necessariamente numa ordem sistemática entre Mania e Depressão. Na prática observa- se que os pacientes têm uma tendência a terem várias crises de um tipo e poucas de outro”, explica ela.
O segundo tipo caracteriza-se por não apresentar episódios de Mania, mas de hipomania com depressão. Rubia explica que hipomania são episódios de períodos distintos “durante o qual existe um humor anormal e persistentemente elevado”.
Os sintomas
A psicóloga ressalta que todos nós já passamos por momentos de tristezas e euforias, mas não significa que sofremos de um Transtorno Afetivo Bipolar, pois “o Transtorno afetivo bipolar apresenta as características citadas de modo exagerado e muitas vezes duradouro”, enfatiza.
A família e o Bipolar
Muitas vezes escutamos relatos das dificuldades da família em lidar com doenças relacionadas ao humor. Mas segundo a psicóloga Rubia Durand a família tem papel fundamental na estabilidade do comportamento apresentado pelo paciente que sofre de Transtorno Afetivo Bipolar. “Os familiares podem dar apoio e ajudar no tratamento, podem compreender mais os sintomas, as causas e o autocontrole. Auxiliando o indivíduo com Transtorno Afetivo Bipolar a enfrentar suas dificuldades”.
Buscar informação em qualquer situação da doença é fundamental, pois auxilia tanto o indivíduo como os familiares a se prepararem, para manterem um melhor bem-estar e equilíbrio para o doente. “Adotar medidas preventivas, praticar exercícios e formar uma rede de apoio sustentará de forma mais significativamente uma qualidade de vida satisfatória e favorável para a pessoa bipolar”, conclui a psicóloga.
Diagnóstico
O Transtorno Afetivo Bipolar é considerado uma perturbação afetiva e como explica a psicóloga Rubia Durand o diagnóstico correto, muitas vezes só será feito depois de muitos anos. “Por exemplo, podemos citar uma pessoa que tenha uma fase depressiva, receba o diagnóstico de depressão e alguns anos depois apresenta um episódio maníaco (eufórico) e na verdade o que o indivíduo tinha era o Transtorno Afetivo Bipolar, porém até que a Mania apresentasse sua sintomatologia não era possível dar um diagnóstico preciso”, comenta Durand.
A psicóloga explica que a doença não tem uma causa inteiramente conhecida, assim como para os demais distúrbios do humor, sabe-se apenas que os fatores biológicos, relativos a neurotransmissores cerebrais, genéticos, sociais e psicológicos somam-se no desencadeamento da doença.
O tratamento do Transtorno Afetivo Bipolar
Após o diagnóstico, a psicóloga explica que o tratamento será feito com remédios prescritos por um médico Psiquiatra, envolvendo uma classe de medicamentos estabilizadores de humor. “O carbonato de lítio é o mais estudado e o mais usado”, revela.
Um acompanhamento psiquiátrico deve ser mantido por um longo período, sendo que algumas formas de psicoterapia para o indivíduo com Transtorno Afetivo Bipolar pode aprender a lidar com situações e pessoas de modo a evitar episódios maníaco/depressivos.
Para Rubia Durand o psicólogo tem papel fundamental no tratamento do Transtorno Afetivo Bipolar, pois de acordo com ela a terapia faz com que a pessoa se conheça e se sinta melhor consigo mesma e com os outros, “e isso auxilia a diminuir o sofrimento e entender o porquê de determinados comportamentos que estão sendo apresentados. É um trabalho em conjunto entre o psicólogo e o paciente, a participação do paciente é fundamental para o sucesso do processo terapêutico. Não há conselhos, fórmulas mágicas ou milagres, há um autoconhecimento do paciente que foi procurar ajuda”, afirma a psicóloga.
Ela destaca ainda que é muito importante o trabalho em parceria entre psiquiatras e psicólogos para obterem melhores resultados com os pacientes.
Alguns sintomas no quadro de Mania (Euforia):
-Humor excessivamente animado, exaltado, eufórico, alegria exagerada e duradoura;
-Extrema irritabilidade, impaciência ou “pavio muito curto”;
-Agitação, inquietação física e mental;
-Aumento de energia, da atividade, começando muitas coisas ao mesmo tempo sem conseguir terminá-las.
-Otimismo e confiança exagerados.
