Santo Estanislau

Sábado, 13 de novembro de 2010


O santo, que lembramos com muito carinho neste dia, nasceu na nobre e influente família dos Kostka, a qual possuía uma sólida vida de piedade familiar. Nasceu no castelo de Rostkow, na vila de Prasnitz (Polônia), a 28 de outubro de 1550. Nesse ambiente é que Estanislau cresceu na amizade e intimidade com Cristo.

Quando tinha 14 anos foi estudar em Viena, juntamente com seu irmão mais velho, Paulo. Devido a uma ordem do Imperador Maximiliano I, o internato jesuíta onde estudavam foi fechado, sobrando como refúgio o castelo de um príncipe luterano, que com Paulo, promoveu o calvário doméstico de Estanislau. Em resposta às agressões do irmão, que também eram físicas, e as tentações da corte, o santo e penitente menino permanecia firme em seus propósitos cristãos: "Eu nasci para as coisas eternas e não para as coisas do mundo".

Diante da pressão sofrida, a saúde de Estanislau cedeu, e ao pedir que providenciassem um sacerdote para que pudesse comungar o Corpo de Cristo, recebeu a negativa dos homens, mas não a de Deus. Santa Bárbara apareceu-lhe, na companhia de anjos, portando Jesus Eucarístico e, em seguida, trazendo-lhe a saúde física, surgiu a Virgem Maria com o Menino Jesus.

Depois desse fato o jovem discerniu sua vocação à vida religiosa como jesuíta, por isso enfrentou familiares e, ousadamente, fugiu sozinho, a pé, e foi parar na Companhia de Jesus. Acolhido pelo Provincial que o ouviu e se encantou com sua história, com somente 18 anos de idade, viveu apenas 9 meses no Noviciado, porque adquiriu uma misteriosa febre e antes de morrer os sacerdotes ouviram do seus lábios sorridentes dizerem: "Maria veio buscar-me, acompanhada de virgens para me levar consigo".

Santo Estanislau, rogai por nós!

(Fonte: Canção Nova)

Sábado, 13 de novembro de 2010

32º do Tempo Comum (Ano “C”), 3ª Semana do Saltério (Livro III), cor Litúrgica Verde


Santos: Alberico de Utrecht (monge, bispo), Clementino, Teodoro e Filomeno (mártires de Heracléia, na Trácia), Dubrício de Madley (bispo), Gregório do Sinai (mártir), Hipácio de Gangra (bispo, mártir), Jucundo de Bolonha (bispo), Lourenço de Dublin (agostiniano, bispo), Modano de Aberdeen (bispo), Montano de Lorena (eremita, bispo), Nicolau Tavelic e companheiros (mártires), Serapião de Algiers (mercedário, mártir), Serapião de Alexandria (mártir), Sidônio de Saint-Saëns (abade), Veneranda de Gaul (virgem, mártir), Venerando de Troyes (mártir), João Liccio (dominicano, bem-aventurado) , Maria de Jesus López de Rivas (virgem, bem-aventurada)

Antífona: Chegue até vós a minha súplica; inclinai vosso ouvido à minha prece. (Sl 87,3)

Oração: Ó Deus de poder e misericórdia, afastai de nós todo obstáculo para que, inteiramente disponíveis, nos dediquemos ao vosso serviço. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.


Leituras


3ª Carta de São João (3Jo 5-8)

Por amor do nome eles empreenderam a viagem

Caríssimo Gaio, é muito leal o teu proceder, agindo assim com teus irmãos, ainda que estrangeiros. Eles deram testemunho da tua caridade diante da Igreja. Farás bem em provê-los para a viagem de um modo digno de Deus. Pois, por amor do Nome, eles empreenderam a viagem, sem aceitar nada da parte dos pagãos. A nós, portanto, cabe acolhê-los, para sermos cooperadores da verdade.
Palavra do Senhor!

Comentando a I Leitura

A nós cabe acolhê-los, para sermos cooperadores da verdade

A hospitalidade, como forma de caridade, é "obra de fé". Faz daqueles que ajudam os missionários "cooperadores de Deus na verdade". A ajuda fraterna a quem anuncia o evangelho faz-nos participantes de seu testemunho. Ainda hoje o apostolado missionário da Igreja tem absoluta necessidade do apoio moral e material de todos os membros da comunidade.

Cumpre "infundir nos católicos, desde a mais tenra idade, um espírito realmente universal e missionário, para favorecer uma adequada colheita de auxílios em favor de todas as missões e segundo a necessidade de cada uma". "É obra verdadeiramente divina cooperar na salvação das almas", diz são João Crisóstomo; e Agostinho não receia afirmar que "quem ajuda a salvar uma alma garante sua eterna salvação" [MISSAL COTIDIANO, ©Paulus, 1997]


Salmo Responsorial: 111 (112), 1-2.3-4.5-6 (R/.1)

Feliz aquele que respeita o Senhor!

