São Lázaro
Sexta-feira, 17 de dezembro de 2010
A Igreja, neste tempo do Advento, se prepara para celebrar o aniversário de Jesus e se renova no desejo ardente de que Cristo venha pela segunda vez e instaure aqui o Reino de Deus em plenitude. Sem dúvida estão garantidos para este reinado pleno, que acontecerá em breve, os amigos do Senhor.
Hoje vamos lembrar um destes amigos de Cristo: São Lázaro. Sua residência ficava perto de Jerusalém, numa aldeia da Judéia chamada Bethânia. Era irmão de Marta e de Maria. Sabemos pelo Evangelho que Lázaro era tão amigo de Jesus que sua casa serviu muitas vezes de hospedaria para o Mestre e para os apóstolos.
Lázaro foi quem tirou lágrimas do Cristo, quando morreu, ao ponto de falarem: "Vejam como o amava!". Assim aconteceu que, por amor do amigo e para a Glória do Pai, Jesus garantiu à irmã de Lázaro o milagre da ressurreição: "Eu sou a ressurreição e a vida; quem crê em mim, ainda que morto, viverá: e quem vive e crê em mim, não morrerá, Crês isto?" (Jo 11,26).
O resultado de tudo foi a ressurreição de São Lázaro, pelo poder do Senhor da vida e vencedor da morte. Lázaro reviveu e este fato bíblico acabou levando muitos à fé em Jesus Cristo e outros começaram a pensar na morte do Messias, como na de Lázaro. Antigas tradições relatam que a casa de Lázaro permaneceu acolhedora para os cristãos e o próprio Lázaro teria sido Bispo e Mártir.
São Lázaro, rogai por nós!
[Canção Nova]
Sexta-feira, 17 de dezembro de 2010
Terceira Semana do Advento - 3ª do Saltério, Livro I, Cor Litúrgica Roxa
Santos: Geraldo Braga, Cristina da Geórgia (apóstola leiga), Estêvão de Suroz (bispo), Faustino, Lúcio, Cândido, Celiano e Companheiros (mártires), Folcuíno de Thérouanne (bispo), Irineu, Antônio, Teodoro, Saturnino, Vítor e Companheiros (mártires), Júlia d’Arezzo (monja camaldulense), Maria Crucifixa da Rosa (virgem), Maximino de Micy (abade), Sílvia de Brescia (virgem), Urbício de Huesca (eremita), Valeriano de Abbenza (bispo), Boaventura de Pistóia (presbítero, bem-aventurado), Marino de Cava dei Tirreni (abade, bem-aventurado).
Antífona: Alegrem-se os céus e exulte a terra, porque o Senhor nosso Deus virá e terá compaixão dos pequeninos. (Is 49, 13)
Oração: Ó Deus, criador e redentor do gênero humano, quisestes que o vosso Verbo se encarnasse no seio da Virgem. Sede favorável à nossa súplica, para que o vosso Filho Unigênito, tendo recebido nossa humanidade, nos faça participar da sua vida divina. Por nosso Senhor Jesus Cristo, na unidade do Espírito Santo.
Leituras
Leitura: Gênesis (Gn 49, 2.8-10)
Judá, teus irmãos te louvarão
Naqueles dias, Jacó chamou seus filhos e disse: “Juntai-vos e ouvi, filhos de Jacó, ouvi Israel, vosso pai! Judá, teus irmãos te louvarão; pesará tua mão sobre a nuca de teus inimigos, se prostrarão diante de ti os filhos de teu pai. Judá, filhote de leão: subiste, meu filho, da pilhagem; ele se agacha e se deita como um leão, e como uma leoa; quem o despertará? O cetro não será tirado de Judá, nem o bastão de comando dentre seus pés, até que venha Aquele a quem pertencem, e a quem obedecerão os povos”.
Palavra do Senhor!
Comentando a I Leitura
O cetro não será tirado de Judá
Com um só e único ato decide Deus criar a humanidade, e anular com sua ação redentora o débito do pecado por ela contraído. A idéia de um redentor que virá enche toda a antiga lei. Votos e desejos do povo hebreu concentram-se nele. Um autor dos primeiros séculos da era cristã reassume tal expectativa, afirmando que todo o AT trazia Jesus Cristo em seu bojo. O patriarca Jacó, chegado ao fim de seus dias, vê o facho, o cetro do Messias na tribo de Judá e na descendência de Davi, mas é um cetro que supera as vicissitudes históricas de um povo, por ser o cetro de Deus e uma só coisa com ele. O cetro é sinal de seu poder, mas sobretudo de seus amor; porque para Deus reinar é servir a seus servos, feitos seus amigos. [MISSAL COTIDIANO. ©Paulus, 1997]
Salmo Responsorial: 71 (72), 2.3-4ab.7-8.17 (R/.cf.7)
Nos seus dias a justiça florirá e paz em abundância, para sempre
Dai ao rei vossos poderes, Senhor Deus, vossa justiça ao descendente da realeza! Com justiça ele governe o vosso povo, com equidade ele julgue os vossos pobres.
