São Filipe Néri

Quinta-feira, 26 de maio de 2011


O "santo da alegria" nasceu em Florença, Itália, no ano de 1515.

Depois de ficar órfão, recebeu um convite de seu tio para que se dedicasse aos negócios. Mas, tendo vida de oração e discernimento, ele percebeu que Deus o chamava a um outro negócio: expressar com a vida a caridade de Cristo.

Néri foi estudar em Roma. Estudou Filosofia e Teologia, deixando-se conduzir e formar pelo Espírito Santo e, mesmo antes de ser padre, visitava os lugares mais pobres de Roma. Formou uma associação para cuidar dos doentes pobres.

São Filipe disse sim para a glória de Deus e iniciou a bela obra do Oratório do Divino Amor, dedicando-se aos jovens e testemunhando sua alegria. Vivia da Divina Providência, indo aos lares dos ricos pedir pelos pobres.

Homem de oração, penitência e adoração, São Filipe Néri partiu para o céu com 80 anos, deixando para nós esse testemunho: renunciar a si mesmo, tomar a cruz a cada dia e seguir Jesus é uma alegria.

São Filipe Néri, rogai por nós!

[CANÇÃO NOVA]

Hoje: Dia do Revendedor Lotérico


Leituras

I Leitura: Atos (At 15, 7-21)

Não impor a lei mosaica aos novos cristãos

Naqueles dias, depois de longa discussão, Pedro levantou-se e falou aos apóstolos e anciãos: "Irmãos, vós sabeis que, desde os primeiros dias, Deus me escolheu, do vosso meio, para que os pagãos ouvissem de minha boca a palavra do evangelho e acreditassem. Ora, Deus, que conhece os corações, testemunhou a favor deles, dando-lhes o Espírito Santo como o deu a nós. E não fez nenhuma distinção entre nós e eles, purificando o coração deles mediante a fé. Então, por que vós agora colocais Deus à prova, querendo impor aos discípulos um jugo que nem nossos pais e nem nós mesmos tivemos força para suportar? Ao contrário, é pela graça do Senhor Jesus que acreditamos ser salvos, exatamente como eles".

Houve então um grande silêncio em toda a assembleia. Depois disso, ouviram Barnabé e Paulo contar todos os sinais e prodígios que Deus havia realizado, por meio deles, entre os pagãos. Quando Barnabé e Paulo terminaram de falar, Tiago tomou a palavra e disse: "Irmãos, ouvi­-me: Simão acaba de nos lembrar como, desde o começo, Deus se dignou tomar homens das nações pagãs para formar um povo dedicado ao seu nome. Isso concorda com as palavras dos profetas, pois está escrito: 'Depois disso, eu voltarei e reconstruirei a tenda de Davi que havia caído; reconstruirei as ruínas que ficaram e a reerguerei, a fim de que o resto dos homens procure o Senhor com todas as nações que foram consagradas ao meu nome. E o que diz o Senhor, que fez estas coisas, conhecidas há muito tempo'.

Por isso, sou do parecer que devemos parar de importunar os pagãos que se convertem a Deus. Vamos somente prescrever que eles evitem o que está contaminado pelos ídolos, as uniões ilegítimas, comer carne de animal sufocado e o uso do sangue. Com efeito, desde os tempos antigos, em cada cidade, Moisés tem os seus pregadores, que o leem todos os sábados nas sinagogas". Palavra do Senhor!

Comentando a Leitura

Devemos parar de importunar os pagãos que se convertem a Deus

O judeu não goza de vantagem alguma ou privilégio em face do pagão que se converte, porque a conversão é para ambos fruto da graça, e a graça não está ligada à economia da lei, nem às observâncias judaicas, nem às demais obras do homem. Não tem, pois, o menor sentido impor aos neoconvertidos do paganismo leis e observâncias que, com a vinda de Cristo, não mais têm significado algum. Deus “que conhece os corações, nenhuma distinção faz entre judeus e pagãos. Com as palavras de Pedro, a Igreja deixa para trás uma perigosa crise e liberta-se dos entraves de um passado glorioso, mas doravante superado pelos acontecimentos, sobretudo pelo evento único e irrepetível de Cristo. Esta página continua sendo de perene atualidade. Ao longo de sua história, a Igreja será continuamente tentada a ligar-se e a identificar-se com práticas, observâncias, modelos de cultura, que lhe tolherão a liberdade e a plena disponibilidade para os novos povos que lhe baterão à porta. Uma Igreja livre e fiel a Cristo deverá ser sempre consciente de que “nada se deve impor àqueles que se convertem a Deus”, senão o próprio Deus. [Extraído do MISSAL COTIDIANO ©Paulus, 1997]


Salmo: 95 (96), 1-2a.2b-3.10 (R/.cf 3)

Anunciai as maravilhas do senhor entre todas as nações

Cantai ao Senhor Deus um canto novo, cantai ao Senhor Deus, ó terra inteira! Cantai e bendizei seu santo nome!

Dia após dia anunciai sua salvação, manifestai a sua glória entre as nações, e entre os povos do universo seus prodígios!

Publicai entre as nações: "Reina o Senhor!" Ele firmou o universo inabalável, pois os povos ele julga com justiça.


Evangelho: João (Jo 15, 9-11)

Permanecei no meu amor para que a vossa alegria seja plena

Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos: "Como meu Pai me amou, assim também eu vos amei. Permanecei no meu amor. Se guardardes os meus mandamentos, permanecereis no meu amor, assim como eu guardei os mandamentos do meu Pai e permaneço no seu amor. Eu vos disse isto, para que a minha alegria esteja em vós e a vossa alegria seja plena". Palavra da Salvação!

Comentário o Evangelho

A alegria plena

As revelações de Jesus, por ocasião de sua partida para o Pai, visavam despertar alegria no coração dos discípulos e levá-los a enfrentar, de maneira conveniente, os desafios da missão. Seria deplorável deixarem-se abater pela tristeza e pelo pessimismo!

A alegria cristã não se reduz a um sentimento superficial e inconsistente. Ela é de origem divina e brota do fundo do coração, pela força do Espírito Santo. É o Pai quem produz a verdadeira alegria no coração do discípulo, que se reconhece amado e chamado a viver em comunhão com ele e com seu Filho Jesus.

O discípulo é capaz de alegrar-se mesmo em meio aos sofrimentos e contrariedades. A experiência do Mestre serve-lhe de inspiração. Quando falou em "a minha alegria", Jesus tinha consciência do que isto significava, no contexto de sua vida pontilhada de perseguições, por parte dos adversários. Perseguições que culminariam com sua morte de cruz, mas precedida da infidelidade dos discípulos, que o traíram, negaram-no e o abandonaram. Contudo, nada disto foi suficiente para tirar-lhe a alegria de viver.

A plenitude da alegria dos discípulos resultaria da disposição a permanecer no amor de Jesus, sendo fiel aos seus mandamentos, como ele fora fiel ao querer do Pai, mesmo tendo de morrer numa cruz. [O EVANGELHO NOSSO DE CADA DIA, Ano A, ©Paulinas, 1997]