Santa Águeda
Sábado, 05 de fevereiro de 2011
Virgem e mártir, Santa Águeda nasceu no século III numa família muito conhecida, em Catânia, na Sicília. Muito cedo, ela discerniu um chamado a Deus consagrando a sua virgindade ao Senhor, seu amado e esposo. A grande santa italiana foi uma jovem de muita coragem vivendo o Santo Evangelho na radicalidade num tempo em que o imperador Décio levantou contra o Cristianismo uma forte perseguição. Aqueles que não renunciassem ao senhorio de Cristo e não O desprezassem eram punidos com muitos sofrimentos até a morte.
Santa Águeda era consagrada ao Senhor, amava a Deus, mas foi pedida em casamento por um outro jovem. Claro, por coerência e por vocação, ela disse 'não'. Esse jovem, que dizia amá-la, a denunciou às autoridades. Ela foi presa e injustamente condenada. Que terríveis sofrimentos e humilhações!
Ela sempre se expressava com muita transparência e dizia que pertencia a uma família nobre, rica, conhecida, mas tinha honra de servir a Nosso Senhor, o seu Deus. De fato, para os santos, a maior honra e a maior glória é servir ao Senhor.
Entregaram-na a uma mulher tomada pelo pecado, uma velha prostituta para pervertê-la, mas esta não conseguiu, pois o reinado de Cristo se dava no coração de Águeda antes de tudo. Então, novamente, como num gesto de falsa misericórdia, perguntaram-lhe: “Então, o que você escolheu, Águeda, para a salvação?”. “A minha salvação é Cristo”, ela respondeu.
Os santos passaram por muitas dificuldades, mas, em tudo, demonstraram para nós que é possível glorificar a Deus na alegria, na tristeza, na saúde, na dor.
Em 254 foi martirizada e se encontra na eternidade, com seu esposo, Jesus Cristo, a interceder por nós.
Santa Águeda, rogai por nós.
[CANÇÃO NOVA]
Sábado da 4a semana do Tempo Comum
Carta aos Hebreus 13,15-17.20-21.
Por meio dele, ofereçamos continuamente a Deus um sacrifício de louvor, isto é, o fruto dos lábios que confessam o seu nome.
Não vos esqueçais de fazer o bem e de repartir com os outros, pois são esses os sacrifícios que agradam a Deus.
Sede submissos e obedecei aos que vos guiam, pois eles velam pelas vossas almas, das quais terão de prestar contas; que eles o façam com alegria e não com gemidos, o que não seria vantajoso para vós.
O Deus da paz, que ressuscitou dos mortos o grande Pastor das ovelhas, Jesus, Senhor nosso, pelo sangue da Aliança eterna, vos torne aptos para todo o bem, a fim de que façais a sua vontade. Que Ele realize em nós o que lhe é agradável, por meio de Jesus Cristo, ao qual seja dada glória pelos séculos dos séculos. Ámen.
Livro de Salmos 23(22),1-3.4.5.6.
O SENHOR é meu pastor: nada me falta.
Em verdes prados me faz descansar e conduz me às águas refrescantes.
Reconforta a minha alma e guia me por caminhos retos, por amor do seu nome.
Ainda que atravesse vales tenebrosos, de nenhum mal terei medo porque Tu estás comigo. A tua vara e o teu cajado dão me confiança.
Preparas a mesa para mim à vista dos meus inimigos; ungiste com óleo a minha cabeça; a minha taça transbordou.
Na verdade, a tua bondade e o teu amor hão de acompanhar me todos os dias da minha vida, e habitarei na casa do SENHOR para todo o sempre.
Evangelho segundo S. Marcos 6,30-34.
Os Apóstolos reuniram-se a Jesus e contaram-lhe tudo o que tinham feito e ensinado.
Disse-lhes, então: «Vinde, retiremo-nos para um lugar deserto e descansai um pouco.» Porque eram tantos os que iam e vinham, que nem tinham tempo para comer.
Foram, pois, no barco, para um lugar isolado, sem mais ninguém.
Ao vê-los afastar, muitos perceberam para onde iam; e de todas as cidades acorreram, a pé, àquele lugar, e chegaram primeiro que eles.
Ao desembarcar, Jesus viu uma grande multidão e teve compaixão deles, porque eram como ovelhas sem pastor. Começou, então, a ensinar-lhes muitas coisas.
*Comentário ao Evangelho
por : Isaac o Sírio
«Teve compaixão deles»
Se David apelida Deus de justo e reto, o Seu Filho revelou-nos que Ele é bom e manso. [...] Longe de nós o pensamento injusto de que Deus não Se compadece. [...] Como é admirável a compaixão de Deus! Quão maravilhosa é a graça de Deus nosso Criador, tão poderosa que tudo sofre! Que bondade incomensurável, da qual Ele investe a nossa natureza de pecadores para a recrearmos.
Que dizer da Sua glória? Ele perdoa quem O ofendeu e blasfemou, Ele renova esta poeira sem alma [...], e faz do nosso espírito disperso e dos nossos sentidos extraviados uma natureza dotada de razão e capaz de pensar.
O pecador não está em condições de compreender a graça da sua ressurreição. [...] O que é a geena face à ressurreição, quando Ele nos erguer da condenação, concedendo a este corpo perecível a graça de se revestir de incorruptibilidade? (1Cor 15, 53). [...]
Vós que tendes discernimento, vinde e admirai. Quem é aquele que, dotado de uma inteligência sábia e maravilhosa, admira a graça do nosso Criador como ela merece? Esta graça é a retribuição dos pecadores. Porque, em vez do que eles merecem com toda a justiça, Ele dá-lhes a Sua ressurreição.
Em vez de corpos que profanaram a Sua Lei, Ele reveste-os da glória da incorruptibilidade. Esta graça – a ressurreição que nos é dada depois de termos pecado – é maior que a primeira, que nos deu quando nos criou, enquanto não existíamos. Glória à Tua graça incomensurável, Senhor! Apenas me posso calar face às vagas da Tua graça. Sou incapaz de Te dizer a gratidão que Te devo.[EVANGELHO QUOTIDIANO]