São Floriano
Quarta-feira, 04 de maio de 2011
Pertenceu a um grupo de militares que serviam ao império romano. O imperador era Diocleciano que, influenciado por um genro, passou a ter um grande preconceito e ódio ao Cristianismo, a ponto de estabelecer um edito onde dizia que a Palavra de Deus escrita devia ser queimada e os cristãos, quando identificados, precisavam oferecer sacrifícios aos 'deuses' em sinal de adoração.
Muitos optavam por testemunhar Jesus até o último instante a renunciar sua fé no Cristo. Outros para salvar a própria pele, abandonavam a Igreja, Jesus e a comunidade.
A opção de Floriano foi pelo amor a Cristo.
A ordem do Imperador chegou até ele e em nome de 40 soldados cristãos, ele manifestou-se, denunciando toda aquela ignorância e injustiça. Aquilino, que devia defendê-los pois comandava o pelotão, ao contrário, entregou todos aqueles militares.
E aqueles soldados tiveram que optar pelo imperador ou por Cristo. Para servir a Cristo, é preciso testemunhá-lo. E a perseguição não demora a vir.
Floriano teve uma corda amarrada ao seu pescoço e foi lançado ao rio e morreu afogado. E todos os outros soldados também foram martirizados.
São Floriano, rogai por nós!
[CANÇÃO NOVA]
Leituras
I Leitura: Atos (At 5, 17-26)
Com mais entusiasmo e maior firmeza
Naqueles dias, levantaram-se o sumo sacerdote e todos os do seu partido - isto é, o partido dos saduceus - cheios de raiva 18e mandaram prender os apóstolos e lançá-los na cadeia pública. Porém, durante a noite, o anjo do Senhor abriu as portas da prisão e os fez sair, dizendo: "Ide falar ao povo, no templo, sobre tudo o que se refere a este modo de viver". 21Eles obedeceram e, ao amanhecer, entraram no templo e começaram a ensinar. O sumo sacerdote chegou com os seus partidários e convocou o sinédrio e o conselho formado pelas pessoas importantes do povo de Israel. Então mandaram buscar os apóstolos à prisão. Mas, ao chegarem à prisão, os servos não os encontraram e voltaram dizendo: "Encontramos a prisão fechada, com toda segurança, e os guardas estavam a postos na frente da porta. Mas, quando abrimos a porta, não encontramos ninguém lá dentro".Ao ouvirem essa notícia, o chefe da guarda do templo e os sumos sacerdotes não sabiam o que pensar e perguntavam-se o que poderia ter acontecido.
Chegou alguém que lhes disse: "Os homens que vós colocastes na prisão estão no templo ensinando o povo!" Então o chefe da guarda do templo saiu com os guardas e trouxe os apóstolos, mas sem violência, porque eles tinham medo que o povo os atacasse com pedras. Palavra do Senhor!
Comentando a Leitura
Os homens que vós colocastes na prisão estão no templo ensinando o povo!
Cada prisão dos apóstolos nos Atos é imediatamente seguida de uma libertação providencial. Ora, a libertação do cárcere é o primeiro ato da luta que Deus conduz em favor das testemunhas, contra o povo do Antigo Testamento. Para os apóstolos é um sinal dos tempos messiânicos a abertura das prisões (Is 42, 7; 49,9) e, ao mesmo tempo, sinal de que a difusão da Palavra se firma no poder de Deus e não nas forças do homem. A Palavra de Deus não pode ser aprisionada (2Tm 2,9).
Na libertação do cárcere, experimentam os apóstolos a libertação pascal. Com efeito, esta não aparece apenas como um acontecimento da vida de Cristo que devem testemunhar, mas se torna uma experiência religiosa pessoal, um fato concreto de vida. Na Eucaristia, comemoramos os fatos passados, exatamente para que aprendamos a reencontrá-los nos acontecimentos de nossa vida. [Extraído do COMENTÁRIO BIBLICO, Vol. 2, ©Edições Loyola, 1999]
Salmo: 33 (34), 2-3.4-5.6-7.8-9 (R/.7a)
Este infeliz gritou a Deus, e foi ouvido
Bendirei o Senhor Deus em todo o tempo, seu louvor estará sempre em minha boca. Minha alma se gloria no Senhor; que ouçam os humildes e se alegrem!
Comigo engrandecei ao Senhor Deus, exaltemos todos juntos o seu nome! Todas as vezes que o busquei, ele me ouviu, e de todos os temores me livrou.
Contemplai a sua face e alegrai-vos, e vosso rosto não se cubra de vergonha! Este infeliz gritou a Deus, e foi ouvido, e o Senhor o libertou de toda angústia.
O anjo do Senhor vem acampar ao redor dos que o temem, e os salva. Provai e vede quão suave é o Senhor! Feliz o homem que tem nele o seu refúgio!
Evangelho: João (Jo 3, 16-21)
Deus enviou seu filho ao mundo para que o mundo seja salvo por ele
Deus amou tanto o mundo, que deu o seu Filho unigênito, para que não morra todo o que nele crer, mas tenha a vida eterna. De fato, Deus não enviou o seu Filho ao mundo para condenar o mundo, mas para que o mundo seja salvo por ele. 18Quem nele crê, não é condenado, mas quem não crê, já está condenado, porque não acreditou no nome do Filho unigênito. Ora, o julgamento é este: a luz veio ao mundo, mas os homens preferiram as trevas à luz, porque suas ações eram más. Quem pratica o mal odeia a luz e não se aproxima da luz, para que suas ações não sejam denunciadas. Mas quem age conforme a verdade aproxima-se da luz, para que se manifeste que suas ações são realizadas em Deus. Palavra da Salvação!
Comentário o Evangelho
A missão do Filho
O processo de formação para o discipulado requer a compreensão da identidade de Jesus e da sua missão. A fé consiste na adesão ao Mestre assim como se nos apresenta. Quanto mais adequada for esta compreensão, tanto mais profundo será o compromisso da fé. Eis por que Jesus pôs-se a instruir Nicodemos a este respeito.
O Filho é a expressão perfeita do amor do Pai pela humanidade, que o ofereceu como prova de amor. A origem divina de Jesus dá credibilidade às suas palavras, pois seu testemunho reporta-se diretamente a Deus. Ele não é um simples intermediário entre o Pai e a humanidade. É a encarnação do amor de Deus.
A missão terrena de Jesus consistiu em colocar-se inteiramente a serviço da salvação da humanidade, propiciando-lhe a vida eterna. Ele a resgata do poder do pecado e da morte, abrindo-lhe perspectivas novas de comunhão com Deus. Por seu ministério destruiu-se o muro de separação erguido entre o Criador e a criatura, refazendo-se a amizade inicial. Não compete a Jesus ser o juiz da humanidade, condenando-a por seus pecados. Cabe-lhe, sim, ser seu salvador. Mesmo que a humanidade prefira as trevas em detrimento da luz, a missão do Filho de Deus permanece inalterada. O gesto de recusar a luz já traz em si o germe da condenação, porém não tolhe ao ser humano a possibilidade de converter-se para a luz. Jesus é infinitamente paciente e espera que o ser humano se decida em favor dele. [O EVANGELHO NOSSO DE CADA DIA, Ano A, ©Paulinas, 1997]