Santa Elisabete Ana Bayley Seton
Sexta-feira, 14 de janeiro de 2011
Primeira norte-americana a ser canonizada. Em 1975, sob o pontificado do papa Paulo VI, nasceu nos Estados Unidos, no ano de 1774 dentro de uma família cuja mãe era uma cristã não católica e o pai, conhecido como médico muito atarefado e famoso. A mãe faleceu e, infelizmente, a madrasta fazia sofrer Santa Elisabete. Seu refúgio era a oração e a Palavra de Deus. Era alguém que buscava cumprir os mandamentos do Senhor, responder como Cristo respondeu aos sofrimentos do seu tempo.
Santa Elisabete Ana Bayley Seton chegou a casar-se, teve vários filhos, mas, por falência de seu esposo, tiveram que entrar no ritmo da migração dos Estados Unidos para a Itália. Com as dificuldades da viagem e a fragilidade de seu esposo, ele faleceu. Ela continuou até chegar à Itália e ser acolhida por uma família amiga. Era uma família feliz porque seguiam a Cristo como católicos praticantes. Tudo aquilo foi mexendo com o coração de Santa Elisabete e ela quis se tornar católica. Não se sabe ao certo tornou-se católica ali na Itália ou nos Estados Unidos, mas o fato é que retornou para os Estados Unidos, foi acolhida pela Igreja Católica, mas pelos familiares que eram cristãos não-católicos não foi bem acolhida; foi até perseguida.
De fato, o ecumenismo é uma conquista de cada dia e em todos os tempos. Santa Elisabete Ana Bayley teve uma dificuldade (como uma minoria católica nos Estados Unidos) de tal forma, pois não encontrava espaço para a educação dos filhos, que inspiradamente começou uma obra que chegou a ser uma Congregação das Irmãs de São José, com o objetivo de formar as crianças numa fé cristã e católica.
Santa Elisabete, com apenas 47 anos, faleceu; mas deixou para todos os cristãos católicos do mundo inteiro o testemunho de um coração que buscou, em tudo, a obediência ao Senhor.
Santa Elisabete Ana Bayley, rogai por nós!
[Canção Nova]
Leituras
1 Leitura: Hebreus (Hb 4, 1-5.11)
Ouvir a palavra de Deus e acolhê-la na fé
Irmãos, 1tenhamos cuidado, enquanto nos é oferecida a oportunidade de entrar no repouso de Deus, não aconteça que alguém de vós fique para trás. Também nós, como eles, recebemos uma boa nova. Mas a proclamação da palavra de nada lhes adiantou, por não ter sido acompanhada da fé naqueles que a tinham ouvido, enquanto nós, que acreditamos, entramos no seu repouso. É assim como ele falou: “Por isso jurei na minha ira: jamais entrarão no meu repouso”. Isso, não obstante as obras de Deus estarem terminadas desde a criação do mundo. Pois, em certos lugares, assim falou do sétimo dia: “E Deus repousou no sétimo dia de todas as suas obras”, e ainda novamente: “Não entrarão no meu repouso”. Esforcemo-nos, portanto, por entrar neste repouso, para que ninguém repita o acima referido exemplo de desobediência.
Palavra do Senhor!
Comentando a I Leitura
Esforcemo-nos por entrar neste repouso
Podemos ouvir a palavra de Deus que nos anuncia a boa-nova, sem que esta traga a salvação. A epístola aos Hebreus explica a razão disso: a palavra ouvida de nada lhes adiantou. “por não ter sido acompanhada da fé naqueles que a tinha ouvido” (v.2). De fato, a fé cria comunhão.
São novamente aqui apresentada a ação de Deus que quer salvar e a colaboração do homem, necessária a esta salvação. Permanecer unidos pela fé é entrar no repouso de Deus, ou seja, aceitar ver as coisas como ele as vê, julgar como ele julga, agir como ele age.
Porque o “repouso de Deus” é essencialmente dinâmico. Deus é aquele que “trabalha sempre” (Jo 5, 17). Neste sentido, o “repouso de Deus” a que somos convidados encontra-se na Igreja dinâmica e na constante busca de que falávamos ontem. [MISSAL COTIDIANO, ©Paulus, 1997]
Salmo: 77 (78), 3.4bc.6c-7.8 (R/.cf.7c)
Não vos esqueçais das obras do Senhor!
