01/10/2017 07h45

Outubro: mês missionário

Artigo de nosso bispo diocesano, publicado originalmente na Revista 'Elo' do mês de outubro de 2017

Olá caros irmãos e irmãs! Neste mês de outubro, mês missionário, quero refletir com vocês a grande importância dos Cristãos Leigos e Leigas, na vida missionária da Igreja de Cristo Jesus através das Dioceses, Paróquias e Comunidades, nas Pastorais, Movimentos, Serviços e Organismos, à luz da 54ª Assembleia da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil-CNBB 2016: "Cristãos Leigos e Leigas, sujeitos na Igreja e na Sociedade" e o Lema: "Sal da Terra e Luz do mundo" (Mt. 5,13-14), a qual permeou toda a Assembleia, como tema central.

Na 55ª Assembleia da CNBB deste ano de 2017, esta reflexão sobre os cristãos leigos e leigas voltou e foi tratada como Vocação: verdadeiros sujeitos eclesiais e corresponsáveis pela nova evangelização, tanto na Igreja como na sociedade. A caminhada da Igreja na América Latina e no Brasil, a celebração do cinquentenário da conclusão do Concílio Vaticano II, a Conferência de Aparecida (DAp.) e a eclesiologia missionária e renovadora do Papa Francisco, nos motivam a dar atenção especial à ação evangelizadora, que os cristãos leigos e leigas desempenham na Igreja e na sociedade marcada por uma "mudança de época".

Essa realidade eclesial, pastoral e social, dos tempos atuais torna-se também um forte apelo a uma avaliação profunda e abertura ao tema do laicato. Urge abrir espaços de participação, estimular a missão, refletir sobre avanços e retrocessos, para fazer crescer, na Igreja, a corresponsabilidade, a comunhão, a participação e o protagonismo dos leigos.

Não devemos esquecer que a realidade dos Cristãos leigos e leigas, vida e prática caracterizam-se pelo administrar e ordenar as coisas temporais, através de seus trabalhos e profissões: vida secular. Participar da vida pública, da realidade social, da economia, da cultura, das ciências e das artes, é de caráter secular. Porém, vivem tudo isso buscando o Reino de Deus através do Evangelho, bem como no amor à família, à educação dos filhos e ao trabalho profissional (EN, 70; LG, 31).

Por isso, além do caráter secular, é importante enfatizar a identidade e a vocação, da espiritualidade e da missão dos cristãos leigos e leigas na Igreja. O Papa Francisco se manifestou dizendo que "A imensa maioria do Povo de Deus é constituída por leigos e leigas. Cresceu o sentido de Comunidade, da consciência cristã, do espírito de fidelidade ao compromisso da Caridade, da catequese, da celebração da fé" (EG, 102).

"Uma coisa é muito importante entender: se é verdade que um cristão leigo e leiga não pode substituir o pastor, é também verdade que o pastor não pode substituir os cristãos leigos e leigas, nos campos em que eles e elas têm mais competência. Isso mostra que os fiéis leigos não estão aí para situações emergenciais e sim compromissos contínuos na sua missão. Responsabilidade laical que nasce do Batismo e da Crisma" (EG, 102). Isso mostra um longo caminho a percorrer, em se tratando da vocação dos cristãos leigos e leigas. Por isso, a proposta da "Igreja em Saída" com espírito Missionário, diz o Papa Francisco.

Assim, diante da beleza da vocação dos Cristãos leigos e Leigas, a CNBB promulgou o ano de 2018 de o ANO DO LAICATO, abrindo dia 26 de Novembro de 2017, na Festa de Cristo Rei do Universo. Queridos Cristãos, Leigos e Leigas, continuem despertando sua vocação ao chamado de Deus na Igreja e na Sociedade: Jesus te chama pelo nome! Que o Mês Missionário lhe dê mais uma oportunidade para essa reflexão.

Louvado seja o Sagrado Coração de Jesus. Para sempre seja Louvado!

Dom Henrique A. de Lima, CSsR Dom Henrique A. de Lima, CSsR

Dom Henrique A. de Lima, CSsR

Bispo Diocesano de Dourados

Artigo publicado originalmente na Revista 'Elo' do mês de outubro/2017


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