Santa Margarida da Hungria

Terça-feira, 18 d ejaneiro de 2011


Nasceu no castelo de Turoc, em 1242. Filha de reis cristãos, convertidos, os pais passaram valores à filha, que, rapidamente, foi batizada e quis corresponder muito cedo à vocação e à vida religiosa. Formou-se junto às dominicanas e, depois de fazer os primeiros votos, ela foi viver num mosteiro que os seus pais construíram para ela na Ilha de Lebres.

Embora tivesse uma origem real, não era apegada aos bens materiais; brilhou por ser exemplo de pobreza, de desapego. Santa Margarida viveu o apego somente ao essencial; e as irmãs eram atingidas por esse testemunho. Mulher de oração, foi exemplo de vida comunitária e disposta a amar os irmãos como eles eram.

Santa Margarida da Hungria, rogai por nós!

[Canção Nova]

Leituras

1ª Leitura: Hebreus (Hb 6, 10-20)

As promessas de Deus sempre se cumprem

Irmãos, Deus não é injusto, para esquecer aquilo que estais fazendo e a caridade que demonstrastes em seu nome, servindo e continuando a servir os santos. Mas desejamos que cada um de vós mostre até o fim este mesmo empenho pela plena realização da esperança, para não serdes lentos à compreensão, mas imitadores daqueles que, pela fé e a perseverança, se tornam herdeiros das promessas. Pois quando Deus fez a promessa a Abraão, não havendo alguém maior por quem jurar, jurou por si mesmo, dizendo: “Eu te cumularei de bênçãos e te multiplicarei em grande número”. E assim, Abraão foi perseverante e alcançou a promessa. Os homens juram, de fato, por alguém mais importante, e a garantia do juramento põe fim a qualquer contestação. Por isso, querendo Deus mostrar, com mais firmeza, aos herdeiros da promessa, o caráter irrevogável da sua decisão, interveio com um juramento. Assim, por meio de dois atos irrevogáveis, nos quais não pode haver mentira por parte de Deus, encontramos profunda consolação, nós que tudo deixamos para conseguir a esperança proposta. A esperança, com efeito, é para nós qual âncora da vida, segura e firme, penetrando para além da cortina do santuário, aonde Jesus entrou por nós, como precursor, feito sumo sacerdote eterno na ordem de Melquisedec. Palavra do Senhor!

Comentando a I Leitura

A esperança, com efeito, é para nós qual âncora da vida, segura e firme

As últimas realidades da morte e do juízo devem ser apresentadas aos cristãos “sob o signo da consolação e da esperança”. Nossas boas obras são de fato pouca coisa diante de Deus, e ele leva em conta isso: Deus não é injusto, não esquece a vossa atividade e o amor que tendes demonstrado para com ele, mediante os serviços prestados aos santos (isto é, aos irmãos na fé). Jesus nos assegura que “um copo d´água dando em seu nome não perderá sua recompensa” (Mc 9, 41). Assim como prometeu a Abraão, Deus continua a prometer a felicidade do seu reino a todos os homens que querem seguir os seus caminhos. Isto significa que o que conta é perseverar até o fim, para sermos “imitadores daqueles que, com a fé e a perseverança, se tornam herdeiros das promessas”. Cristo, entrando na glória do Pai depois de sua ressurreição, dá valor a toda a nossa vida, fazendo de cada uma de nossas obras como que uma liturgia perene, que nos introduz cada vez mais profundamente no seu mistério e nos prepara para a entrada gloriosa junto ao Pai no fim dos tempos. [MISSAL COTIDIANO, ©Paulus, 1997]


**Salmo***: 110 (111), 1-2.4-5.9-10c (R/.5b) O Senhor se lembra sempre da aliança

Eu agradeço a Deus de todo o coração junto com todos os seus justos reunidos! Que grandiosas são as obras do Senhor, elas merecem todo o amor e admiração!

O Senhor bom e clemente nos deixou a lembrança de suas grandes maravilhas. 5Ele dá o alimento aos que o temem e jamais esquecerá sua aliança.

Enviou libertação para o seu povo, confirmou sua aliança para sempre. Seu nome é santo e é digno de respeito. Permaneça eternamente o seu louvor.


Evangelho: Marcos (Mc 2, 23-28)

Jesus revela o valor sagrado do ser humano

Jesus estava passando por uns campos de trigo, em dia de sábado. Seus discípulos começaram a arrancar espigas, enquanto caminhavam. Então os fariseus disseram a Jesus: "Olha! Por que eles fazem em dia de sábado o que não é permitido?"

Jesus lhes disse: "Por acaso, nunca lestes o que Davi e seus companheiros fizeram quando passaram necessidade e tiveram fome? Como ele entrou na casa de Deus, no tempo em que Abiatar era sumo sacerdote, comeu os pães oferecidos a Deus e os deu também aos seus companheiros? No entanto, só aos sacerdotes é permitido comer esses pães".

E acrescentou: "O sábado foi feito para o homem, e não o homem para o sábado. 28Portanto, o Filho do Homem é senhor também do sábado".

Palavra da Salvação!

(Leituras paralelas recomendadas: Mt 12,1-8; Lc 6, 1-5)

Comentário do Evangelho

Superando o legalismo

Como no caso do jejum, os judeus também eram exagerados no tocante ao repouso sabático. Por isso, escandalizam-se ao ver os discípulos de Jesus colher espigas de trigo para comer, enquanto atravessam um trigal em dia de sábado. O fanatismo pela observância da Lei impedia-os de fazer qualquer tipo de contemporização. Jesus ia na direção contrária, procurando mostrar-se fiel a Deus por outros caminhos, e ensinando seus discípulos a fazerem o mesmo.

Para o Mestre a finalidade da Lei era propiciar ao ser humano uma autêntica experiência de encontro com a vontade de Deus. Praticar seus preceitos de maneira puramente mecânica seria inútil. Este tipo de fidelidade exterior à vontade divina não era sinal de que a pessoa havia superado a tirania do egoísmo. Jesus pregava uma fidelidade criativa à Lei, de modo que, ao praticá-la, a pessoa pudesse atingir seu objetivo.

O Mestre apresentou dois motivos para justificar a permissão de colher espigas em dia de sábado. Em primeiro lugar, por ter acontecido coisa semelhante com o rei Davi, o qual, num dia de sábado, matou a fome com os pães consagrados que só aos sacerdotes era permitido comer. Além disso, as espigas não eram consagradas como os pães. Em segundo lugar, porque Jesus tinha autoridade, recebida do Pai, para agir como agiu. Se os discípulos estavam comendo para poder continuar a missão, por que censurá-los? [O EVANGELHO NOSSO DE CADA DIA, Ano A, ©Paulinas, 1997]