Santa Rafaela Maria

Sexta-feira, 06 de janeiro de 2012


Nasceu em Córdova, na Espanha, no ano de 1850. Juntamente com sua irmã de sangue, fundaram a Congregação das Escravas do Sagrado Coração de Jesus. Dedicadas à adoração ao Santíssimo Sacramento e ao cuidado das crianças, Santa Rafaela ocupou o cargo de Madre Superiora e sua irmã – co-fundadora – de ecônoma geral. Mas, no ano de 1893, a irmã de Santa Rafela foi partilhando com outras conselheiras a ponto de convencê-las de que sua irmã, Santa Rafaela Maria, por não ser apta na economia, também não poderia continuar governando a congregação. Diante daquele consenso, ela deixou o cargo e sua irmã o ocupou e foi superiora durante 10 anos.

Nos 22 anos de vida que restaram a essa grande serva de Deus, ela viveu na humildade, fazendo os serviços que davam a ela sempre com muito amor e obdediência na graça de Deus. Santa Rafaela Maria foi uma verdadeira adoradora diante do Santíssimo Sacramento. Ao falecer, em 1925, partiu para a glória. Não passou muito tempo, veio à luz toda a trama de sua irmã, que não foi reconhecida como santa.

Santa Rafaela Maria, rogai por nós !


Hoje:

Dia de Reis, Dia da Gratidão, Dia do Mensageiro, Dia Mundial do Astrólogo


Leituras

Primeira Leitura (1 João 5,5-13)
Leitura da primeira carta de são João.

5 Irmãos, quem é o vencedor do mundo senão aquele que crê que Jesus é o Filho de Deus?

6 Ei-lo, Jesus Cristo, aquele que veio pela água e pelo sangue; não só pela água, mas pela água e pelo sangue. E o Espírito é quem dá testemunho dele, porque o Espírito é a verdade.

7 São, assim, três os que dão testemunho:
8 o Espírito, a água e o sangue; estes três dão o mesmo testemunho.

9 Aceitamos o testemunho dos homens. Ora, maior é o testemunho de Deus, porque se trata do próprio testemunho de Deus, aquele que ele deu do seu próprio Filho.

10 Aquele que crê no Filho de Deus tem em si o testemunho de Deus. Aquele que não crê em Deus, o faz mentiroso, porque não crê no testemunho que Deus deu a respeito de seu Filho.

11 E o testemunho é este: Deus nos deu a vida eterna, e esta vida está em seu Filho.

12 Quem possui o Filho possui a vida; quem não tem o Filho de Deus não tem a vida.

13 Isto vos escrevi para que saibais que tendes a vida eterna, vós que credes no nome do Filho de Deus.


Salmo 147/147B

Glorifica o Senhor, Jerusalém!

Glorifica o Senhor, Jerusalém!
Ó Sião, canta louvores ao teu Deus!
Pois reforçou com segurança as tuas portas
e os teus filhos em teu seio abençoou.

A paz em teus limites garantiu
e te dá como alimento a flor do trigo.
Ele envia suas ordens para a terra,
e a palavra que ele diz corre veloz.

Anuncia a Jacó sua palavra,
seus preceitos, suas leis a Israel.
Nenhum povo recebeu tanto carinho,
nenhum outro revelou os seus preceitos.


Evangelho (Marcos 1,7-11)

1 7 Ele pôs-se a proclamar: "Depois de mim vem outro mais poderoso do que eu, ante o qual não sou digno de me prostrar para desatar-lhe a correia do calçado.

8 Eu vos batizei com água; ele, porém, vos batizará no Espírito Santo." 9 Ora, naqueles dias veio Jesus de Nazaré, da Galiléia, e foi batizado por João no Jordão.

10 No momento em que Jesus saía da água, João viu os céus abertos e descer o Espírito em forma de pomba sobre ele.

11 E ouviu-se dos céus uma voz: "Tu és o meu Filho muito amado; em ti ponho minha afeição."


COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. "Um Mergulho no coração de Deus"

(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

Quando foi a uma confraternização em um dia de muito calor, se lá tiver uma piscina é o primeiro lugar em que eu chego. Um mergulho e a gente sai da água renovado, revigorado e até parece com uma nova vida, tal é a força revitalizante da água. O nosso pecado e as forças do mal coloca em nós esse Fogo abrasador da carência de Deus, quando descartamos Jesus de nossa vida, nos sentimos abrasar. Podemos dizer que toda a humanidade estava assim...

