24 de Janeiro de 2014

São Francisco de Sales

Este santo nasceu no Castelo de Sales em 1567. Sua mãe, uma condessa, buscou formá-lo muito bem com os padres da Companhia de Jesus, onde, dentre muitas disciplinas, também aprendeu várias línguas. Muito cedo, fez um voto de viver a castidade e buscar sempre a vontade do Senhor. Ao longo da história desse santo muito amado, vamos percebendo o quanto ele buscou e o quanto encontrou o que Deus queria.

Anos mais tarde, São Francisco escreveu “Introdução à vida devota” e, vivendo do amor de Deus, escreveu também o “Tratado do amor de Deus”.

Certa ocasião, atacado pela tentação de desconfiar da misericórdia do Senhor, ele buscou a resposta dessa dúvida com o auxílio de Nossa Senhora e, assim, a desconfiança foi dissipada. Estudou Direito em Pádua, mas, contrariando familiares, quis ser padre. E foi um sacerdote que buscou a santidade não só para si, mas também para os outros.

No seu itinerário de pregações, de zelo apostólico e de evangelização, semeando a unidade e espalhando, com a ajuda da imprensa, a sã doutrina cristã, foi escolhido por Deus para o serviço do episcopado em Genebra. Primeiro, como coadjutor, depois, sendo o titular. Um apóstolo do amor e da misericórdia. Um homem que conseguiu expressar, com o seu amor e a sua vida, a mansidão do Senhor.

Diz-se que, depois de sua morte, descobriu-se que sua mesa de trabalho estava toda arranhada por baixo, porque, com seu temperamento forte, preferia arranhar a mesa a responder sem amor e sem mansidão para as pessoas.

Doutor da Igreja, é fundador da Ordem da Visitação, titular e patrono da família salesiana, fundada por Dom Bosco, que se inspirou nele ao adotar o nome [salesiano]. Também é patrono dos escritores e dos jornalistas devido ao estilo e ao conteúdo de seus escritos.

Esse grande santo da Igreja morreu com 56 anos, sendo que 21 deles foram vividos no episcopado como servo para todos e sinal de santidade.

Peçamos a intercessão desse grande santo para que, numa vida devota e vivendo do amor de Deus, possamos percorrer o nosso caminho em busca de Deus em todos os caminhos.

São Francisco de Sales, rogai por nós!


Leitura

Leitura(1 Samuel 24,3-21)

24 3 Tomou então Saul três mil israelitas de escol e foi em busca de Davi com sua gente nos rochedos dos Cabritos Monteses.

4 Chegando perto dos apriscos de ovelhas que havia ao longo do caminho, entrou Saul numa gruta para satisfazer suas necessidades. Ora, no fundo dessa mesma gruta se encontrava Davi com seus homens,

5 os quais disseram-lhe: “Eis o dia anunciado pelo Senhor, que te prometeu entregar o teu inimigo à tua discrição”. Davi, arrastando-se de mansinho, cortou furtivamente a ponta do manto de Saul.

6 E logo depois o seu coração bateu-lhe, porque tinha ousado fazer aquilo.

7 E disse aos seus homens: “Deus me guarde de jamais cometer este crime, estendendo a mão contra o ungido do Senhor, meu senhor, pois ele é consagrado ao Senhor!”

8 Davi conteve os seus homens com estas palavras e impediu que agredissem Saul. O rei levantou-se, deixou a gruta e prosseguiu o seu caminho.

9 Então Davi saiu por sua vez e bradou atrás de Saul: “Ó rei, meu senhor!” Saul voltou-se para ver, e Davi inclinou-se, prostrando-se até a terra.

10 E disse ao rei: “Por que dás ouvidos aos que te dizem: Davi procura fazer-te mal?

11 Viste hoje com os teus olhos que o Senhor te entregou a mim na gruta. (Meus homens) insistiam comigo para que te matasse, mas eu te poupei, dizendo: Não levantarei a mão contra o meu senhor, porque é o ungido do Senhor.

12 Olha, meu pai, vê a ponta de teu manto em minha mão. Se eu cortei este pano do teu manto e não te matei, reconhece que não há perversidade nem revolta em mim. Jamais pequei contra ti, e tu procuras matar-me.

