Santa Inês de Montepulciano
Quarta-feira, 20 de abril de 2011
A santa de hoje nasceu no centro da Itália, em Montepulciano, no ano de 1274. Sua família tinha muitas posses, mas possuía também o essencial para uma vida familiar feliz: o amor a Jesus Cristo.
Muito jovem, sentiu o chamado a consagrar-se totalmente ao Senhor, ingressando na família Dominicana. Uma mulher de penitência, oração, recolhimento e busca da vontade de Deus, que a fez galgar altos degraus na vida mística.
Próximo do lugar em que ela vivia, havia uma casa de prostituição, e Inês se compadecia dessas mulheres, e ofereceu penitências e orações por elas. Aquele lugar de pecado, virou lugar de oração, e muitas daquelas se converteram e algumas até entraram para a vida religiosa. Um grande milagre de Santa Inês ainda em vida.
Morreu com 43 anos de idade, e seu último conselho às suas irmãs foi: “Minhas filhas, amai-vos umas às outras porque a caridade é o sinal dos filhos de Deus!”.
Santa Inês de Montepulciano, rogai por nós!
[CANÇÃO NOVA]
Semana Santa, II Semana do Saltério (Livro II), cor Litúrgica Roxa
Hoje: Dia do Diplomata
Santos: Santos: Vicente Ferrer, Derfel Gadarn, Etelburga de Lyminge (matrona), Geraldo de Sauve-Majeure (abade), Alberto de Montecorvino (bispo), Juliana de Monte Cornillon (virgem e beata), Crescência de Kaufbeuren (virgem e beata franciscana da 3ª ordem), Catarina Tomás, Zeno, João de Penna (bem aventurado, confessor franciscano da 1ª ordem)
Antífona: Ao nome de Jesus todo joelho se dobre no céu, na terra e na mansão dos mortos, pois o Senhor se fez obediência até a morte e morte de cruz. E por isso Jesus Cristo é Senhor na glória de Deus Pai. (Fl 2, 10.8.11)
Oração: Ó Deus, que fizestes vosso Filho padecer o suplício da cruz para arrancar-nos à escravidão do pecado, concedei aos vossos servos e servas a graça da ressurreição. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na Unidade do Espírito Santo.
I Leitura: Isaias (Is 50, 4-9a)
A confiança em Deus deve ser luz para toda nossa vida
O Senhor Deus deu-me língua adestrada, para que eu saiba dizer palavras de conforto à pessoa abatida; ele me desperta cada manhã e me excita o ouvido, para prestar atenção como um discípulo. O Senhor abriu-me os ouvidos; não lhe resisti nem voltei atrás. Ofereci as costas para me baterem e as faces para me arrancarem a barba: não desviei o rosto de bofetões e cusparadas. Mas o Senhor Deus é meu auxiliador, por isso não me deixei abater o ânimo, conservei o rosto impassível como pedra, porque sei que não sairei humilhado. A meu lado está quem me justifica; alguém me fará objeções? Vejamos. Quem é meu adversário? Aproxime-se. Sim, o Senhor Deus é meu auxiliador; quem é que me vai condenar? Palavra do Senhor.
Comentando a I Leitura
O Messias agüenta firme a flagelação e a humilhação
O Servo de Javé não é um portador de sabedoria humana, nem confia nos recursos da dialética. Assemelha-se aos pobres analfabetos, que não sabem usar a arma da palavra. Sua língua é a de discípulo (versículo 4): narra só as coisas que Deus lhe confiou. Sua força está toda aqui, daqui lhe vem a capacidade de suportar as bofetadas com um rosto de pedra. Que o servo Jesus fosse, não apenas um portador da palavra, mas em verdade a Palavra de Deus, não muda os termos da profecia, antes a leva ao extremo. Sua paixão foi a conseqüência de sua fidelidade à missão de profeta: falou, por isso foi crucificado. Não pode ser outra a missão da Igreja. Deve ela falar a palavra de salvação, que é palavra recebida do alto. Como para 5. Paulo, seu falar não se exprime "em discurso de humana sabedoria, mas em demonstração de espírito e virtude" (1 Cor 2,4). Por isto, permanece sempre "em religiosa escuta da palavra de Deus", para ser sua fiel dispensadora. [MISSAL COTIDIANO. ©Paulus, 1997]
Salmo: 68(69), 8-10.21bcd-22.31 e 33-34 (R/.14c e b)
Respondei-me pelo vosso imenso amor, neste tempo favorável, Senhor Deus
Por vossa causa é que sofri tantos insultos, e o meu rosto se cobriu de confusão; eu me tornei como um estranho a meus irmãos, como estrangeiro para os filhos de minha mãe. Pois meu zelo e meu amor por vossa casa me devoram como fogo abrasador; e os insultos de infiéis que vos ultrajam recaíram todos eles sobre mim!
