Santo André Dung-Lac e companheiros mártires

Quarta-feira, 24 de novembro de 2010


Neste dia comemoramos a santidade dos 117 mártires vietnamitas que testemunharam seu amor a Cristo, tanto na vida como na morte. O Papa João Paulo II, em 1988, canonizou na verdade alguns, dos muitos ousados na fé, que se encontram entre o período de 1830 até 1870.

O Vietnã conheceu a Boa-nova de Jesus Cristo no século XVI, e o acolheu em sua integridade: "Então, entregar-vos-ão à aflição, matar-vos-ão, sereis odiados por todos os pagãos por causa do meu nome...mas quem perseverar até o fim, este será salvo". (Mt 24,9-13)

Santo André Dung-Lac, era de família pobre, reconheceu a riqueza do Dom Sacerdotal e foi ordenado Padre em 1823; em meio às perseguições desejava ardentemente testemunhar Jesus Cristo com o martírio, pois dizia que "aqueles que morrem pela fé sobem ao céu".

Na Ásia, iniciou-se grande perseguição aos cristãos. De 1625 a 1886, os governantes tudo fizeram para despertar o ódio e a vingança contra a religião cristã e àqueles que anunciavam o Evangelho ou tornavam-se cristãos. Mas, quanto mais os perseguiam, mais aumentava o fervor dos cristãos. Esse período culminou com a morte de 117 santos: Sacerdotes, Bispos, pais de famílias, jovens, crianças, catequistas, seminaristas, militares. Todos estes mostrando a universalidade do chamado à Santidade com o próprio sangue.

Santo André Dung-Lac e companheiros mártires, rogai por nós!

(Fonte: Canção Nova)

Quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Santo André Dung-Lac (Presbítero e Mártir), Memória), 2ª do Saltério (Livro III), cor Vermelha


Santos: Alberto de Lovaina (bispo), Alexandre de Corinto (mártir), Bieuzy da Bretanha (mártir) , Colmano de Cloyne (bispo), Crescenciano de Roma (mártir), Crisógono de Aquiléia (mártir), Eanfleda de Whitby (viúva, monja), Felicíssimo de Perúgia (mártir), Firmina de Amelia (virgem, mártir), Flora e Maria (virgens e mártires), Inácio Delgado e Companheiros (mártires) , Leopardino de Vivaris (abade, mártir), Marino de Maurienne (monge, mártir), Mateus Alonso de Lenciñana e José Fernández de Ventosa (presbíteros, mártires), Porciano de Miranda (abade), Protásio de Milão (bispo), Romano de Le Mans (bispo), Bálsamo de Cava (abade, bem-aventurado), Conrado de Frisach (dominicano, bem-aventurado), Pedro Dumoulinborie (mártir, bem-aventurado), Maria Ana Sala (religiosa Marcelina, bem-aventurada)

Antífona: A cruz de nosso Senhor Jesus Cristo deve ser a nossa glória: nele está nossa vida e ressurreição; para os salvos, como nós, ela é poder de Deus. (Gl 6, 14; 1Cor 1,18).

Oração: Ó Deus, fonte e origem de toda paternidade, que destes aos santos mártires André e seus companheiros serem fiéis à cruz do vosso Filho até a efusão do sangue, concedei, por sua intercessão, que, propagando o vosso amor entre os irmãos, possamos ser chamados vossos filhos e filhas e realmente o sejamos. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo


Leituras


Leitura: Apocalipse (Ap 15, 1-4)

Grandes e admiráveis são as tuas obras, Senhor

Eu, João, vi no céu outro sinal, grande e admirável: sete anjos, com as sete últimas pragas. Com elas o furor de Deus ia-se consumar. Vi também como que um mar de vidro misturado com fogo. Sobre este mar estavam, de pé, todos aqueles que saíram vitoriosos do confronto com a besta, com a imagem dela e com o número do nome da besta. Seguravam as harpas de Deus.

Entoavam o cântico de Moisés, o servo de Deus, e o cântico do Cordeiro, dizendo: “Grandes e admiráveis são as tuas obras, Senhor Deus, Todo-Poderoso! Justos e verdadeiros são os teus caminhos, ó Rei das nações! Quem não temeria, Senhor, e não glorificaria o teu nome? Só tu és santo! Todas as nações virão prostrar-se diante de Ti, porque tuas justas decisões se tornaram manifestas”. Palavra do Senhor!

