São Gregório Barbarigo

Sábado, 18 de junho de 2011


Nasceu em Veneza no ano de 1625 dentro de uma família nobre, que proporcionou a ele uma formação intelectual muito boa e também integral.

Ele conheceu o Cristianismo através do testemunho de sua família. Seguir a Cristo supõe renúncia, cruz, decisões grandes e pessoais.

No meio dos estudos ele se tornou um diplomata europeu e, ali, dava testemunho de Igreja e Cristianismo, mas dentro de si havia o chamado ao sacerdócio.

Deixou tudo: bens e carreira e foi ordenado sacerdote. Tornou-se cada vez mais um servo na Igreja e foi escolhido para ser assessor do Papa. Não demorou muito e ele foi ordenado Bispo de Bérgamo (onde fez um maravilhoso trabalho apostólico). Em seguida foi transferido para Pádua, onde cuidou principalmente da formação do Clero, para colocar em prática todas as decisões do Concilio de Trento.

Era um homem de oração. Não existirá um santo na Igreja que não tenha vivido seriamente a vida penitencial e a vida de oração.

São Gregório era um homem de grandes atividades, porque tinha grande intimidade com o Senhor. Tantos trabalhos teve que, com 72 anos, foi atestada a sua morte. Morreu de tanto trabalhar.

São Gregório Barbarigo, rogai por nós!

[CANÇÃO NOVA]

Hoje: Dia do Químico

Leituras

I Leitura: II Carta de Paulo aos Coríntios (2Cor 12, 1-10)

Paulo exalta sua fraqueza e limitação

Irmãos, 1será que é preciso gloriar-me? Na verdade, não convém. No entanto, passarei a falar das visões e revelações do Senhor. Conheço um homem, unido a Cris­to, que, há quatorze anos, foi arrebatado até ao terceiro céu. Se ele foi arrebatado com o corpo ou sem o corpo, eu não o sei, só Deus sabe. Sei que esse homem - se com o corpo ou sem o corpo, não sei, Deus o sabe – foi arrebatado ao paraíso e lá ouviu palavras inefáveis que nenhum homem consegue pronunciar.

Quanto a esse homem eu me gloriarei, mas, quanto a mim mesmo, eu não me gloriarei, a não ser das minhas fraquezas. No entanto, se eu quisesse gloriar-me, não seria insensato, pois só diria a verdade. Mas evito gloriar-me, para que ninguém faça de mim uma idéia superior àquilo que vê em mim ou que ouve de mim. E para que a extraordinária grandeza das revelações não me ensoberbecesse, foi espetado na minha carne um espinho, que é como um anjo de satanás a esbofetear-me, a fim de que eu não me exalte demais. A esse propósito, roguei três vezes ao Senhor que o afastasse de mim. Mas ele disse-me: "Basta-te a minha graça. Pois é na fraqueza que a força se manifesta". Por isso, de bom grado, eu me gloriarei das minhas fraquezas, para que a força de Cristo habite em mim. Eis por que eu me comprazo nas fraquezas, nas injúrias, nas necessidades, nas perseguições e nas angústias sofridas por amor a Cristo. Pois, quando eu me sinto fraco, é então que sou forte. Palavra do Senhor!

Comentando a I Leitura

Eu não me gloriarei, a não ser das minhas fraquezas

Em plena era da cibernética, em clima de economia programada, em que se procura reduzir ao mínimo as fronteiras do imprevisível, golpeamos o paradoxo Paulino: “Quando sou fraco, então é que sou forte” (v. 10). E não se trata de slogan em cartaz publicitário ou figura de retórica, mas de princípio fundamental. Vivemos em época de intensa politização. E a política em sentido estrito é conquista e uso do poder. As expressões de Paulo são um convite à reflexão, para evitar os abusos de um meio que deve permanecer tal. O cristão não pode substituir o primado da fé pelo da política. Há também em política uma força dos fracos (cf a não-violência). Mas a perspectiva cristã vai além: nossa fragilidade permite à eficiência divina manifestar-se inteiramente. [Missal Cotidiano, © Paulus]


Salmo: 33(34), 8-9.10-11.12-13 (R/.9a) Provai e vede quão suave é o Senhor!

O anjo do Senhor vem acampar ao redor dos que o temem, e os salva. Provai e vede quão suave é o Senhor! Feliz o homem que tem nele o seu refúgio!

Respeitai o Senhor Deus, seus santos todos, porque nada faltará aos que o temem. Os ricos empobrecem, passam fome, mas aos que buscam o Senhor não falta nada.

Meus filhos, vinde agora e escutai-me: vou ensinar-vos o temor do Senhor Deus. Qual o homem que não ama sua vida, procurando ser feliz todos os dias?


Evangelho: Mateus (Mt 6, 24-34)

O mais importante é realizar a vontade do Pai

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: Ninguém pode servir a dois senhores, pois, ou odiará um e amará o outro, ou será fiel a um e desprezará o outro. Vós não podeis servir a Deus e ao dinheiro. Por isso eu vos digo: não vos preocupeis com a vossa vida, com o que havereis de comer ou beber; nem com o vosso corpo, com o que havereis de vestir. Afinal, a vida não vale mais do que o alimento, e o corpo, mais do que a roupa? Olhai os pássaros dos céus: eles não semeiam, não colhem, nem ajuntam em armazéns No entanto, vosso Pai que está nos céus os alimenta. Vós não valeis mais do que os pássaros? Querr de vós pode prolongar a duração da própria vida, só pelo fato de se preocupar com isso?

E por que ficais preocupados com a roupa? Olhai como crescem os lírios do campo: eles não trabalham nem fiam. Porém eu vos digo: nem o rei Salomão, em toda a sua glória, jamais se vestiu como um deles. Ora, se Deus veste assim a erva do campo, que hoje existe e amanhã é queimada no forno, não fará ele muito mais por vós, gente de pouca fé? Portanto, não vos preocupeis, dizendo: 'O que vamos comer? O que vamos beber? Como vamos nos vestir?' Os pagãos é que procuram essas coisas. Vosso Pai, que está nos céus, sabe que precisais de tudo isso. Pelo contrário, buscai em primeiro lugar o Reino de Deus e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão dadas por acréscimo. 34Portanto, não vos preocupeis com o dia de manhã, pois o dia de amanhã terá suas preocupações! Para cada dia, bastam seus próprios problemas". Palavra da Salvação!


Para sua reflexão:

Jesus não condena o uso dos bens terrestres, mas a idolatria dos mesmos. Condena o exagero de segurança e falta de confiança em Deus, típicos de uma mentalidade pagã. Para os nossos dias atuais, uma mentalidade materialista pelo poder do ter e não do ser. As palavras de Jesus não são um convite à preguiça, mas sim à confiança filial no Pai do Céu, a qual deve exprimir-se o alimentar-se na oração. Às vezes, chamamos instintivamente providência à abundância e ao bem-estar, ou nos sentimos separados dela quando também à nossa porta a penúria e o sofrimento. “O reinado de Deus e sua justiça” buscam também uma ordem justa entre os homens.