O insulto me partiu o coração. Eu esperei que alguém de mim tivesse pena; procurei quem me aliviasse e não achei! Deram-me fel como se fosse um alimento, em minha sede ofereceram-me vinagre!
Cantando eu louvarei o vosso nome e agradecido exultarei de alegria! Humildes, vede isto e alegrai-vos: vosso coração reviverá, se procurardes o Senhor continuamente! Pois nosso Deus atende à prece dos seus pobres, e não despreza o clamor de seus cativos.
Evangelho: Mateus (Mt 26, 14-25)
O sublime e infinito amor de Deus
Naquele tempo, um dos doze discípulos, chamado Judas Iscariotes, foi ter com os sumos sacerdotes 15e disse: "O que me dareis se vos entregar Jesus?" Combinaram, então, trinta moedas de prata. E daí em diante, Judas procurava uma oportunidade para entregar Jesus.
No primeiro dia da festa dos ázimos, os discípulos aproximaram-se de Jesus e perguntaram: "Onde queres que façamos os preparativos para comer a páscoa?" Jesus respondeu: "Ide à cidade, procurai certo homem e dizei-lhe: 'O mestre manda dizer: o meu tempo está próximo, vou celebrar a páscoa em tua casa, junto com meus discípulos"'. Os discípulos fizeram como Jesus mandou e prepararam a páscoa.
Ao cair da tarde, Jesus pôs-se à mesa com os doze discípulos. Enquanto comiam, Jesus disse: "Em verdade eu vos digo, um de vós vai me trair". Eles ficaram muito tristes e, um por um, começaram a lhe perguntar: "Senhor, será que sou eu?" Jesus respondeu: "Quem vai me trair é aquele que comigo põe a mão no prato. O Filho do Homem vai morrer, conforme diz a Escritura a respeito dele. Contudo, ai daquele que trair o Filho do Homem! Seria melhor que nunca tivesse nascido!" Então Judas, o traidor, perguntou: "Mestre, serei eu?" Jesus lhe respondeu: "Tu o dizes". Palavra da Salvação!
(Leituras paralelas: Mc 14, 12-26; Lc 22, 7-20; Jo 13, 21-30; 1Cor 11, 23-25: Páscoa e Eucaristia)
Comentário do Evangelho
Um de vós me trairá
A dureza do coração de Judas impediu-o de reconhecer quem, de fato, era o Messias Jesus. Sua decepção deveu-se ao fato de o Mestre não corresponder às suas expectativas messiânicas. Sem dúvida, Judas imaginava-o como um Messias glorioso, cheio de poder, líder de uma revolta contra os romanos, objeto da admiração popular. Evidentemente, os discípulos haveriam de tirar partido da situação, se as coisas fossem assim.
O projeto de Judas não encontrou guarida no coração de Jesus. O Mestre não buscava a própria glória, mas a fidelidade à vontade do Pai. Seu poder era usado para servir e libertar, e não para oprimir e dominar. Não estava tanto preocupado com os romanos, quanto com seus próprios compatriotas, que tinham transformado a religião em instrumento de opressão. Jesus tornara-se objeto da admiração popular, mas também vítima da perseguição sistemática por parte de seus adversários.
Nada do que Judas imaginava, acontecia com o Mestre. Daí a sua decepção. Sua decisão de traí-lo resultou de uma paixão precipitada. Não foi capaz de abrir mão de seu preconceito com relação a Jesus. Por isso, não vendo realizar-se o que imaginava, Judas optou por vender o seu Mestre. A atitude do discípulo traidor repete-se cada vez que os seguidores de Jesus caem na tentação de medi-lo com os parâmetros que têm na cabeça. É o erro fatal de quem o desconhece. [O EVANGELHO NOSSO DE CADA DIA, Ano A, ©Paulinas, 1997]