Santa Ludovina
Quinta-feira, 14 de abril de 2011
Contemplamos a vida de uma santa holandesa, nascida no ano de 1380, dentro de uma família materialmente pobre, mas riquíssima na espiritualidade.
Ludovina era muito vivaz e cheia de brincadeiras, como qualquer criança, mas trazia em si o chamado a uma consagração total ao Senhor. Antes dos 15 anos de idade recebeu muitas propostas de casamento, mas por amor a Jesus, recusou a todas para ser fiel a Deus, porque sua vocação era uma vida consagrada.
Ela descobriu o dom da virgindade, decidindo-se pelo celibato muito cedo.
Após sofrer um acidente no gelo, com apenas 15 anos, ficou praticamente paralisada. Uma cruz, que com a ajuda da família e de seu diretor, se uniu à cruz gloriosa de nosso Senhor. Ela deixou-se instruir pela ciência da cruz.
Incompreendida por muitos, foi acusada de mentirosa e de ser castigada por Deus. Ludovina deu a mesma resposta que Jesus deu no alto da cruz: a do amor e do perdão. Passou 7 anos sem comer nem beber nada. Recebia, como alimento, Jesus Eucarístico.
Em 1433 recebeu o prêmio da eternidade. Que na cruz de cada dia, nos unamos cada vez mais à cruz gloriosa de nosso Senhor.
Santa Ludovina, rogai por nós!
[CANÇÃO NOVA]
Quinta Semana da Quaresma e 1ª do Saltério (Livro II), cor litúrgica roxa
Hoje: Dia do Pan-Americanismo
Santos: São Dimas (o Bom Ladrão, Gólgota, Jerusalém, pregado na cruz ao lado de Cristo), Cirino (mártir), Irineu (bispo, mártir), Pelágio (bispo, Síria), Humberto (monge e abade), Hermelando (monge), Barôncio, Alvoldo (bispo), Tomás (beato), Margarete Clitherow (mártir), Jaime Bird (mártir, beato), Lúcia Fillippini (virgem), Jane Maria da Cruz (venerável franciscana, virgem, 2ª ordem), Desidério e Quirino.
Antífona: Cristo é o mediador de uma nova aliança, para que, por meio de sua morte, recebam os eleitos a herança eterna que lhes foi prometida. (Hb 9,15)
Oração: Assisti, ó Deus, aqueles que vos suplicam e guardai com solicitude os que esperam em vossa misericórdia, para que, libertos dos nossos pecados, levemos uma vida santa e sejamos herdeiros das vossas promessas. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na Unidade do Espírito Santo. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na Unidade do Espírito Santo.
Leituras
I Leitura: Gênesis (Gn 17, 3-9)
Aliança do Senhor com Abraão
Naqueles dias, Abrão prostrou-se com o rosto por terra.E Deus disse: "Eis a minha aliança contigo: tu serás pai de uma multidão de nações. Já não te chamarás Abrão, mas o teu nome será Abraão, porque farei de ti o pai de uma multidão de nações. Farei crescer tua descendência infinitamente. Farei nascer de ti nações, e reis sairão de ti.
Estabelecerei minha aliança entre mim e ti e teus descendentes para sempre; uma aliança eterna, para que eu seja teu Deus e o Deus de teus descendentes. A ti e aos teus descendentes darei a terra em que vives como estrangeiro, todo o pais de Canaã como propriedade para sempre. E eu serei o Deus dos teus descendentes". Deus disse a Abraão: "Guarda a minha aliança, tu e a tua descendência para sempre". Palavra do Senhor.
