Santa Catarina Labouré

Sábado, 27 de Novembro de 2010


Celebramos neste dia o testemunho de vida cristã e mariana daquela que foi privilegiada com a aparição de Nossa Senhora, a qual deu origem ao título de Nossa Senhora das Graças ou da Medalha Milagrosa.

Santa Catarina de Labouré nasceu em Borgonha (França) a 2 de maio de 1806. Era a nona filha de uma família que, como tantas outras, sofria com as guerras napoleônicas.

Aos 9 anos de idade, com a morte da mãe, Catarina assumiu com empenho e maternidade a educação dos irmãos, até que ao findar desta sua missão, colocou-se a serviço do Bom Mestre, quando consagrou-se a Jesus na Congregação das Filhas da Caridade.

Aconteceu que, em 1830, sua vida se entrelaçou mais intimamente com os mistérios de Deus, pois a Virgem Maria começa a aparecer a Santa Catarina, a fim de enriquecer toda a Igreja e atingir o mundo com sua Imaculada Conceição, por isso descreveu Catarina:

"A Santíssima Virgem apareceu ao lado do altar, de pé, sobre um globo com o semblante de uma senhora de beleza indizível; de veste branca, manto azul, com as mãos elevadas até à cintura, sustentava um globo figurando o mundo encimado por uma cruzinha. A Senhora era toda rodeada de tal esplendor que era impossível fixá-la. O rosto radiante de claridade celestial conservava os olhos elevados ao céu, como para oferecer o globo a Deus. A Santíssima Virgem disse: Eis o símbolo das graças que derramo sobre todas as pessoas que mas pedem''.

Nossa Senhora apareceu por três vezes a Santa Catarina Labouré. Na terceira aparição, Nossa Senhora insiste nos mesmos pedidos e apresenta um modelo da medalha de Nossa Senhora das Graças. Ao final desta aparição, Nossa Senhora diz: "Minha filha, doravante não me tornarás a ver, mas hás-de ouvir a minha voz em tuas orações".

Somente no fim do ano de 1832, a medalha que Nossa Senhora viera pedir foi cunhada e espalhada aos milhões por todo o mundo.

Como disse Sua Santidade Pio XII, esta prodigiosa medalha "desde o primeiro momento, foi instrumento de tão numerosos favores, tanto espirituais como temporais, de tantas curas, proteções e sobretudo conversões, que a voz unânime do povo a chamou desde logo medalha milagrosa".

Esta devoção nascida a partir de uma Providência Divina e abertura de coração da simples Catarina, tornou-se escola de santidade para muitos, a começar pela própria Catarina que muito bem soube se relacionar com Jesus por meio da Imaculada Senhora das Graças.

Santa Catarina passou 46 anos de sua vida num convento, onde viveu o Evangelho, principalmente no tocante da humildade, pois ninguém sabia que ela tinha sido o canal desta aprovada devoção que antecedeu e ajudou na proclamação do Dogma da Imaculada Conceição de Nossa Senhora em 1854.

Já como cozinheira e porteira, tratando dos velhinhos no hospício de Enghien, em Paris, Santa Catarina assumiu para si o viver no silêncio, no escondimento, na humildade. Enquanto viveu, foi desconhecida.

Santa Catarina Labouré entrou no Céu a 31 de dezembro de 1876, com 70 anos de idade.

Foi beatificada em 1933 e canonizada em 1947 pelo Papa Pio XII.

Santa Catarina Labouré, rogai por nós!

[Fonte: Canção Nova]

Sábado, 27 de novembro de 2010

34º do Tempo Comum (Ano “C”), 2ª Semana do Saltério (Livro III), cor Litúrgica Verde


Hoje: Dia do Técnico de Segurança do Trabalho e dia Nacional de Combate ao Câncer

Santos: Adalberto e Guido de Casauria (monges), Alano de Lavaur (abade), Erasmo de Alexandria (mártir), Imina de Karlburg (duquesa, abadessa), Jucunda de Reggio (virgem), Mercúrio de Cesaréia (mártir), Moisés de Roma (presbítero, mártir), Beatriz (religiosa, bem-aventurada), Bernardo de Ottobeuren (monge, bem-aventurado), Conrado de Heisterbach (monge, bem-aventurado), Egberto de Muensterschwarzach (abade, bem-aventurado), Isabel de Waldsee (virgem, bem-aventurada), Margarida de Savoya-Arcaya (religiosa, bem-aventurada)

Antífona: O Senhor fala de paz a seu povo e a seus amigos e a todos os que se voltam para ele. (Sl 84,9)

Oração: Levantai, ó Deus, o ânimo dos vossos filhos e filhas, para que, aproveitando melhor as vossas graças, obtenham de vossa paternal bondade mais poderosos auxílios. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.


Leituras


Leitura: Apocalipse (Ap 22, 1-7)

Na cidade celeste estaremos unidos com Deus

A mim, João, 1 anjo do Senhor mostrou-me um rio de água viva, o qual brilhava como cristal. O rio brotava do trono de Deus e do cordeiro. 2No meio da praça, de cada lado do rio, estão plantadas árvores da vida; elas dão frutos doze vezes por ano; em cada mês elas dão fruto; suas folhas servem para curar as nações.

