São João Damasceno
Sábado, 04 de dezembro de 2010
Lembramos São João Damasceno, um santo Padre e Doutor da Igreja de Cristo. Nasceu em 675, em Damasco (Síria) num período em que o Cristianismo tinha uma certa liberdade, tanto assim que o pai de João era muito cristão e amigo dos Sarracenos, que naquela época eram senhores do país. Esta estima estendia-se também ao filho. Os raros talentos e merecimentos deste levaram o Califa a distingui-lo com a sua confiança e nomeá-lo prefeito (mansur) de Damasco.
João Damasceno ainda jovem e ajudante do pai gozava de muitos privilégios financeiros, mas ao crescer no amor ao Cristo pobre, deu atenção a Palavra que mostra a dificuldade dos ricos (apegados) para entrarem no Reino dos Céus. Assim, num impulso para a santidade, renunciou todos os bens e deu aos pobres. Preferiu São João uma vida de maus tratos ao se entregar as "delícias venenosas" do pecado.
Retirou-se para um convento de São Sabas perto de Jerusalém e passou a viver na humildade, caridade e alegria. Escreveu inúmeras obras tratando de vários assuntos sobre teologia, dogmática, apologética e outros campos que fizeram de São João digno do título de Doutor da Igreja. Com escritos defendeu principalmente a Igreja contra os iconoclastas, que condenavam o uso de imagens nas Igrejas.
Certa vez, os hereges prenderam São João e cortaram-lhe a mão direita a fim de não mais escrever, mas por intervenção de Nossa Senhora foi curado. Seu amor a Mãe de Jesus foi tão concreto que foi São João quem tornou presente a doutrina sobre a Imaculada Conceição, Maternidade divina, Virgindade perpétua e Assunção de corpo e alma de Maria. Este filho predileto da Mãe faleceu em 749, quase centenário.
Foi declarado Doutor da Igreja pelo Papa Leão XIII em 1890.
São João Damasceno, rogai por nós!
[Canção Nova)
04 de dezembro de 2010
Sábado da 1a semana do Advento
Leituras
Livro de Isaías 30,19-21.23-26.
Povo de Sião, que habitas em Jerusalém, já não chorarás mais, porque o SENHOR terá piedade de ti quando ouvir a tua súplica, e, mal te ouça, logo te responderá.
Embora o Senhor te dê o pão da angústia e a água da tribulação, já não se esconderá mais o teu mestre. Tu o verás com os teus próprios olhos. Ouvirás atrás de ti esta palavra, quando tiveres de caminhar para a direita ou para a esquerda: «Este é o caminho a seguir.»
Então o Senhor te enviará as chuvas para a sementeira que semeares na terra, e o pão que a terra produzir será nutritivo e saboroso. Naquele dia, o teu gado pastará em amplas pastagens.
Os bois e os jumentos que lavrarem a terra comerão uma forragem salgada, remexida com a pá e a forquilha.
No dia da grande mortandade, em que desabarão as fortalezas, haverá torrentes de água abundante em todas as montanhas e colinas. No dia em que o SENHOR curar a ferida do seu povo, e tratar da chaga que lhe foi infligida, a Lua refulgirá como um Sol, e o Sol brilhará sete vezes mais.
Livro de Salmos 147(146),1-2.3-4.5-6.
Louvai o SENHOR, porque é bom cantar! É agradável e é justo louvar o nosso Deus. SENHOR restaura Jerusalém e reúne os dispersos de Israel. Ele cura os de coração atribulado e trata-lhes as feridas! Ele fixa o número das estrelas e chama a cada uma pelo seu nome. Grande e poderoso é o nosso Deus; a sua sabedoria não tem limites. SENHOR ampara os humildes, mas abate os malfeitores até ao chão.
Evangelho segundo S. Mateus 9,35-38.10,1.6-8.
Jesus percorria as cidades e as aldeias, ensinando nas sinagogas, proclamando o Evangelho do Reino e curando todas as enfermidades e doenças. Contemplando a multidão, encheu-se de compaixão por ela, pois estava cansada e abatida, como ovelhas sem pastor.
Disse, então, aos seus discípulos: «A messe é grande, mas os trabalhadores são poucos.
Rogai, portanto, ao Senhor da messe para que envie trabalhadores para a sua messe.»
Jesus chamou doze discípulos e deu-lhes poder de expulsar os espíritos malignos e de curar todas as enfermidades e doenças.
Ide, primeiramente, às ovelhas perdidas da casa de Israel.
Pelo caminho, proclamai que o Reino do Céu está perto.
Curai os enfermos, ressuscitai os mortos, purificai os leprosos, expulsai os demónios. Recebestes de graça, dai de graça.
Comentário ao Evangelho do dia feito por : São Cipriano
O Reino do Céu está perto
«Venha o Teu reino» (Mt 6, 10). Pedimos que o reino de Deus se realize para nós, no mesmo sentido em que imploramos que o Seu nome seja santificado em nós. Com efeito, quando é que Deus não reina? E quando começou o que n'Ele sempre existiu e nunca acabará? Pedimos, pois, que venha o nosso reino, aquele que Deus nos prometeu, aquele que Cristo nos obteve pela Sua Paixão e pelo Seu sangue. Assim, depois de termos sido escravos neste mundo, seremos reis, quando Cristo for soberano, como Ele mesmo nos promete quando diz: «Vinde, benditos de Meu Pai! Recebei em herança o Reino que vos está preparado desde a criação do mundo» (Mt 25, 34).
Mas é bem possível, irmãos bem-amados, que Cristo em pessoa seja este reino de Deus que todos os dias desejamos que venha, cuja manifestação aspiramos que aconteça rapidamente perante nós. Porque, assim como Ele é a Ressurreição (cf. Jo 11, 25), uma vez que é por Ele que ressuscitamos, da mesma forma podemos compreender que Ele é o reino de Deus, visto que será através d'Ele que reinaremos.