Hoje a Igreja celebra: São Máximo
Segunda-feira, 09 de maio de 2011
Com grande alegria, lembramos São Máximo, bispo de Jerusalém, que entrou para o Martirológio Romano por causa de sua vida de amor a Deus e ao próximo de modo heróico, isto até entrar na glória no ano de 350.
Homem forte, de oração, e responsável no zelo pastoral, São Máximo, pertencente ao clero, já sabia com coragem e sabedoria enfrentar todos os perseguidores romanos. Aconteceu que no seu tempo, começou uma grande perseguição aos cristãos, por isso como modelo e pastor do rebanho foi perseguido, preso, processado e torturado, a ponto de arrancarem-lhe o olho direito e mutilarem-lhe o pé esquerdo, mas nada disso o fez recuar na fé e na fidelidade a Cristo e à Sua Igreja.
Depois da perseguição voltou para Jerusalém e fora aclamado bispo. Desta forma, São Máximo deu seu "máximo" para viver o Evangelho mesmo diante da arrogância dos governantes e hereges que sempre queriam atrapalhar a vida de Igreja de Cristo que é Santa, Una, Católica, Apostólica em suas notas e perseguida em sua história peregrina.
São Máximo, rogai por nós!
[CANÇÃO NOVA]
Leituras
I Leitura: Atos (At 6, 8-15)
Estevão é preso e condenado injustamente
Naqueles dias, Estêvão, cheio de graça e poder, fazia prodígios e grandes sinais entre o povo. Mas alguns membros da chamada Sinagoga dos Libertos, junto com cirenenses e alexandrinos, e alguns da Cilícia e da Ásia, começaram a discutir com Estevão. Porém não conseguiam resistir à sabedoria e ao Espírito com que ele falava.
Então subornaram alguns indivíduos, que disseram: "Ouvimos este homem dizendo blasfêmias contra Moisés e contra Deus". Desse modo, incitaram o povo, os anciãos e os doutores da lei, que prenderam Estevão e o conduziram ao sinédrio. Ai apresentaram falsas testemunhas, que diziam: "Este homem não cessa de falar contra este lugar santo e contra a lei. E nós o ouvimos afirmar que Jesus nazareno ia destruir este lugar e ia mudar os costumes que Moisés nos transmitiu". Todos os que estavam sentados no sinédrio tinham os olhos fixos sobre Estevão, e viram seu rosto como o rosto de um anjo. Palavra do Senhor!
Comentando a Leitura
Não conseguiam resistir à sabedoria e ao Espírito com que Ele falava
Estevão realiza na sua vida a vida de Cristo: na pregação, nos milagres, no processo do Sinédrio, na morte violenta. Seu destino é o mesmo de Cristo, que continua na vida da Igreja. Dizer às pessoas que a religião delas "acabou", que "lei e templo" nenhuma relação tem mais com Deus e com a salvação, não é possível sem provocar luta. A não ser que tais pessoas sejam abertas e dóceis à verdade e à novidade de Deus.
Estevão anuncia que a plenitude da lei e que o novo e definitivo templo de Deus é Cristo. Assim, a verdadeira fidelidade à lei e ao templo exige a superação e leva a Cristo.
Também nós podemos cair numa visão legalista da vida cristã e numa prática formalística da missa e dos sacramentos. Cumpre ser aberto ao sopro do Espírito para fazer da religião um verdadeiro relacionamento com o Deus vivo em Cristo, e não a adoração de ídolos mortos. [Extraído do MISSAL COTIDIANO ©Paulus, 1997]
Salmo: 118 (119), 23-24.26-27.29-30 (R/.1b)
Feliz é quem na Lei do Senhor Deus vai progredindo
Que os poderosos reunidos me condenem; o que me importa é o vosso julgamento! Minha alegria é a vossa aliança, meus conselheiros são os vossos mandamentos.
Eu vos narrei a minha sorte e me atendestes, ensinai-me, ó Senhor, vossa vontade! Fazei-me conhecer vossos caminhos, e então meditarei vossos prodígios!
Afastai-me do caminho da mentira e dai-me a vossa lei como um presente! Escolhi seguir a trilha da verdade, diante de mim eu coloquei vossos preceitos.
Evangelho: João (Jo 6, 22-29)
Discurso do Pão do Céu
Depois que Jesus saciara os cinco mil homens, seus discípulos o viram andando sobre o mar. No dia seguinte, a multidão que tinha ficado do outro lado do mar constatou que havia só uma barca e que Jesus não tinha subido para ela com os discípulos, mas que eles tinham partido sozinhos. Entretanto, tinham chegado outras barcas de Tiberíades, perto do lugar onde tinham comido o pão depois de o Senhor ter dado graças.
Quando a multidão viu que Jesus não estava ali, nem os seus discípulos, subiram às barcas e foram à procura de Jesus, em Cafarnaum. Quando o encontraram no outro lado do mar, perguntaram-lhe: "Rabi, quando chegaste aqui?" Jesus respondeu: "Em verdade, em verdade, eu vos digo, estais me procurando não porque vistes sinais, mas porque comestes pão e ficastes satisfeitos. Esforçai-vos não pelo alimento que se perde, mas pelo alimento que permanece até a vida eterna, e que o Filho do homem vos dará. Pois este é quem o Pai marcou com seu selo".
Então perguntaram: "Que devemos fazer para realizar as obras de Deus?" Jesus respondeu: "A obra de Deus é que acrediteis naquele que ele enviou". Palavra da Salvação!
Comentário o Evangelho
O alimento imperecível
Tendo sido procurado por interesses particulares, Jesus exorta o povo a buscar o alimento imperecível, que dura para a vida eterna. Mais importante que o pão material, necessário para matar a fome física, é o alimento que só o Filho do Homem pode oferecer.
Estas palavras de Jesus podiam dar margem a mal-entendidos. Seus ouvintes corriam o risco de pensar em algo misterioso, conhecido só pelo Mestre, que tinha o poder mágico de substituir o alimento material.
Entretanto, Jesus referia-se a algo muito mais simples: ele mesmo era o alimento que haveria de propiciar vida eterna a quem se dispusesse a acolhê-lo. Suas palavras deveriam ser tomadas num sentido espiritual-existencial. Alimentar-se de Jesus significa acolhê-lo como o Senhor de nossa própria existência. E isto resultará numa espécie de identificação da vida do discípulo com a do Mestre, passando por um processo de transformação. O parâmetro da ação do discípulo será o amor e a solidariedade. Os pobres e marginalizados serão objeto privilegiado de sua atenção. Por estar radicado em Deus, será livre para servir ao próximo, sem qualquer distinção. Este modo de viver terá como desfecho a vida eterna. É a obra de Jesus em nós.