Santo Anjo da Guarda de Portugal
Sexta-feira, 10 de junho de 2011
Anjo da Paz, da Pátria, da Eucaristia. As 3 aparições deste anjo em Portugal compuseram o ciclo angélico da mensagem de Fátima.
Na primavera de 1916, as 3 crianças estavam na Loca do Cabeço (Fátima) a pastorear, quando apareceu-lhes um jovem de mais ou menos 14 ou 15 anos, mais branco que a neve, dizendo: “Não temais, sou o Anjo da Paz, orai comigo: Meu Deus eu creio, adoro, espero e amo-vos. Peço-vos perdão para os que não creem, não adoram, não esperam e não vos amam”. As crianças rezaram por três vezes, com o rosto ao chão. Depois ouviram do anjo: “Orai assim. Os corações de Jesus e de Maria, estão atentos à voz de vossas súplicas”. Esta oração acompanhou os pastorinhos sempre.
A segunda aparição deu-se num dia de verão, no quintal da casa de Lúcia, no Poço do Arneiro. As crianças estavam brincando sobre o poço, quando o anjo apareceu-lhes dizendo: “Que fazeis? Orai, orai muito. Os corações santíssimos de Jesus e de Maria, tem sobre vós desígnios de misericórdia... eu sou o Anjo da sua guarda, o anjo de Portugal”.
Na terceira aparição, outono do mesmo ano, novamente na Loca do Cabeço, as crianças rezavam a oração que aprenderam na primeira aparição, e o Anjo lhes apareceu com o cálice e uma hóstia. A hóstia a pingar gotas de sangue no cálice. Elas ajoelharam, e o anjo ensinou-lhes esta oração profundíssima que diz da essência da mensagem de Fátima: “Santíssima Trindade, Pai, Filho e Espirito Santo, adoro-vos profundamente. E ofereço-vos o Preciosíssimo Corpo, Sangue, Alma e Divindade de Jesus Cristo presente em todos os sacrários da Terra. Em reparação aos ultrajes, sacrilégios e indiferenças com que Ele mesmo é ofendido, e pelos méritos infinitos do Seu Santíssimo Coração e do Coração Imaculado de Maria, peço-vos a conversão dos pobres pecadores”. Depois disso, o Anjo da Eucaristia, entregou a hóstia para Lúcia e o cálice entre Francisco e Jacinta e disse-lhes: “Tomai e bebei o Corpo e o Sangue de Jesus Cristo, horrivelmente ultrajado pelos homens ingratos. Reparai os seus crimes e consolai o vosso Deus.”
Esta oração nos une com Maria, ao reparador Jesus Cristo, no mistério da Eucaristia para a glória da Santissima Trindade.
Santo Anjo da Guarda de Portugal, rogai por nós!
[CANÇÃO NOVA]
Hoje: Dia da Artilharia
Leituras
I Leitura: Atos (At 25, 13b-21)
É pelo testemunho que Paulo será decapitado
Naqueles dias, bo rei Agripa e Berenice chegaram a Cesaréia e foram cumprimentar Festo. Como ficassem alguns dias aí, Festo expôs ao rei o caso de Paulo, dizendo: "Está aqui um homem que Félix deixou como prisioneiro. Quando eu estive em Jerusalém, os sumos sacerdotes e os anciãos dos judeus apresentaram acusações contra ele e pediram-me que o condenasse. Mas eu lhes respondi que os romanos não costumam entregar um homem antes que o acusado tenha sido confrontado com os acusadores e possa defender-se da acusação.
Eles vieram para cá e, no dia seguinte, sem demora, sentei-me no tribunal e mandei trazer o homem. Seus acusadores compareceram diante dele, mas não trouxeram nenhuma acusação de crimes de que eu pudesse suspeitar. Tinham somente certas questões sobre a sua própria religião e a respeito de um certo Jesus que já morreu, mas que Paulo afirma estar vivo. Eu não sabia o que fazer para averiguar o assunto. Perguntei então a Paulo se ele preferia ir a Jerusalém, para ser julgado lá. Mas Paulo fez uma apelação para que a sua causa fosse reservada ao juízo do Augusto imperador. Então ordenei que ficasse preso até que eu pudesse enviá-lo a César". Palavra do Senhor!
