São José Pignatelli

Domingo, 14 de novembro de 2010


José Pignatelli nasceu em 1737 em Saragoça, do ramo espanhol de uma nobilíssima família do reino de Nápoles. Perdendo a mãe aos cinco anos, veio para esta cidade onde recebeu, de uma irmã, ótima educação católica. Voltando para Espanha, aos quinze anos entrou na Companhia de Jesus. Feito o Noviciado e emitidos depois os primeiros votos em Tarragona, aplicou-se aos estudos, primeiro em Manresa e depois nos colégios de Bilbau e de Saragoça.

Ordenado sacerdote, dedicou-se ao ensino das letras e, com grande fruto, aos ministérios apostólicos. Levantou-se, porém, uma grande perseguição contra a Companhia de Jesus e ele figurou entre os jesuítas que foram expulsos da Espanha para a Córsega. Entre adversidades, mostrou o Padre Pignatelli grande fortaleza e constância; foi por isso nomeado Provincial de todos esses exilados. E recomendaram-lhe especial cuidado pelos mais jovens, o que ele praticou com grande zelo.

Da Córsega foi obrigado a transferir-se, com os outros, para várias regiões, vindo finalmente a fixar-se em Ferrara (Itália), onde fez a profissão solene de quatro votos. Pouco depois, sendo a Companhia de Jesus dissolvida por Clemente XIV, em 1773, Padre Pignatelli deu exemplo extraordinário de perfeita obediência à Sé Apostólica como também de intenso amor para com a Companhia de Jesus.

Indo para Bolonha e, estando proibido de exercer o ministério apostólico com as almas, durante quase vinte e cinco anos entregou-se totalmente ao estudo, reunindo uma biblioteca de valor, dando-se principalmente a obras de caridade para com os antigos membros da suprimida Companhia. Logo, porém, que lhe foi possível, pediu para ser recebido na Família Inaciana existente na Rússia, onde reinava Catarina, que sendo cismática não aceitara a supressão vinda de Roma.

Os jesuítas da Rússia ligaram-se a bom número de ex-jesuítas italianos, e Padre Pignatelli uniu-se a todos eles, tendo-lhe sido permitido renovar a profissão solene. Com licença do Papa Pio VI, foi construída uma casa para noviços no ducado de Parma, onde o Padre Pignatelli foi reitor. Em 1804, Pio VII restaurou a Companhia de Jesus no reino de Nápoles, e o Padre Pignatelli vem a ser Provincial. Mas o exército francês aparece e dispersa este grupo de jesuítas. Em 1806, transfere-se para Roma onde é muito bem recebido pelo Sumo Pontífice.

Os franceses, que estão a ocupar Roma, toleram-no. No silêncio, Padre Pignatelli vai preparando o renascimento da sua Companhia. Este fato ocorre em 1814, com o citado Papa beneditino Pio VII. Mas o Padre Pignatelli já tinha morrido em 1811, com setenta e quatro anos. O funeral decorreu quase secretamente.

Foi beatificado por Pio XI em 1933, que chamou o santo de "o principal anel da cadeia entre a Companhia que existira e a Companhia que ia existir,... o restaurador dos Jesuítas". Profundo devoto do Sagrado Coração de Jesus e da Virgem Santíssima, homem adorador (passava noites inteiras diante do Santíssimo Sacramento), São José Pignatelli foi canonizado em 1954 pelo Papa Pio XII.

São José Pignatelli, rogai por nós!

(Fonte: Canção Nova)

Domingo, 14 de novembro de 2010

33º do Tempo Comum (Ano “C”), 1ª Semana do Saltério (Livro III), cor Litúrgica Verde


Hoje: Dia dos Bandeirantes e Dia Mundial do Diabetes

Santos: Alberico de Utrecht (monge, bispo), Clementino, Teodoro e Filomeno (mártires de Heracléia, na Trácia), Dubrício de Madley (bispo), Gregório do Sinai (mártir), Hipácio de Gangra (bispo, mártir), Jucundo de Bolonha (bispo), Lourenço de Dublin (agostiniano, bispo), Modano de Aberdeen (bispo), Montano de Lorena (eremita, bispo), Nicolau Tavelic e companheiros (mártires), Serapião de Algiers (mercedário, mártir), Serapião de Alexandria (mártir), Sidônio de Saint-Saëns (abade), Veneranda de Gaul (virgem, mártir), Venerando de Troyes (mártir), João Liccio (dominicano, bem-aventurado) , Maria de Jesus López de Rivas (virgem, bem-aventurada)

Antífona: Meus pensamentos são de paz e não de aflição, diz o Senhor. Vós me invocareis, e hei de escutar-vos, e vos trarei de vosso cativeiro, de onde estiverdes. (J. 29, 11.12.14)

Oração: Senhor nosso Deus, fazei que a nossa alegria consista em vos servir de todo o coração, pois só teremos felicidade completa servindo a vós, o criador de todas as coisas. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.


