São Martinho de Tours

Quinta-feira, 11 de novembro de 2010


Hoje celebramos a memória do Bispo São Martinho, que tornou-se intercessor e modelo de apostolado para todos nós.

Nasceu em 316 na Panônia (atual Hungria), numa família pagã que da parte do pai (oficial do exército romano) fez de Martinho um militar, enquanto o Pai do Céu o estava fazendo cristão, já que começou a fazer o Catecumenato.

Certa vez quando militar, mas ainda não batizado, Martinho partiu em duas partes seu manto para dá-lo a um pobre, e assim Jesus aparece-lhe durante a noite e disse-lhe: "Martinho, principiante na fé, cobriu-me com este manto". Então este homem de Deus foi batizado e abandonou a vida militar para viver intensamente a vida religiosa e as inspirações do Espírito Santo para sua vida.

Com a direção e ajuda do Bispo Hilário, Martinho tornou-se monge, Diácono, fundador do primeiro mosteiro na França e depois sacerdote que formava os seus "filhos" para a contemplação e ao mesmo tempo para a missão de evangelizar os pagãos; diferenciando-se com isso dos mosteiros do Oriente.

Por ser fiel no pouco, São Martinho recebeu o mais, que veio com a sua Ordenação para Bispo em Tours. Isto não o impediu de fundar ainda muitos outros mosteiros a fim de melhor evangelizar sua Diocese. Entrou no Céu em 397.

São Martinho de Tours, rogai por nós!

(Fonte: Canção Nova)

Quinta-feira, 11 de novembro de 2010

São Martinho de Tours, Bispo, Memória, 4ª do Saltério (Livro III), cor Litúrgica Branca


Hoje: Dia do Diretor de Escola

Santos: Atenodoro da Mesopotâmia (mártir), Bartolomeu de Grottaferrata (abade), Bertuíno de Malonne (monge, bispo), Menas de Alexandria (mártir), Menas de Santomena (eremita), Teodoro, o Estudita (abade), Valentim, Feliciano e Vitorino (mártires de Ravena), Verano de Lião (bispo), Araldo de Isenhagen (monge, bem-aventurado), Bartolomeu de Marmoûtier (bispo, bem-aventurado), Inês da Bavária (virgem, bem-aventurada)

Antífona: Farei surgir um sacerdote fiel, que agirá segundo o meu coração e a minha vontade, diz o Senhor. (1Sm 2, 35).

Oração: Ó Deus, que fostes glorificado pela vida e morte do bispo são Martinho, renovai em nossos corações as maravilhas da vossa graça, de modo que nem a morte nem a vida nos possam separar do vosso amor. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.


Leituras


Carta de São Paulo a Filêmon (Fm 7-20)

Em Cristo todos nos tornamos iguais

Caríssimo, grande alegria e consolo tive por causa de tua caridade. Os corações dos santos foram reanimados por ti, irmão. Por este motivo, se bem que tenha plena autoridade em Cristo para prescrever-te tua obrigação, prefiro fazer apenas um apelo à tua caridade.

Eu, Paulo, velho como estou e agora também prisioneiro de Cristo Jesus, faço-te um pedido em favor do meu filho que fiz nascer para Cristo na prisão, Onésimo. Antes, ele era inútil para ti; agora, ele é valioso para ti e para mim. Eu o estou mandando de volta para ti.

Ele é como se fosse o meu próprio coração. Gostaria de tê-lo comigo, a fim de que fosse teu representante para cuidar de mim nesta prisão, que eu devo ao evangelho.

Mas, eu não quis fazer nada sem o teu parecer, para que a tua bondade não seja forçada, mas espontânea. Se ele te foi retirado por algum tempo, talvez seja para que o tenhas de volta para sempre, já não como escravo, mas, muito mais do que isso, como um irmão querido, muitíssimo querido para mim quanto mais ele o for para ti, tanto como pessoa humana quanto como irmão no Senhor.

Assim, se estás em comunhão de fé comigo, recebe-o como se fosse a mim mesmo. Se em alguma coisa te prejudicou ou se alguma coisa te deve, põe em minha conta. Eu, Paulo, de meu punho o escrevo; eu o pagarei, para não dizer que tu mesmo me deves a própria vida. Sim, irmão, deixa que eu te explore no Senhor. Conforta em Cristo meu coração. Palavra do Senhor!

Comentando a I Leitura

Acolhe-o já não como escravo, mas como um irmão querido

Paulo não se coloca contra a lei que punia severamente o escravo fugitivo, mas lança sobre ela o novo fermento do amor fraterno que deverá transformá-la. A fé em Cristo, irmão de todo homem, e o amor para com ele, extensivo a todas as criaturas, são o fundamento do novo relacionamento interpessoal entre os crentes.

