Bem-aventurado Inácio de Azevedo e companheiros mártires
Terça-feira, 17 de julho de 2012
Quarenta mártires. Entre eles 2 padres, 24 estudantes e 14 irmãos auxiliares. Portugueses e espanhóis. Todos pertenciam à Companhia de Jesus.
Inácio de Azevedo nasceu no Porto em 1526. Aos 23 anos, já tinha entrado na Companhia de Jesus ocupando vários serviços. Era ardoroso pelas missões além fronteiras.
Foi quando o Superior Geral o enviou para o Brasil e, ao retornar, testemunhou a necessidade de mais missionários. Saíram por isso, 3 naus missionárias. Em uma delas estavam Inácio de Azevedo e os 39 companheiros. A nau foi interceptada por 5 navios de inimigos da fé católica que queriam a morte de todos.
Por amor à Igreja ele aceitou o martírio. Exortou e consolou seus filhos espirituais. Foi morto e lançado ao mar. E todos foram martirizados, alcançando a coroa da glória na eternidade.
Inácio e seus companheiros foram assassinados por serem católicos e missionários. Estamos no tempo das novas missões. A começar na nossa casa e onde convivemos. Ali, é o primeiro lugar onde devemos testemunhar o amor a Cristo e, se preciso, sofrer por Ele.
Nossa Senhora está conosco, os santos intercedem por nós e os mártires rogam pela nossa fidelidade.
Bem-aventurado Inácio de Azevedo e companheiros mártires, rogai por nós!
Hoje:
Dia de Proteção às Florestas
Leituras
Leitura (Isaías 7,1-9)
Leitura do livro do profeta Isaías.
7 1 No tempo de Acaz, filho de Joatão, filho de Ozias, rei de Judá, Rasin, rei de Arão, foi com Pecá, filho de Romelia, rei de Israel, contra Jerusalém para lhe dar combate; mas não pôde apoderar-se dela.
2 Quando se soube, na casa de Davi, que (o exército da) Síria estava acampado em Efraim, o coração do rei e o de seu povo ficaram perturbados como as árvores das florestas agitadas pelos ventos.
3 Então disse o Senhor a Isaías: "Vai ter com Acaz, com Sear-Jasub, teu filho, na extremidade do aqueduto do reservatório superior, no caminho do campo do pisoeiro.
4 E dize-lhe: ´Tem ânimo, não temas, não vacile o teu coração diante desses dois pedaços de tições fumegantes. (Diante do furor de Rasin, da Síria, e do filho de Romelia).
5 Visto que a Síria decidiu tua perdição, com Efraim e o filho de Romelia, dizendo:
6 Vamos contra Judá, nós o bateremos, e nos apoderaremos dele, e proclamaremos rei o filho de Tabeel.
7 Eis o que disse o Senhor Javé: Isso não acontecerá, essas coisas não se realizarão,
8 porque a capital da Síria é Damasco, e a cabeça de Damasco é Rasin. (Dentro de sessenta e cinco anos Efraim desaparecerá do rol dos povos.)
9 E a capital de Efraim é Samaria, e a cabeça de Samaria é o filho de Romelia. Se não o crerdes, não subsistireis´".
Salmo 47/48
O Senhor estabelece sua cidade para sempre.
Grande é o Senhor e muito digno de louvores
na cidade onde ele mora;
seu monte santo, esta colina encantadora
é a alegria do universo.
Monte Sião, no extremo norte situado,
és a mansão do grande rei!
Deus revelou-se, em suas fostes cidadelas,
um refúgio poderoso.
Pois eis que os reis da terra se aliaram
e todos juntos avançaram;
mal a viram, de pavor estremeceram,
debandaram perturbados.
Como as dores da mulher sofrendo parto,
uma angústia os invadiu;
semelhante ao vento leste impetuoso,
que despedaça as naus de Társis.
Evangelho (Mateus 11,20-24)
11 20 Jesus começou a censurar as cidades, onde tinha feito grande número de seus milagres, por terem recusado arrepender-se:
21 "Ai de ti, Corozaim! Ai de ti, Betsaida! Porque se tivessem sido feitos em Tiro e em Sidônia os milagres que foram feitos em vosso meio, há muito tempo elas se teriam arrependido sob o cilício e a cinza.
22 Por isso vos digo: no dia do juízo, haverá menor rigor para Tiro e para Sidônia que para vós!
23 E tu, Cafarnaum, serás elevada até o céu? Não! Serás atirada até o inferno! Porque, se Sodoma tivesse visto os milagres que foram feitos dentro dos teus muros, subsistiria até este dia.
