Santo Antonino

Terça-feira, 10 de maio de 2011


Neste dia, lembramos um grande santo que nasceu na Itália, no ano de 1389, cujo nome de batismo era Antônio (e que ficou conhecido como Antonino devido sua estatura). Pertencente a uma família nobre, Antonino caminhou para os estudos de Direito, mas devido ao forte chamado do Senhor, tomou a decisão de ser religioso.

Encontrou certa dificuldade para ingressar nos Dominicanos, mas com humildade e perseverança superou as barreiras e expectativas, pois por sua radicalidade na vivência do Evangelho tornou-se um exemplo como religioso. Obediente à regra e perseverante, começou a ocupar grandes responsabilidades de serviço chegando a Superior.

Convocado pelo Papa, Antonino, o pequeno gigante, foi chamado para ser Bispo e logo Arcebispo de Florença. Cheio do Espírito Santo, trabalhou com prudência e energia contra tudo o que atrapalhava as famílias e por isso sofreu muito, mas por uma causa justa, ou seja, para levar muitos para Deus. Entrou na Igreja triunfante com 70 anos.

Santo Antonino, rogai por nós!

[CANÇÃO NOVA]

Hoje: Dia da Cozinheira, dia da Cavalaria e dia do Campo


I Leitura: Atos (At 7, 51-8,1a)

Estêvão denuncia a falta de fé dos judeus

Naqueles dias, Estêvão disse ao povo, aos anciãos e aos doutores da lei: "Homens de cabeça dura, insensíveis e incircuncisos de coração e ouvido! Vós sempre resististes ao Espírito Santo e como vossos pais agiram, assim fazeis vós! A qual dos profetas vossos pais não perseguiram? Eles mataram aqueles que anunciavam a vinda do justo, do qual, agora, vós vos tomastes traidores e assassinos. Vós recebestes a lei, por meio de anjos, e não a observastes!" Ao ouvir essas palavras, eles ficaram enfurecidos e rangeram os dentes contra Estêvão. Estêvão, cheio do Espírito Santo, olhou para o céu e viu a glória de Deus e Jesus, de pé, à direita de Deus. E disse: "Estou vendo o céu aberto e o Filho do homem, de pé, à direita de Deus". Mas eles, dando grandes gritos e, tapando os ouvidos, avançaram todos juntos contra Estêvão; arrastaram-no para fora da cidade e começaram a apedrejá-lo. As testemunhas deixaram suas vestes aos pés de um jovem, chamado Saulo. Enquanto o apedrejavam, Estêvão clamou dizendo: "Senhor Jesus, acolhe o meu espírito". Dobrando os joelhos, gritou com voz forte: "Senhor, não os condenes por este pecado". E, ao dizer isto, morreu. 8,1aSaulo era um dos que aprovavam a execução de Estêvão. Palavra do Senhor!

Comentando a Leitura

Senhor Jesus, acolhe o meu Espírito

A fala de Estêvão, de que lemos hoje o último trecho, é uma rápida releitura cristã do Antigo Testamento. Estêvão mostra que a trágica aventura do povo que diz "não" a Deus, e rejeita os mediadores da salvação, está nas últimas. A recusa dos pais com relação a Deus tem sua trágica consumação na atitude do Sinédrio em confronto com o Messias e, agora, com Estêvão, sua testemunha. O povo de Deus de certo modo se trai a si mesmo. Reunido pela ação divina para acolher e dar a salvação em Cristo, rejeita o projeto de Deus, trai a própria missão e torna-se assassino. Mata o autor da vida e afasta-se da vida, da salvação. Agora mata Estêvão. Estêvão não morre apenas "por Cristo", morre como Cristo, com ele, e tal participação no próprio mistério da paixão de Jesus está na base da fé do mártir. Com essa morte ele afirma, a seu modo, que a morte não foi a última palavra da vida de Jesus. Este não cessa de viver além da morte, como o prova o comportamento de seus fiéis. [Extraído do MISSAL COTIDIANO ©Paulus, 1997]


Salmo: 30 (31), 3cd-4.6ab e 7b e 8a.17 e 21ab (R/.6a)

Em vossas mãos, Senhor, entrego o meu Espírito

Sede uma rocha protetora para mim, um abrigo bem seguro que me salve! Sim, sois vós a minha rocha e fortaleza; por vossa honra orientai-­me e conduzi-me!

Em vossas mãos, Senhor, entrego o meu espírito, porque vós me salvareis, ó Deus fiel! Quanto a mim, é ao Senhor que me confio, vosso amor me faz saltar de alegria.

Mostrai serena a vossa face ao vosso servo, e salvai-me pela vossa compaixão! Na proteção de vossa face os defendeis bem longe das intrigas dos mortais.


Evangelho: João (Jo 6, 30-35)

Meu Pai é que vos dá o verdadeiro pão do céu

Naquele tempo, a multidão perguntou a Jesus: "Que sinal realizas, para que possamos ver e crer em ti? Que obra fazes? Nossos pais comeram o maná no deserto, como está na escritura: 'Pão do céu deu-lhes a comer"'. Jesus respondeu: "Em verdade, em verdade vos digo, não foi Moisés quem vos deu o pão que veio do céu. É meu Pai que vos dão verdadeiro pão do céu. Pois o pão de Deus é aquele que desce do céu e dá vida ao mundo". Então pediram: "Senhor, dá-nos sempre desse pão". Jesus lhes disse: "Eu sou o pão da vida. Quem vem a mim não terá mais fome e quem crê em mim nunca mais terá sede". Palavra da Salvação!

Comentário o Evangelho

Que milagres realizas?

A questão apresentada a Jesus põe em xeque a idoneidade e a credibilidade de sua missão. Era como se estivessem pedindo suas credenciais. Se não pudesse provar que estava agindo com autoridade, seria um simples impostor.

Servindo-se de uma brecha oferecida por seus interlocutores, o Mestre lhes sugere uma reflexão. Segundo eles, no passado, Moisés havia revelado a veracidade de sua missão ao alimentar a multidão com o maná descido do céu. Também, Jesus deveria fazer algo para provar quem ele era.

A ponderação de Jesus levanta dúvidas sobre uma crença inquestionável: o milagre não fora realizado por Moisés, mas pelo Pai. Este, sim, foi quem alimentou o povo na sua penosa marcha pelo deserto. O Pai estava tomando novamente a mesma providência de alimentar seu povo. Só que, agora, o maná era seu próprio Filho. Por isso, este podia apresentar-se como "o pão da vida", capaz de saciar a fome e a sede de quantos se deixassem atrair por ele.

Por conseguinte, antes de mais nada, era mister perceber o sinal que o Pai estava realizando na pessoa de seu Filho. Qualquer outro milagre seria inútil, se este sinal fundamental não fosse percebido.

A perspicácia teológica dos interlocutores de Jesus estava sendo posta à prova. [O EVANGELHO NOSSO DE CADA DIA, Ano A, ©Paulinas, 1997]