São Cláudio de La Colombiere

Sexta-feira, 15 de Fevereiro de 2013


Nasceu na França, em 1641. Sua mãe, muito cedo, havia profetizado que seu filho seria um santo religioso. Não que isso o forçou, mas ajudou no seu discernimento. Passado um tempo, ele, pertencente e uma família religiosa, pôde fazer este caminho de seguimento a Cristo e entrou para a Companhia de Jesus.

Dado aos estudos, aprofundou-se, lecionou e chegou a superior de um colégio jesuíta. Mas Deus tinha muitos planos para ele. Ele dizia: “Os planos de Deus nunca se realizam senão à custa de grandes sacrifícios” e pôde experimentar essa realidade. Ao ser o confessor do convento de Nossa Senhora da Visitação, conheceu a humilde e serva do Senhor, Margarida Maria Alacoque, que ia recebendo as promessas do Sagrado Coração de Jesus. Ele a orientou muito e pôde se aprofundar também nesta devoção; amor ao coração de Jesus. Amando o Senhor, pôde estar em comunhão também com o sacrifício e com a dor.

Ele mergulhou o seu coração nessa devoção e pôde ajudar a santa, mas, por obediência, teve de ir para Londres onde sofreu incompreensões por parte de cristãos não católicos, ao ponto de calúnias o levarem ao julgamento e à prisão. Só não foi morto por causa da intervenção do rei da França, Luís XIV.

São Cláudio de La Colombiere voltou para o berço da devoção ao Sagrado Coração de Jesus. Com 41 anos, partiu para a glória, como havia profetizado Margarida Maria Alacoque.

O seu testemunho nos mostra que é do coração de Jesus que vem a santidade para o nosso coração.

São Cláudio de La Colombiere, rogai por nós!!


Hoje:


Leituras

Leitura (Isaías 58,1-9)
Leitura do livro do profeta Isaías.

58 1 Clama em alta voz, sem constrangimento; faze soar a tua voz como a corneta. Denuncia a meu povo suas faltas, e à casa de Jacó seus pecados.

2 Sem dúvida eles me procuram dia após dia, desejam conhecer o comportamento que me agrada, como uma nação que houvesse sempre praticado a justiça, sem abandonar a lei de seu Deus. Informam-se junto a mim sobre as exigências da justiça, desejam a presença de Deus.

3 De que serve jejuar, se com isso não vos importais? E mortificar-nos, se nisso não prestais atenção? É que no dia de vosso jejum, só cuidais de vossos negócios, e oprimis todos os vossos operários.

4 Passais vosso jejum em disputas e altercações, ferindo com o punho o pobre. Não é jejuando assim que fareis chegar lá em cima vossa voz.

5 O jejum que me agrada porventura consiste em o homem mortificar-se por um dia? Curvar a cabeça como um junco, deitar sobre o saco e a cinza? Podeis chamar isso um jejum, um dia agradável ao Senhor?

6 Sabeis qual é o jejum que eu aprecio? - diz o Senhor Deus: É romper as cadeias injustas, desatar as cordas do jugo, mandar embora livres os oprimidos, e quebrar toda espécie de jugo.

7 É repartir seu alimento com o esfaimado, dar abrigo aos infelizes sem asilo, vestir os maltrapilhos, em lugar de desviar-se de seu semelhante.

8 Então tua luz surgirá como a aurora, e tuas feridas não tardarão a cicatrizar-se; tua justiça caminhará diante de ti, e a glória do Senhor seguirá na tua retaguarda.

9 Então às tuas invocações, o Senhor responderá, e a teus gritos dirá: Eis-me aqui! Se expulsares de tua casa toda a opressão, os gestos malévolos e as más conversações;

  • Palavra do Senhor.

  • Graças a Deus.


Salmo 50/51

Ó Senhor, não desprezeis um coração arrependido!

Tende piedade, ó meu Deus, misericórdia!

Na imensidão de vosso amor, purificai-me!

Lavai-me todo inteiro do pecado

e apagai completamente a minha culpa!

Eu reconheço toda a minha iniqüidade,

o meu pecado está sempre à minha frente.

Foi contra vós, só contra vós, que eu pequei

e pratiquei o que é mau aos vossos olhos!

Pois não são de vosso agrado os sacrifícios,

e, se oferto um holocausto, o rejeitais.

Meu sacrifício é minha alma penitente,

não desprezeis um coração arrependido!


EVANGELHO(Mateus 9,14-15)

— O Senhor esteja convosco.

— Ele está no meio de nós.

— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Mateus.

— Glória a vós, Senhor!

9 14 Então os discípulos de João, dirigindo-se a Jesus, perguntaram: "Por que jejuamos nós e os fariseus, e os teus discípulos não?"

15 Jesus respondeu: "Podem os amigos do esposo afligir-se enquanto o esposo está com eles? Dias virão em que lhes será tirado o esposo. Então eles jejuarão".

  • Palavra da Salvação.

  • Glória a Vós, Senhor!


COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

A questão do Jejum

(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total a cada mês).

Está em foco, nesta narrativa, a questão da observância religiosa do jejum, conforme os preceitos da Lei dos fariseus e sacerdotes do templo.

O jejum, no Primeiro Testamento, tinha vários sentidos: sinal de luto e pesar, penitência de arrependimento, reforço da oração para mover a Deus. Os fariseus, com muita piedade, jejuavam duas vezes por semana, apresentando-se assim como intercessores pelo povo junto a Javé. Era uma forma de ostentar ares de piedade e conquistar louvores e submissão dos humildes. São aparências que encobrem a hipocrisia, descartada por Jesus.

Jesus vem trazer alegria e felicidade, e não castigo e punição. A conversão que ele pede, diferentemente de fazer jejum e cobrir a cabeça com cinzas, é o desapego da riqueza, assumindo a prática da justiça, da fraternidade e da solidariedade, partilhando a vida e os bens com os famintos e excluídos, em uma comunhão de vida que alegra o coração.

A convivência de Jesus é como uma festa de núpcias, na qual o noivo está presente, e não falta ao banquete. Os convidados são os discípulos, entre publicanos e pecadores. A imagem do noivo presente entre nós indica a realidade da encarnação do Filho de Deus. A alusão final ao jejum, quando "o noivo lhes será tirado", parece ser um acréscimo tardio justificando a retomada do jejum após a morte de Jesus.