Tudo aquilo que ouvimos e aprendemos, e transmitiram para nós os nossos pais, à nova geração nós contaremos: cas grandezas do Senhor e seu poder.
Levantem-se e as contem a seus filhos, para que ponham no Senhor sua esperança; das obras do Senhor não se esqueçam, e observem fielmente os seus preceitos.
Nem se tornem, a exemplo de seus pais, rebelde e obstinada geração, uma raça de inconstante coração, infiel ao Senhor Deus, em seu espírito.
Evangelho: Marcos (Mc 2, 1-12)
“Meu filho, os teus pecados estão perdoados”
Alguns dias depois, Jesus entrou de novo em Cafarnaum. Logo se espalhou a notícia de que ele estava em casa. E reuniram-se ali tantas pessoas, que já não havia lugar; nem mesmo diante da porta. E Jesus anunciava-lhes a palavra. Trouxeram-lhe, então, um paralítico, carregado por quatro homens. Mas não conseguindo chegar até Jesus, por causa da multidão, abriram então o teto, bem em cima do lugar onde ele se encontrava. Por essa abertura desceram a cama em que o paralítico estava deitado.5Quando viu a fé daqueles homens, Jesus disse ao paralítico: "Filho, os teus pecados estão perdoados".
Ora, alguns mestres da lei, que estavam ali sentados, refletiam em seus corações: "Como este homem pode falar assim? Ele está blasfemando: ninguém pode perdoar pecados, a não ser Deus". Jesus percebeu logo o que eles estavam pensando no seu intimo, e disse: "Por que pensais assim em vossos corações? O que é mais fácil: dizer ao paralítico: 'Os teus pecados estão perdoados', ou dizer: 'Levanta-te, pega a tua cama e anda'? Pois bem, para que saibais que o Filho do Homem tem, na terra, poder de perdoar pecados, disse ele ao paralítico: eu te ordeno: levanta-te, pega tua cama, e vai para tua casa!”O paralítico então se levantou e, carregando a sua cama, saiu diante de todos. E ficaram todos admirados e louvavam a Deus, dizendo: “Nunca vimos uma coisa assim.”
Palavra da Salvação!
(Leituras paralelas recomendadas: Mt 9, 1-8; Lc 5,17-26; Jo 5, 1-9)
Comentário do Evangelho
Sob o peso do pecado
A insistência sobre o tema do perdão dos pecados chama a atenção, na cena da cura do homem paralítico. Assim que Jesus o vê descer através de um buraco aberto no teto, declara que seus pecados estão perdoados. Esta declaração provoca alguns escribas que estavam por perto. Para eles, a palavra do Mestre soava como uma verdadeira usurpação de algo reservado exclusivamente a Deus. Portanto, Jesus era um blasfemo! A maneira como ele rebate a maledicência dos escribas é significativa: cura o paralítico para provar que “o Filho do Homem tem, na Terra, o poder de perdoar os pecados”. O gesto poderoso de cura parece insignificante diante do poder maior de perdoar os pecados. E Jesus, de certo modo, parece sentir-se mais feliz por perdoar os pecados do que por curar. Por quê?
O perdão dos pecados tem, também, uma função terapêutica. Trata-se da cura do ser humano na dimensão mais profunda de sua existência, ali onde acontece seu relacionamento com Deus. Sendo esta dimensão invisível aos olhos, as pessoas tendem a se preocupar mais com as dimensões aparentes de sua vida, buscando a cura quando algo não está bem no âmbito corporal. Jesus vê além, preocupando-se por libertar quem pena sob o peso do pecado, mais do que sob o peso da doença. O primeiro é muito mais grave. Permanecer no pecado significa viver afastado de Deus e correr o risco de ser condenado. Este é o motivo por que o Mestre, antes de mais nada, quer ver o ser humano liberto de seus pecados. [O EVANGELHO NOSSO DE CADA DIA, Ano A, ©Paulinas, 1997]