24 Por isso te digo: no dia do juízo, haverá menor rigor para Sodoma do que para ti!"
COMENTÁRIOS DO EVANGELHO
1. “Ter Fé ou viver a Fé, eis a questão”
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)
Este é um evangelho que cai como uma luva para todos nós, cristãos da pós-modernidade. Recentemente a grande mídia deu grande destaque ao fato do IBGE ter divulgado suas estatísticas onde um percentual grande de católicos deixou a nossa Igreja, migrando para igrejas evangélicas, principalmente as da pós-modernidade, com sua tentadora linha neo pentecostalista, que oferece a Religião do descompromisso, onde o membro nãomprecisa fazer nada de concreto a não ser, pagar o dízimo, o resto Deus faz, é só pagar a taxa de contribuição que o milagre vem, principalmente o “Econômico” que transforma da noite para o dia endividados em empresários muito bem sucedidos. O homem da pós modernidade busca exatamente esse tipo de religião e a nossa Igreja Católica não têm esse perfil. Resta uma pergunta: será que todos esses que deixaram a nossa igreja, como alardeia o IBGE, eram cristãos comprometidos com o evangelho e viviam a sua Fé? Há que se duvidar... E muito!
É este o tema do evangelho de hoje, pois em Corazim, Betsaida e Cafarnaum, haviam muitas pessoas que se diziam “Cristãos Fervorosos”, desses que afirmavam categoricamente que TINHAM Fé, como hoje encontramos milhares de pessoas que garantem ter Fé, até mesmo em Jesus Cristo, aqui não se trata de TER mas de VIVER a Fé, o que são coisas completamente diferentes. Quem vive verdadeiramente a sua Fé, jamais abandona a igreja ou a troca por outra denominação cristã, simplesmente porque, com os olhos da Fé saber ver nela os Sinais que Jesus continua a realizar, principalmente nos Sacramentos, que têm poder e eficácia para transformar a vida dos que o acolhem com Fé madura, comprometida com o evangelho.
O Conhecimento desta verdade aumenta e muito a nossa responsabilidade como cristãos, membros da nossa Igreja, pois muitas vezes, nos orgulhamos de ser católicos da gema, de nascença, entretanto apenas temos Fé, mas não a vivemos de modo maduro e responsável, comprometidos com o evangelho e seus valores revolucionários para o mundo de hoje. Nas outras igrejas cristãs também há sinais que Jesus se manifesta, mas eles não são tão contundentes como os nossos Sete Sacramentos, contudo, se não os valorizarmos enquanto sinais do Senhor em nossa vida, nossos irmãos de outras denominações, poderão se salvar se levarem a sério os Sinais que o Senhor realiza em suas comunidades... TER Fé, ou VIVER a Fé? Cada um examine-se a si mesmo...
2. Apelo à conversão
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por José Raimundo Oliva - e disponibilizado no Portal Paulinas)
Mateus narra estas imprecações de Jesus seguindo o estilo apocalíptico. É o mesmo estilo tradicional das imprecações proféticas sobre os inimigos de Israel, particularmente citando Tiro e Sidônia, recriminadas pelo profeta Isaías (Is 23,1-18). Corazim, de difícil identificação hoje, situar-se-ia a três quilômetros a noroeste de Cafarnaum. Betsaida, que é a cidade de Pedro, André e Filipe (Jo 1,44), situa-se a cerca de dez quilômetros a nordeste de Cafarnaum, próxima à desembocadura do rio Jordão no lago ("mar") da Galileia. Cafarnaum, à margem do lago, era a cidade que se tornou o centro de irradiação da missão de Jesus. Ela será julgada com mais rigor do que Sodoma, símbolo da corrupção na tradição de Israel.
Estas cidades representam o centro de poder econômico, político e religioso. As censuras, que são também um apelo à conversão, decorrem da sua rejeição à mensagem de Jesus que esteve tão próximo delas. Por outro lado, são os pobres e humildes que acolhem Jesus.
3. IMPENITÊNCIA CENSURADA
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total a cada mês).
Como os antigos profetas, Jesus lançou terríveis invectivas contras Corozaim, Betsaida e Cafarnaum, cidades que se recusaram a acolher sua pregação e converter-se de seus pecados. A impenitência destas cidades era injustificável. Afinal, a pregação de Jesus tinha sido suficientemente clara, revelando as exigências de Deus para aquele povo pecador. E mais, suas palavras haviam sido confirmadas por meio de numerosos milagres. Portanto, só lhes restava dar ouvidos às palavras de Jesus, e se converterem.
As palavras incisivas do Mestre são justificáveis. Sua passagem pela vida das pessoas corresponde a um apelo escatológico, último, dirigido pelo Pai. Rejeitá-lo significa fechar-se à oferta da salvação provinda de Deus. Acolhê-lo é sinal de abertura para o Pai e para a vida eterna propiciada por ele.
Seria admirável se Jesus, vendo alguém colocar-se no caminho da condenação, nada fizesse para demovê-lo desta atitude insensata. Ao falar duro, estava tentando chamar as cidades impenitentes ao bom senso. Bastava ver o que aconteceu com Sodoma e Gomorra, para se darem conta do futuro que teriam pela frente. Insistir na impenitência correspondia a caminhar para o mesmo destino delas.
Oração