O Emanuel: Deus conosco

Domingo, 19 de dezembro de 2010


Através da pregação e da liturgia a Igreja continua a repetir ao homem que a verdadeira e definitiva salvação é um dom que o próprio Deus nos traz, vindo a nós,

O ponto central da liturgia deste domingo é a revelação desse segredo, desse mistério escondido durante séculos: a manifestação do plano salvífico que Deus preparou e realizou por amor dos homens Esse desígnio de salvação tem uma história e tem seus sinais reveladores.

O profeta anuncia um sinal que só pode ser reconhecido e acolhido na pobreza e humildade da fé. Fala do nascimento miraculoso do Emanuel, filho de uma virgem, sinal concedido por Deus ao pequeno "resto" dos fiéis que, pela fé nele, apesar dos esforços dos inimigos, serão libertados (1ª leitura). Esse será o novo povo constituído na ordem da fé e não em virtude de privilégios nacionalistas ou de casta.

Filho de Davi, Filho de Deus

A história da salvação tem seu plano de desenvolvimento Concebido na mente de Deus antes do início dos tempos, prenunciado a Adão e Eva após a queda, foi iniciado com a escolha de um homem (Abraão) e de um povo (o povo eleito); quando chegou a plenitude dos tempos foi realizado pela vinda de Cristo, o filho de Davi. Dizer que Cristo é filho de Davi quer dizer reconhecer sua pertença a Israel; lembrar uma realidade marcada pela derrota, como foi a história da dinastia davídica. Dizer que é Filho de Deus significa que a história da salvação tem agora o seu "Messias" capaz de ampliar essa história, incluindo as nações (2ª leitura). Crer, hoje, no filho de Davi, constituído Filho de Deus, significa aceitar que a história não é estranha à construção da Igreja; é ela a linguagem que Deus quis usar para comunicar-se com os homens; ele se serve dos acontecimentos do homem, mesmo quando parecem instrumentos indóceis, como Davi e seus sucessores, para a realização do seu plano. Significa ainda crer que a missão do cristão tem uma face profundamente humana, não é desencarnada; é tecida de cultura e de história, precisamente porque Deus desceu para se encontrar com o homem em sua carne, nesta tenra.

Um Deus que pede

Nesse grande plano, a liturgia de hoje recorda a profecia de Isaias: a realização dessa promessa em seus primeiros passos, que depois da obediência de José, verão o "sim" de Maria e a encarnação do Filho de Deus (evangelho). Trata-se de um plano de bondade no qual a iniciativa é sempre de Deus.

  • E o Filho de Deus que vem (não um homem qualquer).

  • Vem de uma Virgem, sem o concurso de um homem.

  • E ele que quer estar conosco: Deus

O plano de Deus se encontra com a vontade e a colaboração humana: José e Maria. Maria é a filha e a flor de toda a humanidade, o vértice de toda atitude religiosa; José é o homem "justo" (Mt 1,19), não daquela justiça legal que quer ficar do lado da lei repudiando a noiva, nem da justiça que se recusa a causar prejuízos ao próximo, mas da justiça religiosa que o impede de se aproximar dos méritos de uma ação de Deus na vida e na vocação de seu Filho.

Um anjo intervém para dizer-lhe que Deus tem necessidade dele: é verdade que a concepção é obra do Espírito Santo, mas José deve contribuir para que o menino entre na descendência de Davi.

