São Luís Gonzaga

Terça-feira, 21 de junho de 2011


Considerado o "Patrono da Juventude", São Luís Gonzaga nasceu no ano de 1568 na Corte de Castiglione. Recebeu por parte de sua mãe a formação cristã. Já seu pai o motivava a ser príncipe. Sua família tinha muitas posses mas, graças ao amor de Deus, Luís - desde cedo - deixou-se possuir por esse amor.

Deixar-se amar por Deus é fonte de santidade.

Com dez anos de idade, na corte, frequentando aqueles meios, dava ali testemunho do Evangelho e se consagrou a Nossa Senhora. Ali descobriu seu chamado à vida religiosa e queria ser padre. Seu pai, ao saber disso, o levava para festas mundanas, na tentativa de fazê-lo desistir de sua vocação.

Entrou para a Companhia de Jesus onde viveu durante seis anos.

Com pouco mais de vinte anos, faleceu de uma peste que havia se espalhado em Roma.

São Luís Gonzaga, rogai por nós!

[CANÇÃO NOVA]

Hoje: Dia da Mídia. Início do Inverno


Leituras

Primeira Leitura (Gênesis 13,2.5-18)

Abrão era muito rico em rebanhos, prata e ouro. Lot, que acompanhava Abrão, possuía também ovelhas, bois e tendas, e a região não lhes bastava para aí se estabelecerem juntos. Por isso houve uma contenda entre os pastores dos rebanhos de Abrão e os dos rebanhos de Lot. Os cananeus e os ferezeus habitavam então naquela terra. Abrão disse a Lot: “Rogo-te que não haja discórdia entre mim e ti, nem entre nossos pastores, pois somos irmãos. Eis aí toda a terra diante de ti; separemo-nos. Se fores para a esquerda, eu irei para a direita; se fores para a direita, eu irei para esquerda.”

Lot, levantando os olhos, viu que a toda a planície de Jordão era regada de água (o Senhor não tinha ainda destruído Sodoma e Gomorra) como o jardim do Senhor, como a terra do Egito ao lado de Tsoar. Lot escolheu toda a planície do Jordão e foi para o oriente. Foi assim que se separam um do outro. Abrão fixou-se na terra de Canaã, e Lot nas cidades da planície, onde levantou suas tendas até Sodoma. Ora, os habitantes de Sodoma eram perversos, e grandes pecadores diante do Senhor.

O Senhor disse a Abrão depois que Lot o deixou: “Levanta os olhos, e do lugar onde estás, olha para o norte e para o sul, para o oriente e para o ocidente. Toda a terra que vês, eu a darei a ti e aos teus descendentes para sempre. Tornarei tua posteridade tão numerosa como o pó da terra: se alguém puder contar os grãos do pó da terra, então poderá contar a tua posteridade. Levanta-te, percorre a terra em toda a sua extensão, porque eu te hei de dar.” 18 Abrão levantou as suas tendas e veio fixar-se no vale dos carvalhos de Mambré, que estão em Hebron; e ali edificou um altar ao Senhor.


Salmo14/15

Senhor, quem morará em vosso monte santo?

“Senhor, quem morará em vossa casa?”
É aquele que caminha sem pecado
e pratica a justiça fielmente;
quem pensa a verdade no seu íntimo
e não solta em calúnias sua língua.

Que em nada prejudica o seu irmão
nem cobre de insultos seu vizinho;
que não dá valor algum ao homem ímpio,
mas honra os que respeitam o Senhor.

Não empresta o seu dinheiro com usura
nem se deixa subornar contra o inocente.
Jamais vacilará quem vive assim!


Evangelho (Mateus 7,6.12-14)

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: "Não lanceis aos cães as coisas santas, não atireis aos porcos as vossas pérolas, para que não as calquem com os seus pés, e, voltando-se contra vós, vos despedacem. Tudo o que quereis que os homens vos façam, fazei-o vós a eles. Esta é a lei e os profetas. Entrai pela porta estreita, porque larga é a porta e espaçoso o caminho que conduzem à perdição e numerosos são os que por aí entram. Estreita, porém, é a porta e apertado o caminho da vida e raros são os que o encontram.

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. Os dois caminhos...

(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

Há nesse evangelho três ensinamentos que Jesus vai dizer aos seus discípulos, o primeiro deles a gente conhece,e pode ser traduzido por “Não gastar vela com mau defunto”, ou como dizia o Senhor Manoel, um pernambucano da gema, que pertence ao nosso grupo de reflexões “Ó Xente, na minha terra a gente diz assim “não se dá banho de perfume em bode, mal acabou o banho o bichinho tá fedendo de novo.