Das montanhas venha a paz a todo o povo, e desça das colinas a justiça! Este rei defenderá os que são pobres, 4bos filhos dos humildes salvará.
Nos seus dias a justiça florirá e grande paz, até que a lua perca o brilho! 8De mar a mar estenderá o seu domínio, e desde o rio até os confins de toda a terra!
Seja bendito o seu nome para sempre! E que dure como o sol sua memória! Todos os povos serão nele abençoados, todas as gentes cantarão o seu louvor!
Evangelho: Mateus (Mt 1, 1-17)
Genealogia de Jesus Cristo, filho de Davi
Livro da origem de Jesus Cristo, filho de Davi, filho de Abraão. Abraão gerou Isaac; Isaac gerou Jacó; Jacó gerou Judá e seus irmãos. Judá gerou Farés e Zara, cuja mãe era Tamar. Farés gerou Esrom; Esrom gerou Aram; Aram gerou Aminadab; Aminadab gerou Naasson; Naasson gerou Salmon; Salmon gerou Booz, cuja mãe era Raab. Booz gerou Obed, cuja mãe era Rute. Obed gerou Jessé. Jessé gerou o rei Davi.
Davi gerou Salomão, daquela que tinha sido a mulher de Urias. Salomão gerou Roboão; Roboão gerou Abias; Abias gerou Asa; 8Asa gerou Josafá; Josafá gerou Jorão; Jorão gerou Ozias; 9Ozias gerou Jotão; Jotão gerou Acaz; Acaz gerou Ezequias; Ezequias gerou Manassés; Manassés gerou Amon; Amon gerou Josias. Josias gerou Jeconias e seus irmãos, no tempo do exílio na Babilônia.
Depois do exílio na Babilônia, Jeconias gerou Salatiel; Salatiel gerou Zorobabel; Zorobabel gerou Abiud; Abiud gerou Eliaquim; Eliaquim gerou Azor; Azor gerou Sadoc; Sadoc gerou Aquim; Aquim gerou Eliud; Eliud gerou Eleazar; Eleazar gerou Matã; Matã gerou Jacó. Jacó gerou José, o esposo de Maria, da qual nasceu Jesus, que é chamado o Cristo.
Assim, as gerações desde Abraão até Davi são quatorze; de Davi até o exílio na Babilônia, quatorze; e do exílio na Babilônia até Cristo, quatorze.
Palavra da Salvação
(Evangelho da Infância de Jesus. Leitura paralela: Lc 3, 23-38)
Comentário o Evangelho
A humanidade do messias
A genealogia de Jesus contém elementos importantes para a correta compreensão de sua identidade. Seu objetivo é mostrar a inserção de Jesus na história do povo de Israel e fazer sua presença, na história humana, ligar-se com a longa história da salvação da humanidade. Jesus, portanto, é apresentado como verdadeiro homem e não como um ser estranho, vindo do céu, não se sabe bem como.
A sucessão de gerações, que prepara a vinda do Messias Jesus, é um retrato da humanidade a ser salva por ele. Repassando a lista de nomes, encontramos gente de todo tipo: piedosos e ímpios, pessoas de comportamento correto e gente de vida não recomendável, operadores de justiça e indivíduos sem escrúpulos no trato com os semelhantes, judeus e estrangeiros, homens e mulheres. Todos eles formam o substrato humano no qual nasceu Jesus. Esta é a humanidade carente de salvação, para a qual ele foi enviado pelo Pai.
Jesus, porém, é apresentado como dom salvífico do Pai para a humanidade. O fato da concepção virginal aponta nesta direção. Quando a lista chega em José, diz-se que ele é o esposo de Maria da qual nasceu Jesus. A sucessão pela linha masculina é rompida, ficando implícito que o Pai de Jesus é o próprio Deus. Ou seja, a salvação não é obra do ser humano. Ela é oferecida pelo Pai por meio do Messias Jesus.
[O EVANGELHO DO DIA. Jaldemir Vitório. ©Paulinas]