Um Deus de homens

O sinal do Emanuel tem sua perfeita realização em Jesus Cristo, "sacra­mento do encontro entre Deus e o homem", cuja presença na eucaristia e nas ações litúrgicas é o novo "sinal", oferecido aos que aceitam ter plena confiança em Deus Pai. A salvação do homem não depende, exclusivamente, de uma iniciativa soberana de Deus: o homem não deve esperá-la passivamente; Deus não salva o homem sem sua cooperação. Deus respeita o homem como respeitou a liberdade de Maria e José, mas seu dom é sempre total. Em Jesus é a onipotência divina que assume os sofrimentos de um mundo que evolui e de homens pecadores; é a onipotência divina que, em Jesus, cura os enfermos e ultrapassa os limites da nossa morte. O cristão, embora encontrando na criação o mistério da dor e do mal, reconhece também o mistério da força do amor, com o qual Deus se deixou envolver tão intimamente pelas nossas situações, assumir toda a fraqueza que nos aflige, tornando-se frágil como uma criança destinada a morrer. MISSAL DOMINICAL, ©Paulus, 1995


Domingo, 19 de dezembro de 2010

Quarto do Advento, Ano “A” 4ª Semana do Saltério (Livro I), cor Litúrgica Roxa


Santos: Anastácio I (papa), Avito de Micy (abade), Bernardo Paleara (monge, bispo) , Ciríaco e Companheiros (mártires), Dario, Zósimo, Paulo e Segundo (mártires de Nicéia), Fausta de Sirmium (viúva), Gregório de Auxerre (bispo), Maniro da Escócia (bispo) , Meuris e Téa (virgens, mártires de Gaza), Nemésio de Alexandria (mártir), Roberto de Saint-Oyend (abade), Santana de Meath (abadessa), Timóteo da África (mártir), Cecília de Ferrara (virgem, bem-aventurada), Macário de Würzburg (abade, bem-aventurado), Tomás De e Companheiros (mártires, bem-aventurados), Urbano V (papa, bem-aventurado), William de Fenoli (monge, bem-aventurado).

Antífona: Céus, deixai cair o orvalho; nuvens, chovei o justo; abra-se a terra e brote o Salvador! (Is 45, 8)

Oração: Derramai, ó Deus, a vossa graça em nossos corações para que, conhecendo pela mensagem do Anjo a encarnação do vosso Filho, cheguemos, por sua paixão e cruz, à glória da ressurreição. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.


Leituras

1ª Leitura: Isaias (Is 7, 10-14)

Eis que uma virgem conceberá

Naqueles dias, o Senhor falou com Acaz, dizendo: “Pede ao Senhor teu Deus que te faça ver um sinal, quer provenha da profundeza da terra, quer venha das alturas do céu”. Mas Acaz respondeu: “Não pedirei nem tentarei o Senhor”. Disse o profeta: “Ouvi então, vós, casa de Davi; será que achais pouco incomodar os homens e passais a incomodar até o meu Deus? Pois bem, o próprio Senhor vos dará um sinal. Eis que uma virgem conceberá e dará à luz um filho, e lhe porá o nome de Emanuel.” Palavra do Senhor!

Comentando a I Leitura

O Emanuel, nossa esperança

O oráculo do Emanuel situa-se em torno do ano 734 a.C. Acaz é rei de Judá. O povo, sobretudo a população de Jerusalém, passa por graves dificuldades. A cidade havia sido cercada por Facéia, rei de Israel, e Rason, rei de Aram, naquela que se costumou chamar de “guerra siro-efraimita”. A coligação entre o rei de Israel e o de Aram tinha como objetivo tomar a cidade de Jerusalém, depor Acaz e estabelecer aí, como rei, o filho de Tabeel (cf. Is 7,6). Desse modo, terminaria a dinastia davídica, truncando a promessa que Deus fizera a Davi de conservar-lhe sempre um descendente no trono de Judá (cf. 2Sm 7,12-16). Não se trata, portanto, de simples disputa pelo poder. Lido com os olhos da fé, o episódio levanta esta questão: até quando Deus continuará sendo aliado do povo que escolheu?

O povo vive um clima de perplexidade, sem que o rei se importe com isso. Diante do perigo externo, recorre a alianças perigosas com a Assíria (cf. 2Rs 16,7), gesto que Isaías condena, pois a esperança do povo está em Javé. Além disso, ele se comporta como idólatra, queimando seu filho único (o herdeiro ao trono) aos ídolos (cf. 2Rs 16,3).

