São Carlos Lwanga e companheiros

Sexta-feira, 03 de junho de 2011


Neste dia, celebramos a memória destes grandes mártires que na África testemunharam o nome de Jesus. Carlos Lwanga era chefe dos pajens, que serviam na corte do rei Muanga da Uganda.

Acontece que a entrada da evangelização na África, sofreu muito pelas invasões dos homens brancos, por isso os missionários tinham que ser homens verdadeiramente de Deus, ou seja, de caridade, pois facilmente eram confundidos como colonizadores. Depois da entrada dos padres que fizeram um lindo trabalho de evangelização que atingiu Carlos Lwanga e outros, o rei se revoltou e decretou pena de morte para os que rezassem.

São Carlos, depois de muito se preparar junto com seus companheiros, apresentou-se diante do rei com o firme propósito de não negar a fé, por isso foi queimado vivo diante de todos. Seguindo o irmão na fé, nenhum deles renegou, até que em 1887 o último deles morreu afogado, como parte dos corajosos mártires de Uganda, na África.

São Carlos Lwanga e companheiros, rogai por nós!

[CANÇÃO NOVA]

Leitura

I Leitura: Atos (At 18, 9-18 )

A palavra e o caminho que conduz a comunidade de Deus

Estando Paulo em Corinto, uma noite, o Senhor disse-lhe em visão: "Não tenhas medo; continua a falar e não te cales, porque eu estou contigo. Ninguém te porá a mão para fazer mal. Nesta cidade há um povo numeroso que me pertence". Assim Paulo ficou um ano e meio entre eles, ensinando-lhes a palavra de Deus. Na época em que Galião era procônsul na Acaia, os judeus insurgiram-se em massa contra Paulo e levaram-no diante do tribunal, dizendo: "Este homem induz o povo a adorar a Deus de modo contrário à lei". Paulo ia tomar a palavra, quando Galião falou aos judeus, dizendo: "Judeus, se fosse por causa de um delito ou de uma ação criminosa, seria justo que eu atendesse a vossa queixa. Mas, como é questão de palavras, de nomes e da vossa lei, tratai disso vós mesmos. Eu não quero ser juiz nessas coisas". E Galião mandou-os sair do tribunal.Então todos agarraram Sóstenes, o chefe da sinagoga, e espancaram-no diante do tribunal. E Galião nem se incomodou com isso.8Paulo permaneceu ainda vários dias em Corinto. Despedindo-se dos irmãos, embarcou para a Síria, em companhia de Priscila e Áquila. Em Cencréia, Paulo rapou a cabeça, pois tinha feito uma promessa. Palavra do Senhor!

Comentando a Leitura

Nesta cidade há um povo numeroso que me pertence

Deus não chama à vida tranqüila. O pregador, como o profeta, é quase sempre sinal de contradição, a não ser que pactue com a falsidade e o compromisso. O relacionamento de Paulo com os judeus não é mais um relacionamento idílico. A partir deste momento, não lhe dão um mínimo de trégua. Estão sempre em seu caminho, para se lhe oporem com todos os meios. Mas o Apóstolo não perde a confiança. No meio de suas tribulações e contradições, dois fatos lhe infundem coragem e conforto; o êxito com que é aceita pelos pagãos a palavra de Deus, e a contínua assistência do Espírito que o acompanha, o encoraja e esclarece nos momentos cruciais e difíceis. Ele sabe que nenhuma perseguição, nenhuma força humana pode barrar o caminho da palavra de Deus, que doravante se prepara para ressoar até nos últimos confins da terra. [Extraído do MISSAL COTIDIANO ©Paulus, 1997]


Salmo: 46 (47), 2-3.4-5.6-7 (R/.8a)

O Senhor é o grande rei de toda a terra

Povos todos do universo, batei palmas, gritai a Deus aclamações de alegria! Porque sublime é o Senhor, o Deus altíssimo, o soberano que domina toda a terra.

Os povos sujeitou ao nosso jugo e colocou muitas nações aos nossos pés. Foi ele que escolheu a nossa herança, a glória de Jacó, seu bem-amado.

Por entre aclamações Deus se elevou, o Senhor subiu ao toque da trombeta. Salmodiai ao nosso Deus ao som da harpa, salmodiai ao som da harpa ao nosso rei!


Evangelho: João (Jo 16, 20-23a)

Ninguém vos poderá tirar a vossa alegria

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: "Em verdade, em verdade vos digo, vós chorareis e vos lamentareis, mas o mundo se alegrará; vós ficareis tristes, mas a vossa tristeza se transformará em alegria. A mulher, quando deve dar à luz, fica angustiada porque chegou a sua hora; mas, depois que a criança nasceu, ela já não se lembra dos sofrimentos, por causa da alegria de um homem ter vindo ao mundo. Também vós agora sentis tristeza, mas eu hei de ver-vos novamente e o vosso coração se alegrará, e ninguém vos poderá tirar a vossa alegria. aNaquele dia, não me perguntareis mais nada". Palavra da Salvação!

Comentário o Evangelho

Enxugando o pranto

Os discípulos foram alertados a respeito do perigo de ficarem muito abatidos com a morte do Mestre, e se entregarem ao pranto e às lamentações, esquecendo-se da missão que tinham pela frente.

Se, por um lado, justificava-se o choro momentâneo, seria insensato deixar-se vencer por ele. A tristeza deveria transformar-se em alegria, e o pranto em festa. A última palavra sobre a vida de Jesus competia ao Pai. Este responderia com a "vida" o que os inimigos do Reino votaram à "morte". Então teria fim a alegria efêmera do mundo, que se vangloriou de ter eliminado Jesus. Era tempo de colocar no Pai uma confiança inabalável.

As dores do parto são uma imagem do que os discípulos estavam vivendo. Uma criança vem à luz em meio a dores e sofrimentos, tanto dela quanto da mãe. Uma vez concluído o parto, é tempo de festejar.

Algo semelhante passa-se com Jesus: seu ministério de salvação da humanidade foi perpassado de rejeição e incompreensão que culminou na morte de cruz. Tudo isto foi necessário para que a salvação pudesse acontecer. Uma vez realizada, era tempo de alegrar-se, porque o Senhor ressuscitou. Ninguém jamais haveria de privar os discípulos dessa alegria pela presença do Ressuscitado.

Doravante, as tribulações infligidas pelo mundo podem ser vividas de maneira diferente, pois, em Jesus Ressuscitado, temos a certeza de que o poder da morte foi vencido definitivamente. [O EVANGELHO NOSSO DE CADA DIA, Ano A, ©Paulinas, 1997]