Santa Genoveva
Terça-feira, 03 de janeiro de 2012
Santa Genoveva nasceu em Nanterre, próximo de Paris, na França, no ano de 422, dentro de uma família muito simples. Desde cedo, ela foi discernindo o chamado de Deus a seu respeito. Quando tinha apenas 8 anos, um bispo chamdo Dom Jermano estava indo da França para a Inglaterra em missão. Passou por Nanterre para uma celebração e, ao dar a bênção para o povo, teve um discernimento no Espírito Santo e chamou aquela menina de oito anos para a vida consagrada. A resposta dela foi de que não pensava em outra coisa desde pequenina.
Santa Genoveva queria ser totalmente do Senhor. Não demorou muito tempo, ela fez um voto a Deus para viver a virgindade consagrada. Com o falecimento dos pais, dirigiu-se a Paris para morar na casa de uma madrinha. Ali, vida de oração, penitência de oferta a Deus para a salvação das almas. Então, ela foi ficando conhecida pelo seu ardor, pelo seu amor e pelo desejo de testemunhar Jesus Cristo a todos os corações.
Incompreendida pelas pessoas, ela chegou ao ponto de de ser defendida pelo mesmo Bispo que a chamou para a vida de consagração. Em Paris, ela ficou gravemente enferma; na doença, na dificuldade, chegou a ficar 3 dias em coma. Mas, em tudo, entregava-se à vontade de Deus. E o seu coração ia se dilatando e acolhendo a realidade de tantos. Uma mulher de verdade.
Por causa da invasão do Hunos em várias regiões, chegou, em Paris, uma história que estava amedrontando toda gente: os Hunos estava chegando para invadir e destruir a capital. Não era verdade e ela o soube. Então, fez questão de falar a verdade para o povo. Eles a perseguiram e quiseram queimá-la como feiticeira. Mas a sua fidelidade a Deus sempre foi a melhor resposta.
Numa outra ocasião, de fato, os Hunos estavam para invadir e destruir Paris. Santa Genoveva chamou o povo para a oração e penitência; e não aconteceu aquela invasão. A sua fama de santidade e sua humildade para comunicar Cristo Jesus iam cada vez mais longe. Santa Genoveva ia ao encontro de povos, e a influência que tinha era para socorrer os doentes, os famintos, uma mulher de caridade, uma santa. Quantas jovens puderam ser despertadas para uma vocação de vigindade consagrada a partir do testemunho de santa Genoveva! Ela faleceu com quase 90 anos.
Santa Genoveva, rogai por nós!
Leieturas
Primeira Leitura (1 João 2,29-3,6)
Leitura da primeira carta de são João.
2 29 Se sabeis que ele é justo, sabei também que todo aquele que pratica a justiça é nascido dele.
3 1 Considerai com que amor nos amou o Pai, para que sejamos chamados filhos de Deus. E nós o somos de fato. Por isso, o mundo não nos conhece, porque não o conheceu.
2 Caríssimos, desde agora somos filhos de Deus, mas não se manifestou ainda o que havemos de ser. Sabemos que, quando isto se manifestar, seremos semelhantes a Deus, porquanto o veremos como ele é.
3 E todo aquele que nele tem esta esperança torna-se puro, como ele é puro.
4 Todo aquele que peca transgride a lei, porque o pecado é transgressão da lei.
5 Sabeis que (Jesus) apareceu para tirar os pecados, e que nele não há pecado.
6 Todo aquele que permanece nele não peca; e todo o que peca não o viu, nem o conheceu.
Salmo 97/98
Os confins do universo contemplaram
a salvação do nosso Deus.
Cantai ao Senhor Deus um canto novo,
porque ele fez prodígios!
Sua mão e o seu braço forte e santo
alcançaram-lhe a vitória.
Os confins do universo contemplaram
a salvação do nosso Deus.
Aclamai o Senhor Deus, ó terra inteira,
alegrai-vos e exultai!
Cantai salmos ao Senhor ao som da harpa
e da cítara suave!
Aclamai, com os clarins e as trombetas,
ao Senhor, o nosso rei!
Evangelho (João 1,29-34)
1 29 No dia seguinte, João viu Jesus que vinha a ele e disse: "Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo.
30 É este de quem eu disse: 'Depois de mim virá um homem, que me é superior, porque existe antes de mim'.
31 Eu não o conhecia, mas, se vim batizar em água, é para que ele se torne conhecido em Israel.
32 (João havia declarado: Vi o Espírito descer do céu em forma de uma pomba e repousar sobre ele.)
33 Eu não o conhecia, mas aquele que me mandou batizar em água disse-me: Sobre quem vires descer e repousar o Espírito, este é quem batiza no Espírito Santo.
34 Eu o vi e dou testemunho de que ele é o Filho de Deus".
COMENTÁRIOS DO EVANGELHO
1. "O Cordeiro que tira o pecado do mundo..."