Já não haverá maldição alguma. Na cidade estará o trono de Deus e do cordeiro e seus servos poderão prestar-lhe culto. Verão a sua face e o seu nome estará sobre suas frontes. 5Não haverá mais noite: não se precisará mais da luz da lâmpada, nem da luz do sol, porque o Senhor Deus vai brilhar sobre eles e eles reinarão por toda a eternidade.

Então o anjo disse-me: “Estas palavras são dignas de fé e verdadeiras, pois o Senhor, o Deus que inspira os profetas, enviou o seu anjo, para mostrar aos seus servos o que deve acontecer muito em breve. 7is que eu venho em breve. Feliz aquele que observa as palavras da profecia deste livro”.

Palavra do Senhor!

Comentando a Leitura

O Senhor Deus vai brilhar sobre eles

A última passagem do Apocalipse articula-se repentinamente com o primeiro trecho do Gênesis, ao início da história: lá uma fonte que se polui, aqui um rio (o Espírito) que salva; lá uma árvore cujos frutos se corrompem, aqui a árvore da vida e da eternidade; lá a busca e a corrida do homem pela felicidade, aqui a resposta à imensa nostalgia pela perda da amizade de Deus; lá o homem que procura a alegria, aqui a aletria, o amor a penetrar no homem.

Dois temas enchem a Bíblia: o templo e o matrimônio. O templo parece quase materializar o desejo de Deus de habitar entre os homens, de fazer amizade conosco. O matrimônio traduz bem a total comunhão entre dois seres. Na cidade celeste a humanidade é unida a Deus e é morada de Deus. Esta maravilhosa comunhão do homem com Deus já vivida na Eucaristia e no amor fraterno, aparece como as núpcias eternas de Jesus com a humanidade.

A Igreja de hoje vive estas realidades e possui a certeza de que a história humana tem um sentido, o paraíso é uma realidade e a humanidade caminha para Deus. Por isso, reza intensamente: “Vem, Senhor Jesus!”. [Missal Cotidiano, Paulinas]

Salmo Responsorial: 94 (95), 1-2.3-5.6-7

Amém! Vem, ó Senhor Jesus! Amém

Vinde, exultemos de alegria no Senhor, aclamemos o rochedo que nos salva! Ao seu encontro caminhemos com louvores, e com cantos de alegria o celebremos!

3Na verdade, o Senhor é o grande Deus, o grande rei, muito maior que os deuses todos. 4Tem nas mãos as profundezas dos abismos, e as alturas das montanhas lhe pertencem; o mar é dele, pois foi ele quem o fez, e a terra firme suas mãos a modelaram.

Vinde, adoremos e prostremo-nos por terra, e ajoelhemos ante o Deus que nos criou! Porque ele é o nosso Deus, nosso pastor, e nós somos o seu povo e seu rebanho, as ovelhas que conduz com sua mão.

Lucas (Lc 21, 34-36)

Vigiar e orar

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: “Tomai cuidado para que vossos corações não fiquem insensíveis por causa da gula, da embriaguez e das preocupações da vida, e esse dia não caia de repente sobre vós; pois esse dia cairá como uma armadilha sobre todos os habitantes de toda a terra. Portanto, ficai atentos e orai a todo momento, a fim de terdes força para escapar de tudo o que deve acontecer e para ficardes em pé diante do Filho do homem”.

Palavra da Salvação

[Leituras paralelas: Mt 24, 36-44; 25, 1-13; Mc 13, 33-37]

Comentando o Evangelho

Vigiai e Orai

O grande perigo das pessoas em relação à escatologia é a dissipação do coração. Os atrativos e prazeres da vida, o acúmulo exagerado de bens materiais, a liberação dos instintos egoístas são todos elementos que corrompem o coração humano, impedindo-o de se preparar para o encontro com o Senhor.

Jesus recomenda vigilância e oração como as formas melhores de nos colocarmos em clima de espera. Vigiar é ser capaz de detectar tudo quanto possa desviar nossa atenção do fim almejado, acabando por nos afastar dos caminhos de Deus. São muitas as formas com que o mau espírito procura atuar, para alcançar o seu fim. Quem cochila, acaba caindo na armadilha para pegar os incautos. Só os vigilantes conseguem safar-se das investidas do maligno.

A oração, por sua vez, coloca-nos em contínua ligação com Deus, de quem recebemos luz e força para permanecer em pé, vigilante à espera do Senhor. Ela predispõe-nos para escutar os apelos divinos e deixar-nos guiar por eles. Sensibiliza-nos para realizar o projeto de Deus. Mantém-nos sempre atentos à prática do bem, como faz o Pai em benefício da humanidade.

Portanto, perseverar na espera requer uma atitude de atenção à história e de comunhão profunda com Deus. [O EVANGELHO NOSSO DE CADA DIA, Ano C, ©Paulinas, 1996]

Para Sua Reflexão:

É um fato que a comunidade de Lucas experimentava já o desânimo e o descuido em relação às tarefas de evangelização e de práticas evangélicas porque o tempo passava e a perúsia não chegava. Este convite posto nos lábios de Jesus previne-a para não cair na apatia e na desesperança. A mesma situação se percebe nas comunidades de todos os evangelistas (cf. Mt 24, 43-51; Mc 13, 22-26) [Novo Testamento, Edição de Estudos]