Comentando a I Leitura
Farei de ti o pai de uma multidão de nações
Achamo-nos diante do pacto com que se iniciou a história da salvação. Os protagonistas são Deus e Abraão. Este é um nômade prostrado com a face em terra, dobrado em atitude de adoração e submissão ao peso da bênção que deverá transmitir a "nações" e reis (versículo 6). Doravante terá um novo nome, Abraão, pai de muitos povos; e Deus, por sua vez, será o Deus de Abraão. Por força deste pacto Deus e Abraão (e sua descendência) fazem causa comum: a obra da salvação será levada sob a direção, o auxilio e a proteção de Deus. Deste acontecimento decisivo para a humanidade não se indica o lugar nem o tempo; o verdadeiro teatro da história da salvação não está ligado a lugar e a tempo. É Abraão, é o homem. Aí se decide a salvação, no encontro da Palavra de Deus com a fé do homem. Convém lembrar outro encontro da Palavra de Deus com a fé, verificado em Maria Santíssima, cujo fruto é Cristo salvador; verdadeiro tronco das nações, de que Abraão era figura. Ele iniciará a nova e eterna aliança, sancionada em seu sangue. Jesus, no evangelho de hoje, legítima esta aproximação: "Abraão exultou na esperança de ver o meu dia; viu-o e rejubilou-se" (Jo 8,56). O pacto de aliança continua a vigorar; realiza-se no batismo e no encontro de fé com a Palavra de Deus que, em Cristo e por Cristo, é dirigida a cada um de nós. [MISSAL COTIDIANO. ©Paulus, 1997]
Salmo: 104 (105), 4-5.6-7.8-9 (R/.8a)
O Senhor se lembra sempre da aliança!
Procurai o Senhor teu Deus e seu poder, buscai constantemente a sua face! Lembrai as maravilhas que ele fez, seus prodígios e as palavras de seus lábios!
Descendentes de Abraão, seu servidor, e filhos de Jacó, seu escolhido, ele mesmo, o Senhor, é nosso Deus, vigoram suas leis em toda a terra.
Ele sempre se recorda da Aliança, promulgada a incontáveis gerações; da Aliança que ele fez com Abraão, e do seu santo juramento a Isaac.
Evangelho: João (Jo 8, 51-59)
Antes de Abraão
Naquele tempo, disse Jesus aos judeus: "Em verdade, em verdade vos digo: se alguém guardar a minha palavra, jamais verá a morte".
Disseram então os judeus: "Agora sabemos que tens um demônio. Abraão morreu e os profetas também, e tu dizes: 'Se alguém guardar a minha palavra jamais verá a morte'. Acaso és maior do que nosso pai Abraão, que morreu, como também os profetas? Quem pretendes ser?" Jesus respondeu: "Se me glorifico a mim mesmo, minha glória não vale nada. Quem me glorifica é o meu Pai, aquele que vós dizeis ser o vosso Deus. No entanto, não o conheceis. Mas eu o conheço e, se dissesse que não o conheço, seria um mentiroso, como vós! Mas eu o conheço e guardo a sua palavra. Vosso pai Abraão exultou, por ver o meu dia; ele o viu, e alegrou-se".
Os judeus disseram-lhe então: "Nem sequer cinqüenta anos tens, e viste Abraão!" Jesus respondeu: "Em verdade, em verdade vos digo, antes que Abraão existisse, eu sou". Então eles pegaram em pedras para apedrejar Jesus, mas ele escondeu-se e saiu do Templo. Palavra da Salvação!
Comentário do Evangelho
O Senhor da vida
A origem e o destino de Jesus foram motivo de controvérsia com os judeus. Por um lado, o Mestre proclamava: “Se alguém guarda a minha palavra, jamais verá a morte”. Por outro, afirmava: “Antes que Abraão existisse, Eu sou”.
Seus adversários raciocinavam de maneira aparentemente lógica. Os personagens mais veneráveis do povo, como Abraão e os profetas, morreram. Acreditava-se na volta do profeta Elias, que fora arrebatado ao céu numa carruagem de fogo. Não se tinha, porém, notícia de alguém que não iria experimentar a morte. Com Jesus, não haveria de ser diferente. Quanto à sua origem, era suficiente considerar sua idade bastante jovem – “Ainda não tens cinqüenta anos ...” – para se dar conta da falsidade de sua afirmação.
Este modo de pensar estava em total descompasso com a real intenção de Jesus. Referindo-se à morte, pensava em algo muito mais radical que a pura morte física. Suas palavras abririam caminho para a vida eterna, na comunhão plena com o Pai, para além das vicissitudes desta vida terrena. Ao referir-se à sua origem, não estava pensando no seu nascimento carnal, historicamente determinável, e sim na sua vida prévia, no seio do Pai. Neste sentido, pode-se dizer anterior ao patriarca Abraão, por possuir uma existência eterna.
Os inimigos de Jesus eram demasiado terrenos para compreender esta linguagem. [O EVANGELHO NOSSO DE CADA DIA, Ano A, ©Paulinas, 1997]