Feliz o homem que respeita o Senhor e que ama com carinho a sua lei! Sua descendência será forte sobre a terra, abençoada a geração dos homens retos!

Haverá glória e riqueza em sua casa, e permanece para sempre o bem que fez. Ele é correto, generoso e compassivo, como luz brilha nas trevas para os justos.

Feliz o homem caridoso e prestativo, que resolve seus negócios com justiça. Porque jamais vacilará o homem reto, sua lembrança permanece eternamente!


Evangelho: Lucas (Lc 18, 1-8)

Parábola do juiz e da viúva

Naquele tempo, 1Jesus contou aos discípulos uma parábola, para mostrar-lhes a necessidade de rezar sempre, e nunca desistir, dizendo: "Numa cidade havia um juiz que não temia a Deus, e não respeitava homem algum. Na mesma cidade havia uma viúva, que vinha à procura do juiz, pedindo: 'Faze-me justiça contra o meu adversário!' Durante muito tempo, o juiz se recusou. Por fim, ele pensou: 'Eu não temo a Deus, e não respeito homem algum.

Mas esta viúva já me está aborrecendo. Vou fazer-lhe justiça, para que ela não venha agredir-me!"' E o Senhor acrescentou: "Escutai o que diz este juiz injusto.

E Deus, não fará justiça aos seus escolhidos, que dia e noite gritam por ele? Será que vai fazê-los esperar? Eu vos digo que Deus lhes fará justiça bem depressa. Mas o Filho do homem, quando vier, será que ainda vai encontrar fé sobre a terra?" Palavra da Salvação!

Comentando o Evangelho

O clamor do pobre

Jesus ilustrou seu ensinamento, a respeito do dever de orar sem jamais desanimar, com a parábola da pobre viúva às voltas com um juiz iníquo. Sua doutrina tem como pano de fundo um tema frequente na literatura sapiencial do Antigo Testamento: a predisposição divina a ouvir e atender o clamor dos pobres. Pode-se falar em parcialidade de Deus em favor de seus preferidos. Ele ouve a prece de quem é tratado injustamente e jamais rejeita a súplica do órfão e da viúva, quando extravasam suas queixas.

O grito dos pobres atravessa as nuvens e o Altíssimo não descansa enquanto não intervém em favor deles. Deus está sempre pronto para defender a causa do humilde e indefeso. Em suma, coloca-se a favor dos fracos e assume a causa deles.

Pelo contrário, ele rejeita a oração dos injustos e prepotentes, cujas mãos estão manchadas de sangue e só são usadas para oprimir e massacrar. E, se voltam para Deus, é só para falar com soberba e arrogância. Resultado: sua oração jamais obterá o beneplácito divino!

A oração do discípulo do Reino deve ser a do pobre que só conta com a proteção divina, pois, fora de Deus, não tem a quem recorrer. Sua oração será perseverante, uma vez que está sempre seguro de ser atendido, mesmo que isso possa demorar.

Se um Juiz iníquo acabou sendo movido pela insistência de uma pobre viúva, quando mais o Pai misericordioso se deixará mover pelo clamor de seus filhos queridos. [O EVANGELHO NOSSO DE CADA DIA, Ano C, ©Paulinas, 1996]

Para Sua Reflexão:

As viúvas eram um grupo especial particularmente exposto a abusos legais e judiciais, entre outras razões, porque não podiam subornar nem pagar. O Juiz em função era “iníquo”: não temia a Deus nem respeitava as pessoas. É significativa a associação: respeitar a Deus e as pessoas; implicam-se mutuamente. Os julgamentos costumavam celebrar-se à porta da cidade ou em outro lugar público, de modo que a viúva tinha acesso e podia reclamar publicamente.

A mulher não desespera nem se resigna, insiste tenazmente. É sua única arma; resignar-se seria fazer o jogo da injustiça. Até que o juiz ceda e se ocupe dela por puro egoísmo: para que não me encha (diríamos em linguagem popular). É audaz sobrepor a Deus a imagem, do juiz injusto e egoísta. Quando Deus tolera o malvado e deixa sofrer suas vítimas, é injusto? (Jr 15, 15). A surpresa nos faz fixar-nos mais no ponto central: Deus fará justiça, e sem demora.

Muitos acontecimentos históricos induzem os homens a duvidar da justiça de Deus. Deus não se omite nem desatende os escolhidos. [Bíblia do Peregrino]