O batismo liberta Onésimo de toda escravidão e devolve-o a Paulo e ao antigo amo, na qualidade de “irmão caríssimo”. A nova “humanidade cristã” liberta o homem de toda forma de escravidão e faz de todos “filhos de Deus”, chamados a conviver livremente, todos juntos, vinculados pelo amor fraterno. Quanto é difícil, porém, aceitar ainda hoje e atualizar em nossas comunidades esta mensagem, fundamento da vida cristã! Sem amor não haverá nunca liberdade, justiça, paz no mundo.
[MISSAL COTIDIANO, ©Paulus, 1997]


Salmo Responsorial: 145 (146), 7.8-9a.9bc-10 (r/.5a)

Feliz quem se apoia no Deus de Jacó!

O Senhor faz justiça aos que são oprimidos; ele dá alimento aos famintos, é o Senhor quem liberta os cativos.

O Senhor abre os olhos aos cegos, o Senhor faz erguer-se o caído, o Senhor ama aquele que é justo. É o Senhor quem protege o estrangeiro.

Quem ampara a viúva e o órfão, cmas confunde os caminhos dos maus. O Senhor reinará para sempre! Ó Sião, o teu Deus reinará para sempre e por todos os séculos!


Evangelho: Lucas (Lc 17, 20-25)

O Reino de Deus está entre vós

Naquele tempo, os fariseus perguntaram a Jesus sobre o momento em que chegaria o reino de Deus. Jesus respondeu: “O reino de Deus não vem ostensivamente. Nem se poderá dizer: ‘Está aqui’ ou ‘está ali’, porque o reino de Deus está entre vós”.

E Jesus disse aos discípulos: “Dias virão em que desejareis ver um só dia do Filho do homem e não podereis ver. As pessoas vos dirão: ‘Ele está ali’ ou ‘ele está aqui’. Não deveis ir, nem correr atrás. Pois, como o relâmpago brilha de um lado até ao outro do céu, assim também será o Filho do homem, no seu dia. Antes, porém, ele deverá sofrer muito e ser rejeitado por esta geração”. Palavra da Salvação!

(Leitura paralela: Mt 24, 23-28.37-41)

Comentando o Evangelho

A manifestação do reino

No tempo de Jesus, eram fortes as expectativas do fim do mundo e da manifestação de Deus na história humana. A dominação estrangeira já se tornara insuportável. A falta de liberdade, certas atitudes abusivas das autoridades romanas, e o cansaço pela espera do fim geravam uma febre escatológica. Acabava-se por ver o Messias, em toda parte.

Certos grupos, de caráter apocalíptico, iam além. Chegavam a estabelecer calendários, calcular datas, determinar sinais indicativos da consumação dos tempos. É possível que suas descrições aterradoras de guerras, fome e pestes acabassem por gerar um clima de terror no coração das pessoas.

Os fariseus, por sua vez, pregavam o caminho da estrita observância da Lei e a penitência como a forma de melhor preparar-se para a chegada do Messias. Os essênios segregaram-se no deserto, às margens do Mar Morto, formando uma comunidade continuamente voltada para as purificações rituais, à espera do Messias vindouro.

Jesus procurou libertar os discípulos deste escatologismo inútil. Em primeiro lugar, porque o Reino de Deus já estava presente na história humana, na ação do Filho de Deus. Em tudo quanto fazia ou pregava, era o próprio Deus interpelando a humanidade. Em segundo lugar, porque, por ocasião da segunda vinda do Messias, todos haveriam de dar-se conta de sua chegada. Por conseguinte, qualquer preocupação a este respeito seria desnecessária. [O EVANGELHO NOSSO DE CADA DIA, Ano C, ©Paulinas, 1996]

Para Sua Reflexão:

A expressão “reino/reinado de Deus” é quase exclusiva de Jesus. Mas um conteúdo semelhante, com outros aspectos, era conhecido, esperado e objeto de especulações. Dois Salmos anunciam a chegada de Yhwh como rei (96, 13-14 e 98, 8-9). Muitos judeus esperavam a restauração política de Israel. Como Jesus anunciou repetidas vezes a chegada do reinado de Deus, os fariseus o identificam com sua expectativa e lhe perguntam a data exata. Jesus evita uma resposta em termos de cronologia.

O reinado de Deus já está presente e ativo entre eles, na pessoa e ação de Jesus. Depois se dirige aos discípulos para exortá-los à vigilância. O texto distingue “dias” e “o dia”. Segundo o ensinamento tradicional, há dias de Yhwh nos quais o Senhor intervém de forma extraordinária na história; há também o dia decisivo de Yhwh, num futuro indefinido. [Bíblia do Peregrino]