E naquele dia, com Jesus a Velha Humanidade mergulhou e saiu das águas totalmente renovada, Batismo é renovação, é esse refazer-se que ocorre todo dia. Não é atoa que neste evangelho aparece em todo o seu esplendor sinais teofânicos. O céu que se abre, o Espírito que desce, a voz que declara solenemente "Tu és o meu Filho amado, em ti ponho a minha afeição..."

O Espírito de Deus não tinha onde pousar, como a pombinha que Noé soltou, para sondar se as águas do Dilúvio tinham abaixado, agora em Jesus de Nazaré, que solidário se fez nosso irmão, o Espírito desde e o envolve totalmente. A voz do Pai fala ao coração do Filho, e ecoa no fundo do coração de toda a humanidade "Tu és o meu Filho amado, em ti me alegro"

E o céu se abriu e nunca mais se fechou, os Querubins que Deus havia colocado á porta do paraíso, recolheram suas espadas de fogo e foram embora. Acabou a distância entre Deus e o Homem, Jesus nos abriu as portas para entrarmos com ele no coração de Deus, e lá fazermos morada eternamente...

2. Jesus recebe de João o Batismo

(O comentário do Evangelho abaixo é feito por José Raimundo Oliva - e disponibilizado no Portal Paulinas)

Terminado o tempo de convívio de Jesus com sua família, com seus discípulos e com as multidões, as primeiras comunidades de fé passaram a cultivar suas memórias, procurando compreender o alcance de sua mensagem e de sua prática. Estas memórias eram transmitidas por comunicação oral ou em fórmulas litúrgicas usadas no culto cristão. Em meados da década de sessenta, cerca de trinta e cinco anos após a crucifixão de Jesus, Marcos elabora seu evangelho compilando fontes dentre estas memórias. Na década de oitenta, Mateus e Lucas também elaboram seus evangelhos, em parte usando Marcos, e, cerca de dez anos depois, João elabora o seu, de maneira bastante original. Estas memórias tinham algumas referências predominantes: a) a pessoa de João Batista, como precursor; b) as palavras e atos de Jesus, com destaque nas parábolas e narrativas de milagres; c) a paixão, morte e ressurreição de Jesus. João Batista tem uma importância fundamental no início e no conteúdo do ministério de Jesus. Jesus, reconhecendo o valor do anúncio e do testemunho do Batista, se faz seu discípulo, aceitando seu batismo. Nesta ocasião se dá o reconhecimento celeste do homem Jesus como sendo o Filho amado, do agrado do Pai.

3. O FILHO AMADO

(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total a cada mês).

A cena do batismo revela o traço fundamental da identidade de Jesus: sua condição de Filho amado de Deus. Outro elemento importante desta identidade é oferecido pelo quadro trinitário no qual a revelação é feita. Do céu, o Pai se dirige ao Filho, e o Espírito Santo desce sobre ele, em forma de pomba. A origem divina de Jesus fica, assim, perfeitamente evidenciada. Ele provém do seio da Trindade, em cujo nome exercerá sua missão.

Daqui decorrem dois eixos da ação histórica de Jesus. Ela se desenrolará na mais absoluta fidelidade a Deus, refletindo-se nela o agir divino em favor da humanidade. Da fidelidade decorrerá a liberdade. Jesus não suportará que criatura alguma, nem mesmo as tradições religiosas se imponham em sua vida, de forma absoluta. Ele jamais suportou a tirania da Lei e dos costumes do povo quando, contrastavam com o projeto do Reino de Deus.

A pessoa e a ação de Jesus, sendo baseadas na fidelidade e na liberdade, suscitarão constantes conflitos. Apesar disto, como Filho amado, ele não abrirá mão do projeto traçado pelo Pai.