É por isso que ele não pede nenhum sinal a Deus, com a desculpa de não querer tentar o Senhor (Is 7,12). Sua aparente religiosidade esconde a idolatria, e é exatamente isso que o profeta reprova. O sinal tem por objetivo confirmar a proteção de Deus sobre o rei

e o povo, mostrando que ele permanece fiel às suas promessas. Contudo, a fidelidade divina arrisca se tornar estéril por causa do descaso do líder.

Apesar de o rei não pedir um sinal “desde as profundidades do reino dos mortos até as alturas lá em cima” (v. 11), Deus se adianta e, por meio de Isaías, dá um sinal de que sua fidelidade perdura para sempre: “A jovem concebeu e dará à luz um filho e lhe dará o nome de Emanuel” (v. 14). O sinal é uma criança, provavelmente Ezequias, o filho de Acaz. Ele não vai garantir a salvação para Acaz, mas devolverá esperança ao povo. Porém, o sinal não possui espaço e tempo determinados; ele se projeta no horizonte da esperança, rompendo as barreiras do tempo. Foi assim que o povo, depois de Isaías, entendeu o oráculo, sonhando com a vinda do Messias. E os primeiros cristãos, à luz das promessas de Deus, descobriram que em Jesus a esperança do povo se realizou e a fidelidade divina atingiu sua expressão máxima.

Mateus cita esse texto a partir da versão grega chamada Septuaginta. Ela – não sabemos o motivo – em vez de “jovem”, como está no hebraico (almá), traz “virgem” (parténos). Vida Pastoral nº 257 Paulus 2007


Salmo Responsorial: 23 (24), 1-2.3-4ab.5-6 (R/.7c e 10b)

O rei da glória é o senhor onipotente; abri as portas para que ele possa entrar!

Ao Senhor pertence a terra e o que ela encerra, o mundo inteiro com os seres que o povoam; porque ele a tornou firme sobre os mares, e sobre as águas a mantém inabalável.

“Quem subirá até o monte do Senhor, quem ficará em sua santa habitação?” Quem tem mãos puras e inocente coração, quem não dirige sua mente para o crime.

Sobre este desce a bênção do Senhor e a recompensa de seu Deus e Salvador”. “É assim a geração dos que o procuram, e do Deus de Israel buscam a face”.


2ª Leitura: Romanos (Rm 1, 1-7)

Jesus Cristo, descendente de Davi, filho de Deus

Eu, Paulo, servo de Jesus Cristo, apóstolo por vocação, escolhido para o evangelho de Deus, que pelos profetas havia prometido, nas sagradas escrituras, e que diz respeito a seu Filho, descendente de Davi segundo a carne, autenticado como Filho de Deus com poder, pelo Espírito de santidade que o ressuscitou dos mortos, Jesus Cristo, nosso Senhor. É por ele que recebemos a graça da vocação para o apostolado, a fim de podermos trazer à obediência da fé todos os povos pagãos, para a glória de seu nome. Entre esses povos estais também vós, chamados a ser discípulos de Jesus Cristo. A vós todos que morais em Roma, amados de Deus e santos por vocação, graça e paz da parte de Deus, nosso Pai, e de nosso Senhor, Jesus Cristo.

Palavra do Senhor!

Comentando a II Leitura

O evangelho é Jesus Cristo

Lemos hoje o início da carta aos Romanos. Os vv. 1-7 contêm endereço, destinatários e saudação, bem ao estilo das cartas de Paulo. É possível descobrir nesses versículos alguns temas importantes que serão desenvolvidos no corpo da carta: 1. A vocação é dom gratuito de Deus, que manifestou seu amor a judeus e pagãos indistintamente; 2. A justificação pela fé, que é a adesão à pessoa de Jesus Cristo; 3. A morte e ressurreição de Jesus trouxeram a salvação para todos; 4. A sintonia entre o Antigo e o Novo Testamento, de modo que um prepara o outro.