Comentando a I Leitura

Entoavam o cântico de Moisés e o cântico do cordeiro

Quem seguiu a Jesus e dele fez experiência descobre na própria vida, na doença, na morte, nos homens, nas coisas, o Deus da sua vida, o "Deus conosco". Defrontando-se, porém, com os acontecimentos, guerras, as grandes migrações de povos e as imensas calamidades, descobre também "o Deus da história", o Libertador da humanidade, a Esperança dos povos, Cristo Princípio e Fim, Alfa e Omega, Centro e Fim do homem e do universo, Salvador da terra. Tal é a "Mensagem do Concílio" aos governantes: "Deus, o Deus vivo e verdadeiro, é Pai dos homens. O Cristo, seu eterno Filho, veio nos dizer e nos fazer compreender que somos todos irmãos. Ele é o grande artífice da ordem e da paz na terra, porque conduz a história humana... É ele que abençoa o pão da humanidade, santifica o trabalho e o sofrimento... enche o mundo de esperança, verdade, beleza..."Todo cristão deve ter esta fé.


Salmo Responsorial: 97 (98), 1.2-3ab.7-8.9 (+Ap 15, 3b)

Como são grandes e admiráveis vossas obras, ó Senhor e nosso Deus onipotente!

Cantai ao Senhor Deus um canto novo, porque ele fez prodígios! Sua mão e o seu braço forte e santo alcançaram-lhe a vitória.

O Senhor fez conhecer a salvação, e às nações, sua justiça; recordou o seu amor sempre fiel pela casa de Israel.

Aplauda o mar com todo ser que nele vive, o mundo inteiro e toda gente! As montanhas e os rios batam palmas e exultem de alegria.

Na presença do Senhor, pois ele vem, vem julgar a terra inteira. Julgará o universo com justiça e as nações com eqüidade.


Evangelho: Lucas (Lc 21, 12-19)

É permanecendo firmes que ireis ganhar a vida!

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: “Antes que estas coisas aconteçam, sereis presos e perseguidos; sereis entregues às sinagogas e postos na prisão; sereis levados diante de reis e governadores por causa do meu nome.

Esta será a ocasião em que testemunhareis a vossa fé. Fazei o firme propósito de não planejar com antecedência a própria defesa; porque eu vos darei palavras tão acertadas, que nenhum dos inimigos vos poderá resistir ou rebater.

Sereis entregues até mesmo pelos próprios pais, irmãos, parentes e amigos. E eles matarão alguns de vós. Todos vos odiarão por causa do meu nome. Mas vós não perdereis um só fio de cabelo da vossa cabeça. É permanecendo firmes que ireis ganhar a vida! Palavra da Salvação!

Comentando o Evangelho

O sofrimento do discípulo

A perseguição e o sofrimento do discípulo são tidos por Jesus como sinais premonitórios do fim. O testemunho de seu nome atrairia de tal forma a ira dos inimigos que estes lançariam mão de toda sorte de maldade contra os seguidores do Mestre. Sofrimento, perseguição, prisões, acusações na sinagoga, morte e ódio era o que lhes aguardava. Até mesmo, a perseguição por parte dos próprios familiares. Tudo isso por causa da fidelidade ao Mestre Jesus. Era preciso, pois, avivar neles a chama da perseverança. Tarefa desafiadora!

Não obstante isso, nos momentos mais difíceis os discípulos receberiam a ajuda divina, de forma que não precisariam preparar a própria defesa. Receberiam, também, uma sabedoria tão sublime, capaz de levá-los a convencer seus adversários.

Além da perseverança, os discípulos necessitarão de uma grande fé em Deus. "Nem um só cabelo cairá de vossa cabeça" - garante Jesus ao grupo de discípulos, facilmente contamináveis pelo medo. A luta, afinal de contas, é do Mestre. Os discípulos são unicamente seus mediadores. O Pai os protege, preservando-os do mal, porque é o Senhor. Ninguém como Deus tem nas mãos a vida dos discípulos, e, por conseguinte, tem o poder de livrá-los do mal.
[O EVANGELHO NOSSO DE CADA DIA, Ano C, ©Paulinas, 1996]

Para Sua Reflexão:

O assédio e a destruição do templo de Jerusalém não se confundem com o fim do mundo ou a história. O plano de Deus continua em frente e, precisamente, a cidade e o templo em ruínas serão a oportunidade para que as nações estrangeiras, que não conheciam a Deus, o conheçam e se submetam a ele.

Os acontecimentos cósmicos com que Lucas descreve esta passagem sobre a vinda do Filho do Homem não devem ser tomados em sentido literal, pois evocam uma maneira de pensar típica da literatura apocalíptica e servem para estabelecer a diferença entre esta primeira manifestação ou Encarnação de Jesus, submetida à natureza e limitação humanas e sua segunda vinda em todo poder e glória como Dono e Senhor do tempo, da história e do mundo. [Novo Testamento, Edição de Estudos, Ave-Maria]