Santa Flávia Domitila
Sábado, 07 de maio de 2011
Era esposa do governador romano chamado Flávio Clemente, pertencente à família dos flavianos.
Os imperadores Vespaziano, Tito e Domiciano pertenciam também a esta família. Os dois primeiros não aplicaram o edito de Nero, que tornava cada cristão um criminoso, mas Domiciano sim. Com interesses econômicos e de impostos, oprimia judeus e cristãos.
Flávia, cujo marido permitia que ela vivesse a fé, vivia a caridade. Socorria os pobres, cuidava do enterro dos mártires. Porém, seu esposo foi assassinado por Domiciano, que não admitia ter uma cristã em sua família. Ele então desterrou Flávia para uma ilha, onde sofreu muitos maus tratos e foi martirizada.
Peçamos a intercessão da santa de hoje, para que o nosso testemunho seja atual na fé e expresso na caridade.
Santa Flávia Domitila, rogai por nós!
[CANÇÃO NOVA]
Hoje: Dia do Oftalmologista, Dia Nacional da Prevenção da Alergia e dia do Silêncio
Leituras
I Leitura: Atos (At 6, 1-7)
Oração e evangelização, tarefas vitais para os apóstolos
Naqueles dias, o número dos discípulos tinha aumentado, e os fiéis de origem grega começaram a queixar-se dos fiéis de origem hebraica. Os de origem grega diziam que suas viúvas eram deixadas de lado no atendimento diário. Então os doze apóstolos reuniram a multidão dos discípulos e disseram: "Não está certo que nós deixemos a pregação da palavra de Deus para servir às mesas. Irmãos, é melhor que escolhais entre vós sete homens de boa fama, repletos do Espírito e de sabedoria, e nós os encarregaremos dessa tarefa. Desse modo nós poderemos dedicar-nos inteiramente à oração e ao serviço da palavra".
A proposta agradou a toda a multidão. Então escolheram Estêvão, homem cheio de fé e do Espírito Santo; e também Filipe, Prócoro, Nicanor, Timon, Pármenas e Nicolau de Antioquia, um pagão que seguia a religião dos judeus. Eles foram apresentados aos apóstolos, que oraram e impuseram as mãos sobre eles. Entretanto, a palavra do Senhor se espalhava. O número dos discípulos crescia muito em Jerusalém, e grande multidão de sacerdotes judeus aceitava a fé. Palavra do Senhor!
Comentando a Leitura
Elegeram sete homens repletos do Espírito Santo
A Igreja é uma comunidade humando-divina. Enquanto comunidade de homens imperfeitos e pecadores, é impossível não surgirem nela tensões e problemas. Lucas neste texto indica-nos o modo de resolvê-los e a tarefa da autoridade. A presença desta na Igreja é também um vínculo de unidade, adesão ao concreto dos problemas, fontes de vários ministérios.
O povo de Deus é uno, e cumpre insistir em sua homogeneidade; mas é também rico de pessoas com diferentes disposições, e cumpre afirmar sua variedade. Todos não podem fazer tudo. Poder-se-ia dizer também que todos podem fazer tudo, mas de modo diverso. Certamente o apóstolo, o sacerdote e o bispo se definem em referência à Palavra e à oração. Porém evangelização e prece são tarefas de toda a Igreja, de todo cristão. O cuidado da comunhão e da assistência fraterna não é supérfluo na Igreja. Também hoje, em que muitos serviços sociais são garantidos e geridos pela sociedade civil, a Igreja não pode abdicar da assistência fraterna a quem está em necessidade. [Extraído do MISSAL COTIDIANO, ©Paulus, 1997]
Salmo: 32 (33), 1-2.4-5.18-19 (R/.22)
Sobre nós venha, Senhor, a vossa graça, da mesma forma que em vós nós esperamos!
Ó justos, alegrai-vos no Senhor! Aos retos fica bem glorificá-lo. Dai graças ao Senhor ao som da harpa, na lira de dez cordas celebrai-o!
Pois reta é a palavra do Senhor, e tudo o que ele faz merece fé. Deus ama o direito e a justiça, transborda em toda a terra a sua graça.
O Senhor pousa o olhar sobre os que o temem, e que confiam esperando em seu amor, para da morte libertar as suas vidas e alimentá-los quando é tempo de penúria.
Evangelho: João (Jo 6, 16-21)
Enxergaram Jesus, andando sobre as águas
Ao cair da tarde, os discípulos desceram ao mar. Entraram na barca e foram em direção a Cafarnaum, do outro lado do mar. Já estava escuro, e Jesus ainda não tinha vindo ao encontro deles. Soprava um vento forte e o mar estava agitado. Os discípulos tinham remado mais ou menos cinco quilômetros, quando enxergaram Jesus, andando sobre as águas e aproximando-se da barca. E ficaram com medo. Mas Jesus disse: "Sou eu. Não tenhais medo". Quiseram, então, recolher Jesus na barca, mas imediatamente a barca chegou à margem para onde estavam indo. Palavra da Salvação!
(Leituras paralelas a partir dos sinóticos: Mt 14, 22-36; Mc 6, 47-53)
Comentário o Evangelho
Com Jesus nas tempestades
A adesão ao Ressuscitado comporta tremendos desafios para os que escolhem o caminho do discipulado cristão. Engana-se quem pretende transformá-lo num oásis de paz e de tranqüilidade, livre de tribulações. A cena evangélica indica-nos como enfrentar as tempestades da vida.
Os discípulos põem-se a atravessar o mar da Galiléia, numa pequena barca, rumo a Cafarnaum. Dois detalhes: já era noite e não estava com eles o Senhor. A forte ventania e a agitação do mar fazia-os correr o risco de afundar.
Tudo mudou quando se deram conta de não estarem sozinhos. Com eles estava o Senhor, exortando-os a não entregar os pontos. A meta devia ser alcançada!
Os discípulos de todos os tempos fazem semelhante experiência. O testemunho de sua fé no Ressuscitado coloca-os muitas vezes em situações aparentemente sem solução. São tempestades das mais variadas formas: perseguição, martírio, indiferença, marginalização, expulsão, calúnias etc. É como se entrassem numa pavorosa escuridão, com o risco de desviar-se do rumo estabelecido pelo Senhor.
Nestas circunstâncias, mais do que nunca, é preciso dar-se conta da presença do Ressuscitado a incentivá-los a continuar, sem esmorecer. Ele é um companheiro fiel! [O EVANGELHO NOSSO DE CADA DIA, Ano A, ©Paulinas, 1997]