Comentando a I Leitura
Jesus que já morreu, mas que Paulo afirma estar vivo
Paulo é cidadão romano. Hebreu e fariseu, opta por este privilégio, por ter visto no império maior respeito à dignidade pessoa humana (v. 16) e encontrando maior possibilidade de universalismo do que no particularismo judaico. Ora, dignidade da pessoa e universalismo são exatamente os dois pólos, os dois pressupostos humanos em que se apóia a evangelização. Os antigos Padres viram na realidade e na estrutura exterior do império romano um desígnio providencial para a difusão e fecundidade da mensagem cristã. Os profetas e pregadores modernos vêem na nova consciência da dignidade e dos direitos do homem, na redescoberta dos valores de liberdade, igualdade e fraternidade, nos esforços pela paz, na luta contra a opressão, a miséria, a injustiça, um fecundo terreno para a semente da palavra de Deus e uma válida aproximação para um diálogo e colaboração entre os homens, a fim de realizar os desígnios de Deus. [Missal Cotidiano, © Paulus ]
Salmo: 102 (103), 1-2.11-12. 19-20ab (R./19a)
O Senhor pôs o seu trono lá nos céus
Bendize, ó minha alma, ao Senhor, e todo o meu ser, seu santo nome! Bendize, ó minha alma, ao Senhor, não te esqueças de nenhum de seus favores!
Quanto os céus por sobre a terra se elevam, tanto é grande o seu amor aos que o temem; quanto dista o nascente do poente, tanto afasta para longe nossos crimes.
O Senhor pôs o seu trono lá nos céus, e abrange o mundo inteiro seu reinado. Bendizei ao Senhor Deus, seus anjos todos, valorosos que cumpris as suas ordens.
Evangelho: João (Jo 21, 15-19)
Apascenta os meus cordeiros e minhas ovelhas
Jesus manifestou-se aos seus discípulos e, depois de comerem, perguntou a Simão Pedro: "Simão, filho de João, tu me amas mais do que estes?" Pedro respondeu: "Sim, Senhor, tu sabes que eu te amo". Jesus disse: “Apascenta os meus cordeiros". E disse de novo a Pedro: "Simão, filho de João, tu me amas?" Pedro disse: "Sim, Senhor, tu sabes que eu te amo". Jesus disse-lhe: "Apascenta as minhas ovelhas".
Pela terceira vez, perguntou a Pedro: "Simão, filho de João, tu me amas?" Pedro ficou triste, porque Jesus perguntou três vezes se ele o amava. Respondeu: "Senhor, tu sabes tudo; tu sabes que eu te amo". Jesus disse-lhe: "Apascenta as minhas ovelhas. Em verdade, em verdade te digo: quando eras jovem, tu te cingias e ias para onde querias. Quando fores velho, estenderás as mãos e outro te cingirá e te levará para onde não queres ir". Jesus disse isso, significando com que morte Pedro iria glorificar a Deus. E acrescentou: "Segue-me". Palavra da Salvação!
Comentário o Evangelho
Tu me amas?
Todo cristão deveria se defrontar com a tríplice pergunta que o Ressuscitado dirigiu a Pedro. Ela é bem precisa: "Tu me amas?", e não pode ser respondida com evasivas ou sem convicção. É sim ou não, com as respectivas conseqüências, tanto em termos pessoais - conversão interna -, quanto em termos sociais - testemunho público e seus riscos.
A melhor maneira de expressar nosso amor a Jesus é amar o próximo. E o ápice deste amor está em não poupar nada de si, quando se trata de servir, como fez Jesus.
Portanto, a pergunta do Ressuscitado poderia ser respondida assim: "Tu sabes que eu nutro profundo amor pelo meu próximo; podes ver como minha vida é toda vivida como doação; podes, igualmente, verificar como minha existência é tecida de gestos concretos de oblação. Esta é a prova de que, realmente, eu teu amo".
O Mestre não pode confiar no discípulo, cujo amor não é entranhado. Por isso, antes de confiar a Pedro a missão de presidir a comunidade dos cristãos, quis se assegurar do seu amor. Este procedimento de Jesus é plenamente acertado. O exercício do ministério, na Igreja, pressupõe o amor que ele exigiu de Pedro, quando lhe confiou a missão de conduzir o seu rebanho. Arrisca-se a descambar para a tirania a liderança de quem se põe à frente da Igreja sem amar, autenticamente, a Jesus. [O EVANGELHO NOSSO DE CADA DIA, Ano A, ©Paulinas, 1997]
Para sua reflexão:
O diálogo com Pedro desperta várias ressonâncias. As mais fortes e óbvias são a da tríplice negação, que é preciso cancelar com a tríplice declaração, humilde, de amor: “ao entardecer sereis examinados no amor” (João da Cruz). Pedro recebe um encargo especial e único para a comunidade, que continua sendo rebanho de Jesus. O destino de Pedro se expressa em imagens que apontam para o martírio, talvez para a cruz com o “estender os braços”. O “cingir-se” da tarefa cotidiana transforma-se em “ser cingido” ou atado à força e conduzido a morrer. Depois da ressurreição e reconciliado com Jesus, Pedro o seguirá até a morte. O martírio “glorifica” a Deus. (Bíblia do Peregrino)