São Marcelino e São Pedro

Quinta-feira, 02 de junho de 2011


Mártires

Os santos de hoje, pertenceram ao clero romano no século IV e viveram no contexto da grande perseguição contra a Igreja de Cristo, por parte do Imperador Diocleciano. Foram mártires por causa do amor a Jesus. Os santos demonstram com a vida e até com a morte, no caso dos mártires, que o amor precisa ser o mais importante.

Foram presos, e na cadeia souberam que o responsável daquela prisão estava deprimido. E quiseram saber o porquê. E a filha deste, estava sendo oprimida pelo maligno. Eles então, anunciaram Jesus àquele pai, e disseram do poder do Senhor para libertá-la. Conseguiram liberação, foram até a casa desta família, anunciaram Jesus, oraram pela libertação daquela criança e que graça, toda a família se converteu, aceitando o santo Batismo. Este pai de família também foi preso e martirizado.

Pedro e Marcelino foram instrumentos da Divina Providência para que a evangelização chegasse a essa família e a tantas outras pessoas.

Estes santos foram decapitados no ano de 304.

Peçamos a intercessão destes santos para que a nossa evangelização seja centrada no amor de Deus, para que muitas famílias se convertam e se tornem sinais visíveis deste amor que santifica e salva, o amor de Deus.

São Marcelino e São Pedro, rogai por nós!

[CANÇÃO NOVA]

Hoje: São Marcelino e São Pedro (mártires), Memória Facultativa.

Leituras

I Leitura: Atos (At 18, 1-8)

Paulo passou a morar com eles

Naqueles dias, Paulo deixou Atenas e foi para Corinto. Ai encontrou um judeu chamado Áquila, natural do Ponto, que acabava de chegar da Itália, e sua esposa Priscila, pois o imperador Cláudio tinha decretado que todos os judeus saíssem de Roma. Paulo entrou em contato com eles. E, como tinham a mesma profissão, eram fabricantes de tendas, Paulo passou a morar com eles e trabalhavam juntos. Todos os sábados, Paulo discutia na sinagoga, procurando convencer judeus e gregos.

Quando Silas e Timóteo chegaram da Macedônia, Paulo dedicou-se inteiramente à palavra, testemunhando diante dos judeus que Jesus era o messias. Mas, por causa da resistência e blasfêmias deles,. Paulo sacudiu as vestes e disse: "Vós sois responsáveis pelo que acontecer. Eu não tenho culpa; de agora em diante, vou dirigir-me aos pagãos". Então, saindo dali, Paulo foi para a casa de um pagão, um certo Tício Justo, adorador do Deus único, que morava ao lado da sinagoga. Crispo, o chefe da sinagoga, acreditou no Senhor com toda a sua família; e muitos coríntios, que escutavam Paulo, acreditavam e recebiam o batismo. Palavra do Senhor!

Comentando a Leitura

Paulo passou a morar com eles; trabalhava e discutia na sinagoga

O ministério da Palavra é sina da gratuidade do dom de Deus. Todo o comportamento do missionário deve refleti-lo e testemunhá-lo (Mt 10, 8). Não fará como os levitas, cuja principal ocupação parecia ser recolher o dízimo. Por outro lado, porém, o dom “!oferecido” pelo apóstolo deve normalmente suscitar um “dom” igualmente gratuito, igualmente revelador da gratuidade divina, por parte dos ouvintes. Para ser mais livre e não dar motivo a suspeitas, Paulo, em geral, não aceita a ajuda ou o dom das comunidades. Trabalha com suas mãos; o que importa acima de tudo é salvaguardar a gratuidade do dom de Deus.

Em situação de missão, as Igrejas redescobriram o valor de um testemunho como o trabalho manual dos sacerdotes, solidários com os mais pobres e, por outro lado, o contratestemunho do “ruído de dinheiro em torno do altar”, por ocasião dos sacramentos. [Extraído do MISSAL COTIDIANO ©Paulus, 1997]


Salmo: 97 (98), 1.2-3ab.3cd-4 (R/.cf.2b)

O Senhor fez conhecer seu poder salvador perante as nações

Cantai ao Senhor Deus um canto novo, porque ele fez prodígios! Sua mão e o seu braço forte e santo alcançaram-lhe a vitória.

O Senhor fez conhecer a salvação, e às nações, sua justiça; recordou o seu amor sempre fiel pela casa de Israel.

Os confins do universo contemplaram a salvação do nosso Deus. Aclamai o Senhor Deus, ó terra inteira, alegrai-vos e exultai!


Evangelho: João (Jo 16, 16-20)

Alegria após o sofrimento

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: "Pouco tempo ainda, e já não me vereis. E outra vez pouco tempo, e me vereis de novo". Alguns dos seus discípulos disseram então entre si: "O que significa o que ele nos está dizendo: 'Pouco tempo, e não me vereis, e outra vez pouco tempo, e me vereis de novo', e 'eu vou para junto do Pai'?" Diziam, pois: "O que significa este pouco tempo? Não entendemos o que ele quer dizer". Jesus compreendeu que eles queriam interrogá-lo; então disse-lhes: "Estais discutindo entre vós porque eu disse: 'Pouco tempo e já não me vereis, e outra vez pouco tempo e me vereis'? Em verdade, em verdade vos digo, vós chorareis e vos lamentareis, mas o mundo se alegrará. Vós ficareis tristes, mas a vossa tristeza se transformará em alegria". Palavra da Salvação!

Comentário o Evangelho

Um pouco de tempo

Os discípulos ficaram cheios de dúvidas diante da expressão enigmática de Jesus: "um pouco de tempo". Por um pouco de tempo, não veriam o Mestre; mais outro pouco de tempo, e voltariam a vê-lo, pois estava indo para o Pai.

As palavras de Jesus são dirigidas a todos quantos haveriam de aderir a ele pela fé. Portanto, a um grupo maior do que o presente na última ceia. A questão do "ver" diz respeito a todos os cristãos.

Durante a sua existência terrena, os discípulos puderam "ver" Jesus, na sua expressão histórica. Foi o tempo da convivência humana com ele. A morte que se aproximava poria fim a esta experiência de proximidade. Algo de novo estava para acontecer: haveriam de ver novamente o Mestre, mas de maneira muito diferente. Como?

A fidelidade do Pai era algo inquestionável para Jesus. Ele estava indo para o Pai, e tinha consciência de que o Pai não permitiria o fracasso de seu projeto de salvação. Isto aconteceu concretamente com a ressurreição, que permitiu a Jesus continuar presente em meio aos discípulos. O Ressuscitado tornou-se, assim, o centro da vida da comunidade.

Ele continuou também a fazer-se presente, na história humana, na vida dos homens e das mulheres que o acolheram na fé. Além disso, Jesus pode ser visto no testemunho de fidelidade a Deus e de amor arraigado ao próximo dado pelos cristãos de todos os tempos. [O EVANGELHO NOSSO DE CADA DIA, Ano A, ©Paulinas, 1997]


Para sua reflexão:

No contexto da ceia e da despedida, o anúncio de Jesus parece transparente: não o verão quando morrer, mas quando ressuscitar, tudo sucederá em breve. De fato o veem e se alegram. O verão quando deixar o mundo e voltar ao Pai; voltarão a vê-lo ao experimentar sua presença gloriosa. “Em breve” significa que sempre está próximo ao homem. A pesar da ausência física de Jesus, o fiel conhece, por experiência e pelo testemunho do Espírito, que Jesus está vivo, perto, e o contempla com os olhos iluminados da fé. (Bíblia do Peregrino)