Santa Isabel

Segunda-feira, 04 de julho de 2011


Nasceu na Espanha no ano de 1270. Pertencia à família real de Aragão, que lhe concedeu uma ótima formação cristã.

Foi entregue em casamento ao rei Diniz, rei de Portugal, com apenas 12 anos de idade, e já dava testemunho de uma esposa cristã, uma mulher de oração e centrada na Eucaristia e ajudou a propagar a grande devoção à Nossa Senhora da Conceição.

Aos 20 anos teve seu filho Afonso IV, que viveu muitos conflitos com o pai. Isabel era mulher de caridade e reconciliadora, vivendo isso bem a partir de sua família.

Era rainha, mas nunca esqueceu que também era irmã dos mais necessitados.

Uma de suas últimas obras de caridade talvez, foi cuidar do seu próprio esposo. Dom Diniz que tanto a fez sofrer, agora precisava dos cuidados de Isabel, que se dispôs, quis cuidar dele. Ele ficou doente em 1324 e faleceu no ano seguinte.

Então Isabel deixou a sua condição de viver no palácio como rainha e recebeu o hábito como franciscana, clarissa.

Em 1336 saiu de Coimbra e foi ao encontro de seu filho, devido a um novo conflito familiar. Mesmo com 66 anos e enferma conseguiu chegar. Foi acolhida e ouvida por seu filho.

Ali ela faleceu, mas foi enterrada em Coimbra, como era seu desejo. Está enterrada em uma Igreja dedicado a ela.

Santa Isabel, rogai por nós!


Hoje: Dia do operador de Telemarketing, Dia do Padre e Dia Internacional do Cooperativismo


Leituras

Primeira Leitura (Gênesis 28,10-22)

Naqueles dias, Jacó, partindo de Bersabéia, tomou o caminho de Harã. Chegou a um lugar, e ali passou a noite, porque o sol já se tinha posto. Serviu-se como travesseiro de uma das pedras que ali se encontravam, e dormiu naquele mesmo lugar.

E teve um sonho: via uma escada, que, apoiando-se na terra, tocava com o cimo o céu; e anjos de Deus subiam e desciam pela escada. No alto estava o Senhor, que lhe dizia: “Eu sou o Senhor, o Deus de Abraão, teu pai e o Deus de Isaac; darei a ti e à tua descendência a terra em que estás deitado. Tua posteridade será tão numerosa como os grãos de poeira no solo; tu te estenderás, para o ocidente e para o oriente, para o norte e para o meio-dia, e todas as famílias da terra serão benditas em ti e em tua posteridade.

Estou contigo, para te guardar onde quer que fores, e te reconduzirei a esta terra, e não te abandonarei sem ter cumprido o que te prometi.” Jacó, despertando de seu sono, exclamou: “Em verdade, o Senhor está neste lugar, e eu não o sabia!”

E, cheio de pavor, ajuntou: “Quão terrível é este lugar! É nada menos que a casa de Deus; é aqui, a porta do céu.” No dia seguinte, pela manhã, tomou Jacó a pedra: sobre a qual repousara a cabeça e a erigiu em estela, derramando óleo sobre ela. Deu o nome de Betel a este lugar, que antes se chamava Luz. Jacó fez então este voto: “Se Deus for comigo, se ele me guardar durante esta viagem que empreendi, e me der pão para comer e roupa para vestir, e me fizer voltar em paz casa paterna, então o Senhor será o meu Deus. Esta pedra da qual fiz uma estela será uma casa de Deus, e pagarei o dízimo de tudo o que me derdes.”

Salmo 90/91

Vós sois meu Deus, no qual confio inteiramente.

Quem habita ao abrigo do Altíssimo
e vive à sombra do Senhor onipotente
diz ao Senhor: “Sois meu refúgio e proteção,
sois o meu Deus, no qual confio inteiramente”.

Do caçador e do seu laço ele te livra.
Ele te salva da palavra que destrói.
Com suas asas haverá de proteger-te,
com seu escudo e suas armas, defender-te.

“Porque a mim se confiou, hei de livrá-lo
e protegê-lo, pois meu nome ele conhece.
Ao invocar-me, hei de ouvi-lo e atendê-lo,
e a seu lado eu estarei em suas dores”.

Evangelho (Mateus 9, 18-26)

Falava ele ainda, quando se apresentou um chefe da sinagoga. Prostrou-se diante dele e lhe disse: "Senhor, minha filha acaba de morrer. Mas vem, impõe-lhe as mãos e ela viverá".

Jesus levantou-se e o foi seguindo com seus discípulos. Ora, uma mulher atormentada por um fluxo de sangue, havia doze anos, aproximou-se dele por trás e tocou-lhe a orla do manto.

Dizia consigo: "Se eu somente tocar na sua vestimenta, serei curada". Jesus virou-se, viu-a e disse-lhe: "Tem confiança, minha filha, tua fé te salvou". E a mulher ficou curada instantaneamente.

Chegando à casa do chefe da sinagoga, viu Jesus os tocadores de flauta e uma multidão alvoroçada. Disse-lhes: "Retirai-vos, porque a menina não está morta; ela dorme". Eles, porém, zombavam dele. 25 Tendo saído a multidão, ele entrou, tomou a menina pela mão e ela levantou-se.