Tem pessoas que impermeabiliza o coração, não deixando a Palavra entrar, porque nada enxergam nela de novo, e a rejeitam. São pessoas fechadas a ação do Espírito Santo. Deus com todo seu Poder não arromba o coração de ninguém, ora, quando se bate a porta de alguém e a porta não se abre, ou porque não há ninguém em casa, ou porque a pessoa simplesmente não quer abrir, é inútil continuar batendo. O que nós cristãos temos é valioso demais, é pérola preciosa de melhor qualidade, é o Reino de Deus...

Claro que Deus não desiste das pessoas assim tão fácilmente, mas há pessoas necessitando da Palavra, sequiosas pelo anúncio e testemunho cristão para mudar a vida.

Vamos a essas pois o tempo é precioso e não pode ser desperdiçado com os que a rejeitam, estes terão outra oportunidade...

O segundo ensinamento é tratar bem as pessoas exatamente como queríamos que elas nos tratassem. É colocar-se no lugar delas e isso se chama compaixão, Jesus sentiu isso ao ver a multidão sem rumo e faminta. Compadecer-se é chorar junto, é sofrer junto. Em muitas situações do quotidiano, se nos colocássemos em lugar do outro, certamente nossas atitudes seriam outras.

Queremos ser tratados com respeito, com dignidade, com justiça, queremos que reconheçam nossos valores, não é assim? Enfim, queremos tudo de bom para nós, isso é egoísmo puro! O Discípulo de Jesus projeta tudo isso no irmão pois, por ter esse desejo em relação á humanidade, Jesus esvaziou-se de si mesmo até a morte na cruz.

E o último ensinamento explica o segundo: pensar em mim e desejar para mim tudo de bom, e buscar a minha realização, é a porta larga do comodismo, do consumismo, do egocentrismo, é larga porque nos satisfaz, nos dá prazer, nos faz sentir importantes e poderosos.

A porta estreita porém, é o caminho do discípulo, imaginemos um caminho estreito que no seu final se abre para horizontes de plenitude, que o homem não consegue vislumbrar, quando coloca a sua esperança nas coisas que passam...A morte pode ser então, o fim do caminho, ou a passagem para o largo caminho da comunhão plena com Deus na Vida Eterna...Depende de nós......

2. O que desejais que os outros vos façam, fazei-o

(O comentário do Evangelho abaixo é feito por José Raimundo Oliva - e disponibilizado no Portal Paulinas)

Neste texto temos três sentenças. A primeira, mencionando cães e porcos, é estranha à índole de Jesus. Adapta-se mais às doutrinas esotéricas reservadas a elites de iniciados ou eleitos. Distancia-se assim do anúncio do evangelho a ser feito por todo o mundo, a toda criatura, pelo testemunho do amor que leva à conversão. A segunda sentença: "tudo quanto desejais que os outros vos façam, fazei-o, vós também, a eles", é um patrimônio de várias culturas. É a "regra de ouro" que, pedagogicamente, educa cada pessoa a se identificar com a outra em seus anseios positivos de felicidade e vida.

Cabe aos devotos da Lei e dos Profetas entenderem que na observância desta regra de ouro se resume toda sua doutrina. A alusão às portas e caminhos, largos ou estreitos, aponta para o império romano. Na ânsia de exploração e dominação construíram largas estradas para as grandes cidades dominadas, com suas largas portas, centros de produção e o comércio, favorecendo a sua expropriação. O acesso às pequenas aldeias do povo humilde e pobre, excluído, era feito por estreitas vias. O discípulo deve rejeitar as sedutoras estradas do império e seguir as trilhas dos pequenos e humildes.

3. A Regra de Ouro

(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total a cada mês).

Jesus estabeleceu uma regra preciosa para o trato mútuo entre os discípulos do Reino. Cada um deveria fazer para o outro tudo quanto gostaria que o outro lhe fizesse. É o desafio de dar aquilo o que se gostaria de receber.

Esse princípio tem conseqüências bem práticas. O discípulo faz o bem ao próximo independentemente de retribuição, agindo com um amor gratuito e de qualidade. Ele dá o melhor de si. Procura sempre formas novas de fazer o bem. Não mede esforços quando se trata de ser útil ao irmão. É sempre solícito e serviçal. Tudo isso porque gostaria de ser tratado assim. Não lhe importa o reconhecimento alheio. Esta é sua opção de vida.

Toda Lei e os Profetas, ou seja, toda a Escritura, se resumem nesta regra de ouro do comportamento do discípulo. Não é preciso ir além dela, se se pretende viver um amor entranhado a Deus e ao próximo. O amor a Deus está aí presente porque, a opção do discípulo é uma opção de fé. Ele age assim porque acredita no Senhor e sabe que sua ação é um caminho para o Pai.

Por outro lado, este modo de agir só tem sentido quando se transforma em manifestação de amor ao próximo. O trato cordial e amigo, em última análise, não se baseia na lei da retribuição nem acontece por mera formalidade. Ele é sinal do bem desejado ao outro e da solidariedade que sua presença desperta.