Além disso, o início da carta oferece o perfil de Paulo e do evangelizador de modo geral, traduzido em termos de servo, chamado para ser apóstolo e escolhido para anunciar o evangelho de Deus (v. 1). Paulo sente que pertence totalmente a Deus, como Moisés, Josué, Davi e os profetas, tidos na qualidade de servos de Deus; sente-se enviado a serviço da boa notícia do reino, a chegada da salvação.

O texto oferece também uma reflexão sobre o evangelho, prometido nas Sagradas Escrituras por meio dos profetas. Aí emerge o tema da fidelidade de Deus (cf. I leitura), que tem seu ponto alto na vida de Jesus, centro da boa notícia que os apóstolos anunciam, fiéis ao espírito profético. O evangelho fala do Filho de Deus na história: “Como homem, ele nasceu da família de Davi. Segundo o Espírito santificador, ele foi constituído Filho de Deus... pela ressurreição dos mortos” (v. 4). A boa notícia que Paulo e os apóstolos anunciam é Jesus Cristo, morto e ressuscitado, Filho de Deus e membro da família humana (cf. evangelho).

Finalmente, o texto fala também da missão que brota de Cristo: “Por ele recebemos a graça e a missão de pregar, entre todos os povos, a obediência da fé, para o louvor do seu nome” (v. 5). Paulo entende a evangelização como dom de Deus à humanidade para que, pela fé em Jesus Cristo, todas as pessoas se encontrem consigo próprias e com Deus, pois o projeto de Deus é proposta aberta a todos. Vida Pastoral nº 257 Paulus 2007


Evangelho, Mateus (Mt 1, 18-24)

Jesus nascerá de Maria

A origem de Jesus Cristo foi assim: Maria, sua mãe, estava prometida em casamento a José, e, antes de viverem juntos, ela ficou grávida pela ação do Espírito Santo. José, seu marido, era justo e, não querendo denunciá-la, resolveu abandonar Maria, em segredo. Enquanto José pensava nisso, eis que o anjo do Senhor apareceu-lhe, em sonho, e lhe disse: “José, filho de Davi, não tenhas medo de receber Maria como tua esposa, porque ela concebeu pela ação do Espírito Santo. Ela dará à luz um filho, e tu lhe darás o nome de Jesus, pois ele vai salvar o seu povo dos seus pecados”.

Tudo isso aconteceu para se cumprir o que o Senhor havia dito pelo profeta: “Eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho. Ele será chamado pelo nome de Emanuel, que significa: Deus está conosco”. Quando acordou, José fez conforme o anjo do Senhor havia mandado, e aceitou sua esposa.

Palavra da Salvação!

(Leitura paralela: Lc 1, 26-38)

Comentando o Evangelho

Jesus é o Deus-conosco que salva o seu povo dos seus pecados

O trecho que lemos na liturgia deste domingo está ligado ao início do Evangelho de Mateus (vv. 1-17, a genealogia de Jesus). De fato, Mateus começa sua obra com estas palavras: “Livro da origem de Jesus Cristo, filho de Davi, filho de Abraão” (1,1). Abraão, pai de Israel, e Davi, seu rei mais importante, são a origem e o meio da nova história que Jesus, seu descendente mais famoso, levará ao pleno cumprimento.

Jesus é descendente de Abraão e de Davi (1,1). Não há, portanto, nenhum corte entre a história do povo de Deus no passado e a nova história que nasce de Jesus, que é “ao mesmo tempo novidade absoluta e plenitude de um processo histórico” (J. Mateos-F. Camacho).

a. Com Jesus a história chega à plenitude...