Leituras


I Leitura: Malaquias*(Ml 3, 19-20a)

Aproxima-se o dia do Senhor: ai vem o sol da justiça!

Eis que virá o dia, abrasador como fornalha, em que todos os soberbos e ímpios serão como palha; e esse dia vindouro haverá de queimá-los, diz o Senhor dos exércitos, tal que não lhes deixará raiz nem ramo. 0aPara vós, que temeis o meu nome, nascerá o sol da justiça, trazendo salvação em suas asas. Palavra do Senhor!


Salmo Responsorial: 97 (98), 5-6.7-8.9a.9bc (+cf.9)

O Senhor virá julgar a terra inteira; com justiça julgará.

Cantai salmos ao Senhor ao som da harpa e da citara suave! Aclamai, com os clarins e as trombetas, ao Senhor, o nosso rei!

Aplauda o mar com todo ser que nele vive, o mundo inteiro e toda gente! As montanhas e os rios batam palmas e exultem de alegria.

Exultem na presença do Senhor, pois ele vem, vem julgar a terra inteira. Julgará o universo com justiça e as nações com equidade.


II Leitura: Tessalonicenses (2Ts 3, 7-12)

Exortação à vida de trabalho: evitar a vida ociosa

Irmãos, bem sabeis como deveis seguir o nosso exemplo, pois não temos vivido entre vós na ociosidade. De ninguém recebemos de graça o pão que comemos. Pelo contrário, trabalhamos com esforço e cansaço, de dia e de noite, para não sermos pesados a ninguém. Não que não tivéssemos o direito de fazê-lo, mas queríamos apresentar-nos como exemplo a ser imitado. Com efeito, quando estávamos entre vós, demos esta regra: "Quem não quer trabalhar, também não deve comer".

Ora, ouvimos dizer que entre vós há alguns que vivem à toa, muito ocupados em não fazer nada. Em nome do Senhor Jesus Cristo, ordenamos e exortamos a estas pessoas que, trabalhando, comam na tranquilidade o seu próprio pão. Palavra do Senhor!


Evangelho, Mateus (Lc 21, 5-19)

É permanecendo firmes na fé que ireis vencer na vida!

Naquele tempo, algumas pessoas comentavam a respeito do templo que era enfeitado com belas pedras e com ofertas votivas. Jesus disse: "Vós admirais estas coisas? Dias virão em que não ficará pedra sobre pedra. Tudo será destruído". Mas eles perguntaram: "Mestre, quando acontecerá isto? E qual vai ser o sinal de que estas coisas estão para acontecer?"

Jesus respondeu: "Cuidado para não serdes enganados, porque muitos virão em meu nome, dizendo: 'Sou eu' e ainda: 'O tempo está próximo'. Não sigais essa gente! Quando ouvirdes falar de guerras e revoluções, não fiqueis apavorados. E preciso que estas coisas aconteçam primeiro, mas não será logo o fim".

E Jesus continuou: "Um povo se levantará contra outro povo, um país atacará outro país. Haverá grandes terremotos, fomes e pestes em muitos lugares; acontecerão coisas pavorosas e grandes sinais serão vistos no céu. Antes, porém, que estas coisas aconteçam, sereis presos e perseguidos; sereis entregues às sinagogas e postos na prisão; sereis levados diante de reis e governadores por causa do meu nome.

Esta será a ocasião em que testemunhareis a vossa fé. Fazei o firme propósito de não planejar com antecedência a própria defesa; porque eu vos darei palavras tão acertadas, que nenhum dos inimigos vos poderá resistir ou rebater. Sereis entregues até mesmo pelos próprios pais, irmãos, parentes e amigos. E eles matarão alguns de vós.

Todos vos odiarão por causa do meu nome. Mas vós não perdereis um só fio de cabelo da vossa cabeça. É permanecendo firmes que ireis ganhar a vida!" Palavra da Salvação!