Esta notícia espalhou-se por toda a região.

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. O Deus que cura, é o Deus da Vida...

(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

O evangelista Mateus, que escreve para seus conterrâneos, de vez em quando gosta de dar umas “afinetadas” de leve na comunidade judaica, como faz hoje nesse evangelho, ele quer evidenciar em Jesus aquilo que é essencial, a sua ação profundamente libertadora e que só requer uma coisa: A Fé. Os Judeus pensavam que a observância á Lei de Moisés era o que garantia a pertença ao Grupo dos Salvos e Libertos, mas quando ficamos só no legalismo em nossa relação com Deus, não experimentamos a Libertação que o Senhor nos oferece gratuitamente.

Mas na Comunidade tradicional, enraizada na tradição de Israel, tem gente que se abre para o Novo, tocado pela Graça de Deus, é o caso de Jairo, Chefe da Sinagoga, que se prostra diante de Jesus, esse prostrar-se é muito significativo, pois reconhece o Senhorio e a Divindade de Jesus, tanto isso é verdade, que coloca diante dele algo que somente um Deus poderia fazer: restituir a vida a Filha que acabara de morrer... Jairo era um homem religiosamente correto mas viu algo de novo em Jesus de Nazaré, alguém que poderia dar a Vida á Filha morta.

A mulher que na narrativa de Mateus, pega carona no evangelho, é diferente, não pertence a comunidade, pois está na condição de impura, por causa da sua longa e incurável enfermidade. Em ambos o evangelho enaltece a Fé, que é dom de Deus concedido aos homens, aos religiosos e não religiosos, a pecadores e santos. Não somos nós que fazemos brotar de nós a Fé em Jesus Cristo, mas é Ele que nos atrai, o Pai nos atrai para JESUS, e ele nos atrai para o Pai.

Deus é Senhor da Vida, Jesus é o Caminho, a Verdade e a Vida, sendo portanto Deus da Vida, restaura qualquer deficiência física ou espiritual. Cura as nossas feridas mais antigas, as doenças da alma e do coração, mas tudo como dom gratuito e incondicional.

A mulher foi curada e a Filha de Jairo ressuscitada, apesar do clima de desespero que estava na casa dele.

Comunidade Cristã é lugar de ressuscitar mortos, é ,lugar de exercitar o poder da cura, mas não limitemos a nossa visão ao meramente biológico ou Físico, mas também ao Espiritual, pois não somos só corpo, há em nós um homem novo a partir de Jesus Cristo.

Na comunidade a Força do Amor continua ressuscitando muitos mortos, e curando almas feridas e corações machucados pelo pecado, em uma continuidade perfeita da Obra da Libertação.

2. Jesus exalta a fé m

(O comentário do Evangelho abaixo é feito por José Raimundo Oliva - e disponibilizado no Portal Paulinas)

Neste texto temos duas narrativas de milagres, a cura de uma mulher anônima e a ressurreição da filha de Jairo. Elas encontram-se mais detalhadas no evangelho de Marcos, porém Mateus, procurando atender às expectativas do judaísmo, as resume com a preocupação de agregá-las na sua coletânea de dez milagres de Jesus, apresentando-o com um caráter de poder messiânico.

O atendimento a um chefe importante, da sinagoga, é interrompido pela cura e atenção dada a uma mulher impura, do povo. Um quer a restituição da vida de sua filha, a outra quer a cura de sua impureza. Fica evidente a subversão da ordem religiosa vigente. De um lado um homem, chefe religioso com prestígio, de outro, uma mulher excluída. Jesus prioriza a mulher, à qual chama de filha e exalta sua fé. Mas não exclui a filha do chefe, cuja vida é restaurada, apesar das zombarias.

3. A FAMA DE JESUS

(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total a cada mês).

Os milagres realizados por Jesus faziam-no conhecido e sua fama se espalhava cada vez mais. Entre outros milagres, a ressurreição de uma menina, cuja morte era tida como certa, e a cura de uma mulher vítima de uma hemorragia renitente não eram fatos corriqueiros. Seria impossível, para quem os presenciasse, guardar segredo.

A propagação da fama de Jesus fazia-o correr o risco de ser tomado como um milagreiro. Esse tipo de gente tem o dom de atrair multidões para si. Os críticos poderiam considerá-lo como um impostor, sem escrúpulos de enganar as pessoas. Os impostores fazem-se rodear de crédulos que ingenuamente deixam-se levar por suas artimanhas. A fama podia também passar a imagem de Jesus como se fora um mago.

Os magos exercem fascínio sobre as pessoas com sua capacidade de iludi-las. A fama, portanto, podia ser perigosa para a imagem de Jesus e levar as pessoas a tomá-lo por aquilo que não era.

O conhecimento de Jesus através de sua fama era insuficiente. Era apenas o primeiro passo de um longo percurso que se concluiria com a adesão da fé à pessoa de Jesus. A fama é apenas um ouvir dizer. Para conhecer Jesus, carecia-se de ir além e estabelecer com ele um contato pessoal, deixando-se tocar profundamente por sua pessoa. Desta sintonia é que brota o discipulado. Aí é que se conhece, de maneira correta, o Jesus que realiza milagres.