Santa Joana Francisca de Chantal
Quinta-feira, 09 de dezembro de 2010
Neste dia queremos lembrar a vida da santa que na liturgia comemoraremos amanhã, Joana Francisca de Chantal, modelo de jovem, mãe, irmã e, por fim, de religiosa. Nasceu em Dijon, centro da França, em 1572 e foi pelas provações modelada até a santidade.
A mãe tão amada faleceu quando Joana era criança; o pai, homem de caráter exemplar, era presidente da câmara dos vereadores e por causa de maquinações políticas chegou a sofrer pobreza e muitas humilhações. Joana, que recebeu da família a riqueza da fé, deu com 5 anos um exemplo marcante quanto a presença de Jesus no Santíssimo Sacramente, pois falou a um calvinista que questionava o pai: "O Senhor Jesus Cristo está presente no Santíssimo Sacramento, porque Ele mesmo o disse. Se pretendeis não aceitar o que Ele falou, fazeis dele um mentiroso".
Santa Joana Francisca com 20 anos casou-se com um Barão (Barão de Chantal), tiveram quatro filhos, e juntos começaram a educar os filhos, principalmente com o exemplo. Joana era sempre humilde, caridosa para com o esposo, filhos e empregados; amava e muito amada.
Tristemente perdeu seu esposo que foi vítima de um tiro durante uma caça e somente com a graça de Deus conseguiu perdoar os causadores, e corajosamente educar os filhos. Como santa viúva, Joana conheceu o Bispo Francisco de Sales que a assumiu em direção espiritual e encontrou na santa a pessoa ideal para a fundação de uma Ordem religiosa. Isto no ano de 1604. A partir disso, começou e se desenvolveu uma das mais belas amizades que se têm conhecido entre os santos da Igreja.
Santa Joana Francisca de Chantal, já com os filhos educados, encontrou resistência dos seus familiares, porém, diante do chamado de Cristo, tornou-se fundadora das Irmãs da Visitação de Nossa Senhora. Seguindo o exemplo de Maria, a santa de hoje com suas irmãs fizeram um grande bem à sociedade e à toda Igreja. A longa vida religiosa da Senhora de Chantal foi cheia de trabalhos, sofrimentos e consolações. Faleceu em Moulins, no ano de 1641. Nessa época, já existiam na França noventa casas da sua Ordem.
São Francisco de Sales nunca abandonou a filha espiritual; sobreviveu-lhe ela dezenove anos e repousa a seu lado na capela da Visitação, em Annecy (local da fundação da primeira casa da Ordem das Irmãs da Visitação de Nossa Senhora).
Santa Joana Francisca de Chantal, rogai por nós!
[Canção Nova]
Quinta-feira, 9 de dezembro de 2010
Segunda Semana do Advento, Ano “A”, 2ª do Saltério (Livro I), cor Roxa
Hoje: Dia Nacional do Fonoaudiólogo e Dia Internacional contra Corrupção
Santos: Amônio de Latópolis (mártir), Angilramo de Cêntula (abade), Balda de Jouarre (abadessa), Basílio, Mirão e Lúcio (mártires), Budoco de Dol (bispo), Budoco de Vannes (bispo), Cipriano de Genouillac (abade, mártir), Cipriano de Perigord (abade), Ciro de Pádua (bispo), Ciro de Pavia (primeiro bispo desta Igreja, mártir), Dāmlāhah, Sarūs, Hirmān, Bānūf e Bastāy (mártires do Egito), Daniel de Qartamĩn (bispo), Eusébio, Gemamal, Harūs e Bacco (mártires do Egito), Gerácio do Egito (eremita), Gorgônia de Nazianzo (irmã de São Gregório Nazianzeno e de São Cesário. Casada, mãe de três filhos), Heracliano de Pesaro (bispo), Juliano de Apamea (bispo), Leocádia de Toledo (virgem, mártir), Pedro Fourier (presbítero, fundador), Pedro, Sucesso, Bassiano, Primitivo e Companheiros (mártires), Próculo de Verona (bispo), Restituto de Cartagena (mártir), Severo de Praga (bispo), Valéria de Limoges (mártir), Vítor de Piacenza (bispo), Bernardo Maria de Jesus (religioso, bem-aventurado), Libório Wagner (pároco de Wurzburgo, mártir, bem-aventurado), Ulrico de Holme (eremita, bem-aventurado).
Antífona: Estais perto, Senhor, e todos os vossos caminhos são verdadeiros. Desde muito aprendi que vossa aliança foi estabelecida para sempre. (Sl 118, 151-152)
Oração: Despertai, ó Deus, os nossos corações, a fim de prepararmos os caminhos do vosso Filho, para que possamos, pelo seu advento, vos servir de coração purificado. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Leituras
Leitura: Isaias (Is 41, 13-20)
O Santo de Israel tudo criou
Eu sou o Senhor, teu Deus, que te tomo pela mão e te digo: "Não temas; eu te ajudarei". Não tenhas medo, Jacó, pobre verme, não temais, homens de Israel. Eu vos ajudarei, diz o Senhor e Salvador, o santo de Israel. Eis que te transformei num carro novo de triturar, guarnecido de dentes de serra. Hás de triturar e despedaçar os montes, e reduzirás as colinas a poeira.
