São Bonifácio

Quarta-feira 05 de Junho de 2013


Com alegria, celebramos vida de total entrega a Deus, deste santo que se tornou o "Apóstolo da Alemanha". São Bonifácio nasceu em 675 e recebeu o nome de batismo de Winfrido e com o passar da vida, no seguimento ao Divino Mestre, tornou-se monge beneditino.

O coração de Bonifácio era sereno como o dos seus irmãos monges, porém, inquieto por causa do seu ardor missionário, sendo assim ao se apresentar ao Papa recebeu sua investidura de missionário, fato que mudou sua vida e seu nome de Winfrido para Bonifácio, em memória de um grande mártir. Ordenado Bispo, São Bonifácio soube proporcionar elo do Cristianismo nascente na Alemanha com Roma, assim como bem evangelizou os quatro cantos de sua região, através de muitos mosteiros e dioceses que nasceram por sua causa.

Docilidade e firmeza, timidez e coragem, oração e ação estavam presentes em sua pessoa e em seu fecundo apostolado, que não se resumiu na Alemanha, pois ao estabelecer sede episcopal, deixou tudo nas mãos de outro Bispo e foi evangelizar o Norte da Europa. Aconteceu que ao ir para Dokkin a convite para celebrar o Crisma, São Bonifácio e outros cristãos foram atacados e mortos por pagãos, isso em 754.

São Bonifácio, rogai por nós!


Hoje:


Leituras

Leitura (Tobias 3,1-11.16-17)
Leitura do livro de Tobias.

3 1 Tobit, então, suspirando em meio de suas lágrimas, pôs-se a orar:

2 Vós sois justo, Senhor! Vossos juízos são cheios de eqüidade, e vossa conduta é toda misericórdia, verdade e justiça.

3 Lembrai-vos, pois, de mim, Senhor! Não me castigueis por meus pecados e não guardeis a memória de minhas ofensas, nem das de meus antepassados.

4 Se fomos entregues à pilhagem, ao cativeiro e à morte, e se nos temos tornado objeto de mofa e de riso para os pagãos entre os quais nos dispersastes, é porque não obedecemos às vossas leis.

5 Agora os vossos castigos são grandes, porque não procedemos segundo os vossos preceitos e não temos sido leais para convosco.

6 Tratai-me, pois, ó Senhor, como vos aprouver; mas recebei a minha alma em paz, porque me é melhor morrer que viver.

7 Aconteceu que, precisamente naquele dia, Sara, filha de Raguel, em Ecbátana na Média, teve também de suportar os ultrajes de uma serva de seu pai.

8 Ela tinha sido dada sucessivamente a sete maridos. Mas logo que eles se aproximavam dela, um demônio chamado Asmodeu os matava.

9 Tendo Sara repreendido a jovem criada por alguma falta, esta respondeu-lhe: Não vejamos jamais filho nem filha nascidos de ti sobre a terra! Foste tu que assassinaste os teus maridos.

10 Queres porventura matar-me, como mataste todos os sete? Ouvindo isso, Sara subiu ao seu quarto e aí ficou três dias completos, sem comer nem beber.

11 E, orando com fervor, ela suplicava a Deus, chorando, que a livrasse dessa humilhação. 16 Vós sabeis que eu nunca desejei homem algum, e que guardei minha alma pura de todo o mau desejo.

17 Nunca freqüentei lugares de prazer nem tive comércio com pessoas levianas. - Palavra do Senhor.

  • Graças a Deus.

Salmo responsorial 24/25

A vós, Senhor, eu elevo a minha alma.

Senhor meu Deus, a vós elevo a minha alma,

em vós confio: que eu não seja envergonhado

nem triunfem sobre mim os inimigos!

Não se envergonha quem em vós põe a esperança,

mas, sim, quem nega por um nada a sua fé.

Mostrai-me, ó Senhor, vossos caminhos,

fazei-me conhecer a vossa estrada!

Vossa verdade me oriente e me conduza,

porque sois o Deus da minha salvação;

em vós espero, ó Senhor, todos os dias!

Recordai, Senhor meu Deus, vossa ternura

e a vossa compaixão, que são eternas!

De mim lembrai-vos, porque sois misericórdia

e sois bondade sem limites, ó Senhor!

O Senhor é piedade e retidão

e reconduz ao bom caminho os pecadores.

Ele dirige os humildes na justiça

e aos pobres ele ensina o seu caminho.


Evangelho (Marcos 12,18-27)

— O Senhor esteja convosco.

— Ele está no meio de nós.

— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Marcos.

— Glória a vós, Senhor!

12 18 Ora, vieram ter com Jesus os saduceus, que afirmam não haver ressurreição, e perguntaram-lhe:

19 "Mestre, Moisés prescreveu-nos: Se morrer o irmão de alguém, e deixar mulher sem filhos, seu irmão despose a viúva e suscite posteridade a seu irmão.

20 Ora, havia sete irmãos; o primeiro casou e morreu sem deixar descendência.

21 Então o segundo desposou a viúva, e morreu sem deixar posteridade. Do mesmo modo o terceiro.

22 E assim tomaram-na os sete, e não deixaram filhos. Por último, morreu também a mulher.

23 Na ressurreição, a quem destes pertencerá a mulher? Pois os sete a tiveram por mulher".

24 Jesus respondeu-lhes: "Errais, não compreendendo as Escrituras nem o poder de Deus.

25 Na ressurreição dos mortos, os homens não tomarão mulheres, nem as mulheres, maridos, mas serão como os anjos nos céus.

26 Mas quanto à ressurreição dos mortos, não lestes no livro de Moisés como Deus lhe falou da sarça, dizendo: 'Eu sou o Deus de Abraão, o Deus de Isaac e o Deus de Jacó'?"

27 Ele não é Deus de mortos, senão de vivos. Portanto, estais muito errados. - Palavra da Salvação.

  • Glória a Vós, Senhor!

*Comentário do Evangelho

O DEUS DOS VIVOS

(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total a cada mês) A ressurreição dos mortos era uma doutrina rejeitada pelos saduceus e aceita pelos fariseus. A pergunta dos saduceus visa, em vão, fazer Jesus optar por uma destas facções.

O exemplo contado pelos saduceus peca gravemente por interpretar, de maneira indevida, a ressurreição dos mortos com categorias terrenas. O esquema da história dos sete casamentos sucessivos da mulher com sete diferentes homens vale para a existência terrena. Com a ressurreição se passa de modo diverso. Aí não se pode falar de casar e dar-se em casamento, pois a condição do ser humano após a morte o faz semelhante aos anjos no céu, ou seja, não subordinado às categorias de espaço e tempo e não sujeitos às carências próprias da existência terrena. Não vale falar em relação matrimonial em se tratando da ressurreição.

A resposta de Jesus redunda em denúncia da concepção de ressurreição tanto dos fariseus quanto dos saduceus. Eles, sem dúvida, viviam em constante litígio por causa de problemáticas inconvenientes em torno das quais giravam suas reflexões. Jesus propõe a ambos refazerem seu modo de pensar e não atrelarem as coisas de Deus a seus próprios esquemas. A perspectiva aberta parte do pressuposto de ser seu Deus o Deus de vivos e não de mortos. Junto dele, as categorias terrenas perdem seu valor. Quem quiser pensar a ressurreição deve partir da indicação dada por Jesus, senão se enredará em falsos problemas.

Oração

Senhor Jesus, ajuda-me a pensar corretamente o mistério da ressurreição sem projetar nele minhas categorias humanas.