13 Que o Senhor julgue entre mim e ti! O Senhor me vingará de ti, mas eu não levantarei minha mão contra ti.

14 ‘O mal vem dos malvados’, como diz o provérbio; por isso não te tocará a minha mão.

15 Afinal, contra quem saiu o rei de Israel? A quem persegues? Um cão morto! Uma pulga!

16 Pois bem! O Senhor julgará e pronunciará entre mim e ti. Que ele olhe e defenda a minha causa, fazendo-me justiça contra ti!”

17 Acabando Davi de falar, Saul disse-lhe: “É esta a tua voz, ó meu filho Davi?” E pôs-se a chorar.

18 “Tu és mais justo do que eu”, replicou ele; “fizeste-me bem pelo mal que te fiz.

19 Provaste hoje a tua bondade para comigo, pois o Senhor tinha-me entregue a ti e não me mataste.

20 Qual é o homem que, encontrando o seu inimigo, o deixa ir embora tranquilamente? Que o Senhor te recompense o que hoje me deste!

21 Agora eu sei que serás rei, e que nas tuas mãos será firmada a realeza”.

  • Palavra do Senhor!

  • Graças a Deus.


Salmos

Salmo responsorial56/57

Piedade, Senhor, tende piedade.

Piedade, Senhor, piedade,

pois em vós se abriga a minha alma!

De vossas asas, à sombra, me achego,

até que passe a tormenta, Senhor!

Lanço um grito ao Senhor Deus altíssimo,

a esse Deus que me dá todo o bem.

Que me envie do céu sua ajuda

e confunda os meus opressores!

Deus me envie sua graça e verdade!

Elevai-vos, ó Deus, sobre os céus,

vossa glória refulja na terra!

Vosso amor é mais alto que os céus

mais que as nuvens a vossa verdade!


Evangelho

Evangelho (Marcos 3,13-19)

— O Senhor esteja convosco.

— Ele está no meio de nós.

— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Marcos.

— Glória a vós, Senhor!

3 13 Depois, Jesus subiu ao monte e chamou os que ele quis. E foram a ele. 14 Designou doze dentre eles para ficar em sua companhia.

15 Ele os enviaria a pregar, com o poder de expulsar os demônios.

16 Escolheu estes doze: Simão, a quem pôs o nome de Pedro;

17 Tiago, filho de Zebedeu, e João, seu irmão, aos quais pôs o nome de Boanerges, que quer dizer Filhos do Trovão.

18 Ele escolheu também André, Filipe, Bartolomeu, Mateus, Tomé, Tiago, filho de Alfeu; Tadeu, Simão, o Zelador;

19 e Judas Iscariotes, que o entregou.

  • Palavra da Salvação.

  • Glória a Vós, Senhor!


Comentário do Evangelho

UMA FALSA ACUSAÇÃO

A escolha dos primeiros companheiros de Jesus foi feita a dedo. Foi chamado quem ele quis. De nada adiantava se oferecer, pedir para ser recebido como discípulo ou apresentar prerrogativas pessoais. Jesus sabia quem deveria tomar parte naquele grupinho mais chegado a ele.

A quantidade dos escolhidos tinha um valor simbólico. O número doze evocava as doze tribos do antigo Israel, libertado da escravidão do Egito. O grupinho de discípulo estava, pois, destinado a ser semente de um povo novo. E tomaria o lugar do Israel do passado, cujas funções na história já haviam se esgotado. Seu sucessor é o grupo formado por Jesus.

Os doze receberam como incumbência dar continuidade à dupla face da missão de Jesus. Eles seriam enviados para ser anunciadores da boa-nova do Reino, destinada a transformar a vida dos indivíduos.

A pregação consistiria num chamado insistente à conversão, com seu componente de mudança de vida e de mentalidade. A pregação seria ratificada com a realização de gestos poderosos de expulsão dos demônios. A vitória sobre os demônios seria um sinal da eficácia do Reino no coração das pessoas.

A ação dos discípulos, desta forma, faria a ação de Jesus continuar a dar seus frutos na história. Esta é a tarefa de todo discípulo autêntico.


Oração

Senhor Jesus, tu me chamaste pelo nome para seguir-te. Ajuda-me a levar adiante a missão de proclamar o Reino e fazê-lo frutificar na vida das pessoas.