Ao expô-los ao vento, o vento os levará e o temporal os dispersará; exultarás no Senhor e te alegrarás no santo de Israel. Pobres e necessitados procuram água, mas não há, estão com a língua seca de sede. Eu, o Senhor, os atenderei, eu, Deus de Israel, não os abandonarei. Farei nascer rios nas colinas escalvadas e fontes no meio dos vales; transformarei o deserto em lagos e a terra seca em nascentes de água.
Plantarei no deserto o cedro, a acácia e a murta e a oliveira; crescerão no ermo o pinheiro, o olmo e o cipreste juntamente, para que os homens vejam e saibam, considerem e compreendam que a mão do Senhor fez essas coisas e o santo de Israel tudo criou.
Palavra do Senhor!
Comentando a I Leitura
Eu sou o teu Salvador, o Santo de Israel
Está próxima a libertação, está para findar o exílio, o povo voltará à pátria. A imagem usada pelo profeta é de mais abonadoras: Eu sou o Senhor, teu Deus, que te tomo pela mão. Este Deus está sempre pronto a repetir em seu povo a experiência religiosa realizada no tempo do Êxodo, quando até a rocha se tornava fonte de água para o povo sedento. Mede a tua fé, tu que vives num mundo em que nem o sol nem a chuva, nem mesmo o perene milagre das messes têm já linguagem para proclamar que a mão do Senhor fez tudo isso.
Para Isaías, a história tem um sentido, porque qualquer sabe aonde ela vai: um Deus que comunica aos homens o seu conhecimento, assinalando-lhes a história com maravilhas que trazem o seu selo. Cristão ou ateu, o homem moderno tem a pretensão de conduzir ele próprio a história a bom termo com o seu trabalho. Mas o cristão, diversamente do ateu, sabe realizar assim o plano de Deus sobre a história.
[MISSAL COTIDIANO, ©Paulus, 1997]
Salmo: 144 (145), 1 e 9.10-11.12-13ab (R/8)
Misericórdia e piedade é o Senhor! Ele é amor, é paciência, é compaixão
Ó meu Deus, quero exaltar-vos, ó meu rei, e bendizer o vosso nome pelos séculos. O Senhor é muito bom para com todos, sua ternura abraça toda criatura.
Que vossas obras, ó Senhor, vos glorifiquem, e os vossos santos com louvores vos bendigam! Narrem a glória e o esplendor do vosso reino e saibam proclamar vosso poder!
Para espalhar vossos prodígios entre os homens e o fulgor de vosso reino esplendoroso. O vosso reino é um reino para sempre, vosso poder, de geração em geração.
Evangelho: Mateus (Mt 11, 11-15)
Não surgiu nenhum maior do que João Batista.
Naquele tempo, disse Jesus à multidão: "Em verdade eu vos digo, de todos os homens que já nasceram, nenhum é maior do que João Batista. No entanto, o menor no reino dos céus é maior do que ele. Desde os dias de João Batista até agora, o reino dos céus sofre violência, e são os violentos que o conquistam.
Com efeito, todos os profetas e a Lei profetizaram até João. 14E se quereis aceitar, ele é o Elias que há de vir. 15Quem tem ouvidos, ouça". Palavra do Senhor!
(Leituras relacionadas: Lc 7, 24-28)
Comentando o Evangelho
A violência do reino
Como entender a afirmação de Jesus, segundo a qual o Reino sofre violência e são os violentos que o conquistam"? Pensou-se tratar das duras renúncias exigidas dos discípulos do Reino; da violência dos que querem estabelecer o Reino pela força das armas, como queriam os zelotas; da tirania dos poderes demoníacos (dos homens perversos) que resistem ao Reino, apoderando-se dele e impedindo que outras pessoas façam parte dele, e o Reino cresça; do Reino abrindo caminho pelo mundo com violência.
Por um lado, quando Jesus começou a pregar, nos dias de João Batista, muita gente se converteu, esforçando-se para entrar no Reino. Tratando-se de uma proposta dura e exigente, era impossível acolhê-la sem abrir mão dos projetos pessoais e sem se predispor a "tomar, cada dia, a própria cruz" e pôr-se a seguir Jesus. Portanto, nada de contemporizar com o egoísmo e a maldade que corrompem o coração humano.
Por outro lado, desde o inicio de seu ministério, o Mestre viu-se às voltas com a violência das forças do anti-Reino, articuladas para neutralizá-lo, de modo a impedir que muitas pessoas entrassem nele. A trágica morte de João Batista serviu de presságio para o destino de Jesus.
O discípulo experimenta, pois, dois níveis de violência: um interno, enquanto combate seus vícios e pecados; e outro externo, enquanto é vítima da maldade dos inimigos do Reino. [Pe. Jaldemir Vitório, sj,, O EVANGELHO NOSSO DE CADA DIA ©Paulinas, 1997]