Santo Ermenegildo

Quarta-feira, 13 de abril de 2011


O santo de hoje era filho de um rei cristão ariano, ou seja, que acreditava em Jesus Cristo como verdadeiro homem, mas não como verdadeiro Deus.

Por graça de Deus, através de sua esposa, Ermenegildo pôde tornar-se um autêntico cristão.

Seu pai não o acolheu, porque este não aceitava o Arianismo. Então o ameaçou e combateu em guerra.

Desprezando o perdão de seu filho, o rei mandou prendê-lo e o entregou aos algozes.

Santo Ermenegildo, pai de família, cristão católico, teve sua cabeça cortada segundo a ordem de seu próprio pai.

Santo Ermenegildo, rogai por nós!

[CANÇÃO NOVA]

Quinta Semana da Quaresma - 1ª Semana do Saltério (Livro II) - cor Litúrgica Roxa


Hoje: Dia do Hino Nacional Brasileiro

Santos: Justino (mártir), Tibúrcio (mártir), Valério (mártir), Máximo (mártir), Ardalião (mártir), Lamberto de Lião (arcebispo), Bernardo de Tiron (abade), Lanvino (beato), Caradoco, Bénezet, Pedro Gonçalo (Gonçales ou Gonçalves, beato), João (mártir), Antônio (mártir), Eustácio (mártir), Liduína de Schiedam (beata e virgem), Donina, Próculo, Pica (bem aventurada, mãe de São Francisco de Assis)

Antífona: Vós me livrais, Senhor, de meus inimigos; vós me fazeis suplantar o agressor e do homem violento me salvais. (Sl 17 48-49)

Oração do Dia: Ó Deus de misericórdia, iluminais nossos corações purificados pela penitência. E ouvi com paternal bondade aqueles a quem dais afeto filial. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na Unidade do Espírito Santo.


Leituras

I Leitura: Daniel (Dn 3, 14-20.24.49a.91-92.95)

Enviou seu anjo e libertou seus servos

Naqueles dias, o rei Nabucodonosor tomou a palavra e disse: "É verdade, Sidrac, Misac e Abdênago, que não prestais culto a meus deuses e não adorais a estátua de ouro que mandei erguer? E agora, quando ouvirdes tocar trombeta, flauta, citara, harpa, saltério e gaitas, e toda espécie de instrumentos, estais prontos a prostrar-vos e adorar a estátua que mandei fazer? Mas, se não fizerdes adoração, no mesmo instante sereis atirados na fornalha de fogo ardente; e qual é o deus que poderá libertar-vos de minhas mãos?"

Sidrac, Misac e Abdênago responderam ao rei Nabucodonosor: "Não há necessidade de respondermos sobre isto: se o nosso Deus, a quem rendemos culto, pode livrar-nos da fornalha de fogo ardente, ele também poderá libertar-nos de tuas mãos, ó rei. Mas, se ele não quiser libertar-nos, fica sabendo, ó rei, que não prestaremos culto a teus deuses e tampouco adoraremos a estátua de ouro que mandaste fazer". A estas palavras, Nabucodonosor encheu-se de cólera contra Sidrac, Misac e Abdênago, a ponto de se alterar a expressão do rosto; deu ordem para acender a fornalha com sete vezes mais fogo que de costume; e encarregou os soldados mais fortes do exército para amarrarem Sidrac, Misac e Abdênago e os lançarem na fornalha de fogo ardente. Os três jovens andavam de cá para lá no meio das chamas, entoando hinos a Deus e bendizendo ao Senhor. Mas o anjo do Senhor tinha descido simultaneamente na fornalha para junto de Azarias e seus companheiros.

O rei Nabucodonosor, tomado de pasmo, levantou-se apressadamente, e perguntou a seus ministros: "Porventura, não lançamos três homens bem amarrados no meio fogo?" Responderam ao rei: "E verdade, ó rei". Disse este: "Mas eu estou vendo quatro homens andando livremente no meio do fogo, sem sofrerem nenhum mal, e o aspecto do quarto homem é semelhante ao de um filho de Deus".

Exclamou Nabucodonosor: "Bendito seja o Deus de Sidrac, Misac e Abdênago que enviou seu anjo e libertou seus servos, que puseram nele confiança e transgrediram o decreto do rei, preferindo entregar suas vidas a servir e adorar qualquer outro Deus que não fosse o seu Deus.” Palavra do Senhor.

