São Brás
Quinta-feira, 03 de fevereiro de 2011
O santo de hoje nasceu na cidade de Sebaste, Armênia, no final do século III. São Brás, primeiramente, foi médico, mas entrou numa crise, não profissional, pois era bom médico e prestava um ótimo serviço à sociedade. Mas nenhuma profissão, por melhor que seja, consegue ocupar aquele lugar que é somente de Deus. Então, providencialmente, porque ele ia se abrindo e buscando a Deus, foi evangelizado. Não se sabe se já era batizado ou pediu a graça do Santo Batismo, mas a sua vida sofreu uma guinada. Esta mudança não foi somente no âmbito da religião, sua busca por Nosso Senhor Jesus Cristo estava ligada ao seu profissional e muitas pessoas começaram a ser evangelizadas através da busca de santidade daquele médico.
Numa outra etapa de sua vida, ele discerniu que precisava se retirar. Para ele, o retiro era permanecer no Monte Argeu, na penitência, na oração, na intercessão para que muitos encontrassem a verdadeira felicidade como ele a encontrou em Cristo e na Igreja. Mas, na verdade, o Senhor o estava preparando, porque, ao falecer o bispo de Sebaste, o povo, conhecendo a fama do santo eremita, foi buscá-lo para ser pastor. Ele, que vivia naquela constante renúncia, aceitou ser ordenado padre e depois bispo; não por gosto dele, mas por obediência.
Sucessor dos apóstolos e fiel à Igreja, era um homem corajoso, de oração e pastor das almas, pois cuidava dos fiéis na sua totalidade. Evangelizava com o seu testemunho.
São Brás viveu num tempo em que a Igreja foi duramente perseguida pelo imperador do Oriente, Licínio, que era cunhado do imperador do Ocidente, Constantino. Por motivos políticos e por ódio, Licínio começou a perseguir os cristãos, porque sabia que Constantino era a favor do Cristianismo. O prefeito de Sebaste, dentro deste contexto e querendo agradar ao imperador, por saber da fama de santidade do bispo São Brás, enviou os soldados para o Monte Argeu, lugar que esse grande santo fez sua casa episcopal. Dali, ele governava a Igreja, embora não ficasse apenas naquele local.
São Brás foi preso e sofreu muitas chantagens para que renunciasse à fé. Mas por amor a Cristo e à Igreja, preferiu renunciar à própria vida. Em 316, foi degolado.
Conta a história que, ao se dirigir para o martírio, uma mãe apresentou-lhe uma criança de colo que estava morrendo engasgada por causa de uma espinha de peixe na garganta. Ele parou, olhou para o céu, orou e Nosso Senhor curou aquela criança.
Peçamos a intercessão do santo de hoje para que a nossa mente, a nossa garganta, o nosso coração, nossa vocação e a nossa profissão possam comunicar esse Deus, que é amor.
São Brás, rogai por nós!
[Canção Nova]
Quinta-feira da 4ª semana do Tempo Comum
Carta aos Hebreus 12,18-19.21-24.
Na verdade, não vos aproximastes de uma realidade palpável, de fogo ardente, das trevas, da obscuridade ou da tempestade, nem do som da trombeta ou do ruído das palavras, cujos ouvintes pediam que não se lhes falasse mais; E o espectáculo era tão terrível, que Moisés disse: Estou apavorado e a tremer.
Vós, porém, aproximastes-vos do monte Sião e da cidade do Deus vivo, da Jerusalém celeste, de miríades de anjos, da reunião festiva, da assembleia dos primogénitos inscritos nos céus, do juiz que é o Deus de todos, dos espíritos dos justos que atingiram a perfeição, de Jesus, o Mediador da Nova Aliança, e de um sangue de aspersão que fala melhor que o de Abel.
Livro de Salmos 48(47),2-3.4.9.10-11.
Grande é o SENHOR e digno de louvor, na cidade do nosso Deus, no seu monte santo.
Belo em altura, alegria de toda a terra, o monte Sião, nas alturas do Norte, é a cidade do grande rei.
No meio das suas fortalezas, Deus mostrou se um refúgio seguro. Como nos contaram, assim o vimos, na cidade do SENHOR do universo, na cidade do nosso Deus. Deus consolidou a para Meditamos, ó Deus, sobre o teu amor, no interior do teu templo. Como o teu nome, ó Deus, assim o teu louvor chega aos confins da terra; a tua direita está cheia de justiça.
Evangelho segundo S. Marcos 6,7-13.
Chamou os Doze, começou a enviá-los dois a dois e deu-lhes poder sobre os espíritos malignos.
Ordenou-lhes que nada levassem para o caminho, a não ser um cajado: nem pão, nem alforge, nem dinheiro no cinto; que fossem calçados com sandálias e não levassem duas túnicas.
E disse-lhes também: «Em qualquer casa em que entrardes, ficai nela até partirdes dali.
E se não fordes recebidos numa localidade, se os seus habitantes não vos ouvirem, ao sair de lá, sacudi o pó dos vossos pés, em testemunho contra eles.»
Eles partiram e pregavam o arrependimento, expulsavam numerosos demónios, ungiam com óleo muitos doentes e curavam-nos.
Comentário ao Evangelho
Por : São Francisco de Assis
«Nem dinheiro no cinto»
O Senhor ordena no Evangelho: Evitai cuidadosamente as preocupações deste mundo e as preocupações materiais (cf Mt 6, 25). É por isso que um irmão, quer pernoite numa casa ou esteja em viagem, não deve de modo nenhum aceitar para si, ou mandar que aceitem por sua conta, nem moedas de ouro nem moedas pequenas, nem para comprar vestuário ou livros, nem à laia de salário por qualquer trabalho, nem sob qualquer pretexto, excepto em caso de necessidade evidente para os irmãos enfermos. Porque não devemos considerar o ouro e as moedas como sendo mais úteis ou preciosos que as pedras. O diabo tenta cegar aqueles que cobiçam o dinheiro ou que lhe atribuem mais valor do que às pedras. Nós, que deixámos tudo, não vamos perder por tão pouca coisa o Reino dos Céus (Mc 10, 24.28). Se por acaso encontrarmos alguma moeda, não lhe prestemos mais atenção do que à poeira que pisamos: pois isso é vaidade das vaidades, e tudo é vaidade (Eccl 1, 2). [...]
Todos os irmão se aplicarão a seguir a humildade e a pobreza de Nosso Senhor Jesus Cristo. [...] Devem regozijar-se quando se encontram no meio de pessoas de baixa condição e desprezadas, entre os pobres e os enfermos, os doentes e os leprosos e os pedintes das ruas. Se for necessário, irão mendigar. Que não se envergonhem: devem lembrar-se de que Nosso Senhor Jesus Cristo, o Filho de Deus vivo e todo-poderoso [...], foi pobre e sem abrigo e viveu de esmolas, tanto Ele como a bem aventurada Virgem Maria e os Seus discípulos. [EVANGELHO QUOTIDIANO]