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)
A proclamação oficial da Nova Páscoa, que não só irá mudar a vida e o destino do Povo de Israel, mas de toda humanidade, foi feita no deserto, ás margens do Rio Jordão, precisamente no momento em que, Aquele que iria fazer o Batismo definitivo de purificação, entra na fila dos pecadores para receber o Batismo de João "Eis o Cordeiro de Deus, aquele que tira o pecado do mundo".
Em uma frase nesse testemunho maravilhoso, João Batista resume toda a missão salvívica de Jesus, há neste testemunho dois pontos relevantes: primeiro, o Cordeiro da nova páscoa realizará um sacrifício definitivo e único, propiciando não apenas uma libertação política de uma nação que era escravizada pela outra, mas de todo e qualquer mal que dominava o Ser Humano, é portanto, infinitamente superior ao Cordeiro Pascal cuja sangue marcou os batentes das portas dos Hebreus na noite em que passou o Anjo Exterminador.
Segundo, a libertação é plena e é dirigida a toda humanidade, ganhando a salvação um caráter universal. Sendo a Revelação uma auto-comunicação de Deus, é ele próprio no Espírito Santo que revela a verdade a João, o Batista a respeito de Jesus.
E o que esse texto altamente revelador tem a nos dizer, que implicações eles traz a nossa vida de cristãos neste início de um novo ano? Exatamente o reforço da nossa Fé que é genuinamente Cristocêntrica.
Há sempre um perigo que ronda a vida dos cristãos, atrelar a Salvação do Homem á Igreja Instituição, pois é Jesus Cristo quem Salva e não a Igreja que é um valioso instrumento enquanto canal da Graça Divina.
No período da Patrística, que vigorou 500 anos após o primeiro século do Cristianismo, os "Pais da Igreja" reconheceram que o "Logos" espalhou pelo Verbo Encarnado, as sementes do Reino em todas as Nações, Culturas e Religiões do mundo inteiro, portanto, mesmo fora do âmbito eclesial, quem fizer o bem por causa da Fé em Jesus Cristo, estará caminhando para a salvação, que é desejo de Deus a todos os homens. Por isso o sentido universalista da afirmação de João ao apontar Jesus "Eis o Cordeiro de Deus, aquele que tira o pecado do mundo"
2. Ele é o Filho de Deus
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por José Raimundo Oliva - e disponibilizado no Portal Paulinas)
No evangelho de João não encontramos a narrativa do batismo de Jesus. Cabe a João Batista dar o testemunho dele: "Eu vi o Espírito descer do céu... e permanecer sobre ele... é ele quem batiza com o Espírito Santo... Eu vi... e dou testemunho: ele é o Filho de Deus!". Ao escrever seu evangelho, João tem duas referências teológicas básicas: a preexistência e a filiação divina de Jesus. Estes dois temas, que estão presentes no Prólogo (Jo 1,1-18), reaparecem aqui, na fala de João Batista: "... antes de mim ele já existia...", "... ele é o Filho de Deus...". Em todo o evangelho Jesus é apresentado como Filho de Deus e não como filho de Davi. O batismo de João, com a água, está associado ao batismo de Jesus, no Espírito Santo. Este Espírito sobre Jesus significa o endosso divino da proposta de João Batista, a conversão para a prática da justiça que remove o pecado no mundo, pela qual se entra em comunhão com Deus. Esta é o testemunho de Jesus e é sua proposta para nossa prática missionária.
3. O MESSIAS RECONHECIDO
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total a cada mês).
A atividade frenética do Batista, às margens do Jordão, não o fez perder a consciência de sua missão. No afluxo de penitentes à procura do batismo, ele se deu conta da presença do Messias Jesus. Por isso, advertiu a multidão para a presença do Cordeiro de Deus, enviado para abolir o pecado do mundo.
A situação do batismo de Jesus estava carregada de evocações. Sua exclamação lembrava o cordeiro pascal. As águas do Jordão recordavam o mar Vermelho. A eliminação do pecado do mundo aproximava Jesus de Moisés, condutor do povo de Israel para a terra prometida. Tudo isso servia para alertar a multidão acerca da presença do Messias.
João só reconheceu Jesus, por que movido pelo Pai, uma vez que já tinha declarado, por duas vezes, não ter um conhecimento prévio do Messias. Para não se enganar na identificação do Messias, João colocou-se numa atitude de contínuo discernimento. Teria sido desastroso um falso reconhecimento e a conseqüente atribuição do título de Cordeiro de Deus à pessoa indevida. João, ao contrário, não titubeou quando viu Jesus diante de si. Seu testemunho foi firme, pois estava certo de não ter sido induzido ao erro. Diante dele, estava, realmente, o Filho de Deus. Foi o Pai quem lhe revelara a identidade do Filho, e o movera a reconhecê-lo publicamente.