-Pouca capacidade de julgamento, incapacidade de discernir
-Crenças irreais sobre as próprias capacidades ou poderes, acreditando possuir muitos dons ou poderes especiais
-Idéias grandiosas
-Pensamentos acelerados, fala muito rápida, pulando de uma idéia para outra, tagarelice
-Facilidade em se distrair, incapacidade de se concentrar
-Comportamento inadequado, provocador, intrometido, agressivo ou de risco
-Gastos excessivos
-Desinibição, aumento do contato social, expansividade
-Aumento do impulso sexual
-Insônia e pouca necessidade de sono
-Agressividade física e/ou verbal
-Uso de drogas, em especial cocaína, álcool e soníferos
Quadro de Depressão, que pode ser leve, moderado ou grave:
-Humor melancólico, depressivo
-Perda de interesse ou prazer em atividades habitualmente interessantes
-Sentimentos de tristeza, vazio, ou aparência chorosa/melancólica
-Inquietação ou irritabilidade
-Perda ou aumento de apetite/peso, mesmo sem estar de dieta;
-Excesso de sono ou incapacidade de dormir
-Sentir-se ou estar agitado demais ou excessivamente devagar (lentidão)
-Fadiga ou perda de energia
-Sentimentos, de falta de esperança culpa excessiva ou pessimismo
-Dificuldade de concentração, de se lembrar das coisas ou de tomar decisões
-Pensamentos de morte ou suicídio, planejamento ou tentativas de suicídio
-Dores ou outros sintomas corporais persistentes, não provocados por doenças ou lesões físicas
Quadro do Estado Misto, que se caracteriza pelas seguintes questões:
-Sintomas depressivos e maníacos acentuados acontecendo simultaneamente
-A pessoa pode sentir-se deprimida pela manhã e progressivamente eufórica com o passar do dia, ou vice-versa
-Pode ainda apresentar-se agitada, acelerada e ao mesmo tempo queixar-se de angústia, desesperança e idéias de suicídio
-Os sintomas freqüentemente incluem agitação, insônia e alterações do apetite. Nos casos mais graves, pode haver sintomas psicóticos (alucinações e delírios) e pensamentos suicidas
Alguns sintomas no quadro de Mania (Euforia):
-Humor excessivamente animado, exaltado, eufórico, alegria exagerada e duradoura;
-Extrema irritabilidade, impaciência ou “pavio muito curto”;
-Agitação, inquietação física e mental;
-Aumento de energia, da atividade, começando muitas coisas ao mesmo tempo sem conseguir terminá-las.
-Otimismo e confiança exagerados.
-Pouca capacidade de julgamento, incapacidade de discernir
-Crenças irreais sobre as próprias capacidades ou poderes, acreditando possuir muitos dons ou poderes especiais
-Idéias grandiosas
-Pensamentos acelerados, fala muito rápida, pulando de uma idéia para outra, tagarelice
-Facilidade em se distrair, incapacidade de se concentrar
-Comportamento inadequado, provocador, intrometido, agressivo ou de risco
-Gastos excessivos
-Desinibição, aumento do contato social, expansividade
-Aumento do impulso sexual
-Insônia e pouca necessidade de sono
-Agressividade física e/ou verbal
-Uso de drogas, em especial cocaína, álcool e soníferos
Quadro de Depressão, que pode ser leve, moderado ou grave:
-Humor melancólico, depressivo
-Perda de interesse ou prazer em atividades habitualmente interessantes
-Sentimentos de tristeza, vazio, ou aparência chorosa/melancólica
-Inquietação ou irritabilidade
-Perda ou aumento de apetite/peso, mesmo sem estar de dieta;
-Excesso de sono ou incapacidade de dormir
-Sentir-se ou estar agitado demais ou excessivamente devagar (lentidão)
-Fadiga ou perda de energia
-Sentimentos, de falta de esperança culpa excessiva ou pessimismo
-Dificuldade de concentração, de se lembrar das coisas ou de tomar decisões
-Pensamentos de morte ou suicídio, planejamento ou tentativas de suicídio
-Dores ou outros sintomas corporais persistentes, não provocados por doenças ou lesões físicas
Quadro do Estado Misto, que se caracteriza pelas seguintes questões:
-Sintomas depressivos e maníacos acentuados acontecendo simultaneamente
-A pessoa pode sentir-se deprimida pela manhã e progressivamente eufórica com o passar do dia, ou vice-versa
-Pode ainda apresentar-se agitada, acelerada e ao mesmo tempo queixar-se de angústia, desesperança e idéias de suicídio
-Os sintomas freqüentemente incluem agitação, insônia e alterações do apetite. Nos casos mais graves, pode haver sintomas psicóticos (alucinações e delírios) e pensamentos suicidas