Comentando a I Leitura

Enviou seu anjo e libertou seus servos

A proteção de Deus não é sempre visivelmente maravilhosa e magnífica como na história dos três jovens. Mas é necessário dar tempo ao desígnio de Deus, a fim de poder vê-lo em seu conjunto, quer com relação a nós pessoalmente, quer na vida da Igreja. Então, aquilo que parecia casual, repetitivo, falho, provisório, assume seu posto e seu valor. Então, também de nossos corações pode prorromper, sincero e festivo, o cântico de louvor a Deus. Ele já estava presente, já agia e nos libertava, quando parecia inexistente, insignificante. Às vezes Deus "manda seu anjo", ou seja, faz perceber exteriormente sua intervenção, mas sempre e em toda parte os acontecimentos, em seu impulso fundamental, procedem dele e a ele conduzem por caminhos misteriosos. Esta foi a fé dos três jovens e de todos os mártires. Esta deve ser a nossa fé. [MISSAL COTIDIANO. ©Paulus, 1997]


Cântico: Dn 3, 52.53.54.55.56 (R/.52b)

A vós louvor, honra e glória eternamente!

Sede bendito, Senhor Deus de nossos pais. A vós louvor, honra e glória eternamente! Sede bendito, nome santo e glorioso. A vós louvor, honra e glória eternamente!

No templo santo onde refulge a vossa glória. A vós louvor, honra e glória eternamente! E em vosso trono de poder vitorioso. A vós louvor, honra e glória eternamente!

Sede bendito, que sondais as profundezas. A vós louvor, honra e glória eternamente! E superior aos querubins vos assentais. Avós louvor, honra e glória eternamente!

Sede bendito no celeste firmamento. A vós louvor, honra e glória eternamente!

Obras todas do Senhor, glorificai-o A ele louvor, honra e glória eternamente!


Evangelho: João (Jo 8, 31-42)

A verdade liberta

Naquele tempo, Jesus disse aos judeus que nele tinham acreditado: "Se permanecerdes na minha palavra, sereis verdadeiramente meus discípulos, e conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará". Responderam eles: "Somos descendentes de Abraão, e nunca fomos escravos de ninguém. Como podes dizer: 'Vós vos tomareis livres'?" Jesus respondeu: "Em verdade, em verdade vos digo, todo aquele que comete pecado é escravo do pecado. 35O escravo não permanece para sempre numa família, mas o filho permanece nela para sempre. Se, pois, o Filho vos libertar, sereis verdadeiramente livres. Bem sei que sois descendentes de Abraão; no entanto, procurais matar-me, porque a minha palavra não é acolhida por vós. Eu falo o que vi junto do Pai; e vós fazeis o que ouvistes do vosso pai".

Eles responderam então: "Nosso pai é Abraão". Disse-lhes Jesus: "Se sois filhos de Abraão, praticai as obras de Abraão! Mas agora, vós procurais matar-me, a mim, que vos falei a verdade que ouvi de Deus. Isto, Abraão não o fez. Vós fazeis as obras do vosso pai". Disseram-lhe, então: "Nós não nascemos do adultério, temos um só pai: Deus".

Respondeu-lhes Jesus: "Se Deus fosse vosso Pai, certamente me amaríeis, porque de Deus é que eu saí, e vim. Não vim por mim mesmo, mas foi ele que me enviou". Palavra da Salvação!

Comentário do Evangelho

A verdade que liberta

No confronto com os judeus, Jesus apresentou-se como a única verdade que pode trazer libertação. Com isto, punha em xeque a prática religiosa judaica na qual fora educado e que era a base da fé de seus discípulos e de seus interlocutores. Em que sentido o ensinamento de Jesus era diferente, a ponto de proporcionar uma libertação impossível de ser alcançada por outras vias?

A força libertadora da verdade ensinada pelo Mestre está ligada à sua origem: ele ensinava o que havia visto junto do Pai. Suas palavras tinham uma força única de colocar os discípulos em contato com o desígnio do Pai e estabelecer uma profunda comunhão de amor com ele. A libertação resultava da presença amorosa do Pai no coração do discípulo. Presença capaz de banir toda forma de egoísmo escravizador e estabelecer relações fraternas com o próximo. Presença suficientemente forte para arrancar o discípulo das trevas do pecado e introduzi-lo no reino da luz. Presença humanizadora e plenificadora.

Jesus considerava a doutrina dos judeus demasiadamente contaminada por elementos espúrios, nem sempre compatíveis com o querer divino. De fato, de tanto se intrometer na Lei de Deus, os judeus acabaram por desvirtuar-lhe o sentido.

As palavras de Jesus serviam de alerta para quem desejava tornar-se discípulo. Urgia deixar-se libertar pela verdade proclamada por ele. [Evangelho nosso de cada dia, Pe. Jaldemir Vitório, ©Paulinas, 1997]