A história é nova pelo modo como acontece e pela personagem central, que lhe imprime um caráter único. O novo aparece no modo como Jesus nasceu: “Maria, sua mãe, estava prometida em casamento a José, e antes de viverem juntos ela ficou grávida pela ação do Espírito Santo” (v. 18). Entre os judeus, o casamento consistia de duas etapas: 1. O contrato; 2. o viver sob o mesmo teto. Entre Maria e José vigorava a primeira etapa, ou seja, o contrato, que possuía caráter de casamento: os dois estão comprometidos. Maria ficou grávida por ação do Espírito Santo. Para as comunidades de Mateus, não é difícil perceber, nesse fato, a plenitude da história acontecendo no seio de Maria. Segundo alguns autores, há aqui uma ponte que une Gn l à concepção de Jesus. A criação de Gn l estaria incompleta até o nascimento do Homem (Jesus). Autor dessa ponte é o vento de Deus (Espírito) que, se supunha, outrora pairava sobre as águas (cf. Gn l ,2, segundo certas interpretações) e agora vem sobre Maria, gerando nela o Homem-Jesus.

b. ...por meio de pessoas justas

“José, seu marido, era justo. Não queria denunciar Maria e pensava deixá-la, sem ninguém saber” (v. 19). Em que consiste a justiça de José? Para alguns, seria o gesto de ter escolhido a solução menos dolorosa, ou seja, não expondo à pública humilhação sua esposa. Para outros, a justiça de José tem raízes mais profundas: “Mateus... descreve José como aquele que, aceitando a intervenção extraordinária do Deus que irrompe em sua vida, participa no plano da salvação que Deus está atuando. Exatamente por isso ele é justo. Se ele receia tomar Maria como esposa é porque... descobriu uma ‘economia’ superior à do matrimônio que tencionava contrair. Então, como os justos da Bíblia, se retira diante da grandeza do divino, considerando-se simplesmente ‘pobre’. Mas é exatamente com os pobres que Deus constrói a história da salvação e, dessa forma, José está destinado a assumir a paternidade legal de Jesus” (G. Ravasi). Nesse sentido, José, da descendência de Davi, assemelha-se a Abraão. De fato, o patriarca, apesar de não ter filhos (cf. Gn 15,3), crê nas promessas de Javé, e isso lhe é creditado como justiça (Gn 15,6). Sendo “justo” à semelhança da justiça de Abraão, “pai dos que crêem”, José está em condições de assumir a paternidade de Jesus. Este se torna “filho de Davi, filho de Abraão” (Mt 1,1).

c. Jesus é o Deus-conosco

Ao dar nomes aos filhos, os pais daquele tempo procuravam, com isso, caracterizar a missão que a criança iria desempenhar na sociedade. O nome que Jesus recebe não foi escolhido por José e Maria, e sim por Deus, o Pai de Jesus Cristo. Jesus é a síntese do programa de Deus para levar a história à sua plenitude. Seu nome significa: “Deus salva”. Jesus é o novo Josué que introduzirá o povo no reino de Deus. De fato, a missão daquele que foi concebido pela ação do Espírito Santo é descrita nestes termos: “ele vai salvar o seu povo dos seus pecados” (v. 21). Josué foi o líder que conduziu Israel à terra prometida, e Jesus é o que traz o reino de Deus para dentro de nossa história, salvando o povo de um passado de injustiça e pecado.

Mateus tem a preocupação de mostrar que, em Jesus, se cumprem as profecias: “Tudo isso aconteceu para se cumprir o que o Senhor havia dito pelo profeta: ‘Vejam: a virgem conceberá e dará à luz um filho. E será chamado pelo nome de Emanuel, que significa: Deus está conosco’” (v. 22). Emanuel não é propriamente o nome de Jesus, e sim o significado de sua presença no meio das pessoas: doravante Deus caminha com seu povo na pessoa de Jesus. Mateus fez questão de assinalar essa presença do começo ao fim do evangelho por ele escrito. De fato, conclui sua obra com esta promessa de Jesus ressuscitado: “Eis que eu estarei com vocês todos os dias, até o fim do mundo” (28,20b). Vida Pastoral nº 257 Paulus 2007