São Melquíades
Sexta-feira, 10 de dezembro de 2010
Hoje nos deixamos atingir pela santidade de vida de um Papa que buscou no Pastor Eterno e Universal toda a graça que necessitava para ser fiel num tempo de transição da Igreja. São Melquíades, de origem africana, fez parte do Clero Romano, até que em 310 faleceu o Papa Eusébio e foi eleito sucessor de São Pedro.
No período de seu governo, Melquíades sofreu com a perseguição aos cristãos pelo Imperador Máximo. Esta perseguição só teve um descanso quando Constantino venceu Máximo na histórica batalha em Roma (312) a qual atribuiu ao Deus dos cristãos. Com isto, surgiu o Edito de Milão em 313, concedendo a liberdade religiosa; assim, São Melquíades passou do Papa da perseguição para o Papa da liberdade dos cristãos.
Durante os quatro anos de seu Pontificado, as piores ameaças nasceram no interior da Igreja com os hereges. São Melquíades foi grande defensor da Fé, por isso combateu principalmente o Donatismo, que contestava a legitimação da eleição dos ministros de Deus e fanaticamente se substituía a qualquer autoridade.
Aproveitou Melquíades, a liberdade religiosa para organizar as sedes paroquiais em Roma e recuperar os bens da Igrejas perdidos durante a perseguição. São Melquíades através da Eucaristia semeou a unidade da Igreja de Roma com as demais igrejas. Entrou no céu em 314 e foi enterrado na Via Ápia, no cemitério de Calisto. Do Doutor Santo Agostinho, São Melquíades recebeu o seguinte reconhecimento: "Verdadeiro filho da paz, verdadeiro pai dos cristãos".
São Melquíades, rogai por nós!
[Canção Nova]
Sexta-feira, 10 de dezembro de 2010
Segunda Semana do Advento - 2ª do Saltério, Livro I - Cor Litúrgica Roxa
Hoje: Dia Internacional dos Direitos Humanos e Dia do Palhaço
Santos: Carpóforo e Abôndio (mártires de Spoleto), Deusdedit da Brescia (bispo), Edíbio de Soissons (bispo), Eulália (uma adolescente de 12 anos) e Júlia (virgens, mártires de Mérida), Gausberto de Cahors (bispo), Gemelo de Ancira (mártir, morreu crucificado), Gregório III (papa), Guimero de St.-Riquier (abade), Ildemaro de Beauvais (bispo), Mauro de Roma (mártir), Júlia de Mérida (mártir), Lucério de Farfa (abade), Melquíades (papa, mártir), Menas, Hermógenes e Êugrafo (mártires de Alexandria, no Egito), Mercúrio e Companheiros (mártires de Lentini), Saturnino, Donato, Anibônia e Companheiros (mártires), Sindulfo de Viena (bispo), Tomás de Farfa (abade), Bartolomeu Albizzi (bem-aveturado), Edmundo Genings (mártir, bem-aventurado), Eustácio White (mártir, bem-aventurado), Jerônimo Ranuzzi (bem-aventurado), João Mason (mártir, bem-aventurado), João Roberts (mártir, bem-aventurado), Pedro Pettinaio (bem-aventurado), Polidoro Plasden (mártir, bem-aventurado), Sydnei Hodgson (mártir, bem-aventurado), Swithin Wells (mártir, bem-aventurado), Tomás Somers (mártir, bem-aventurado)
Antífona: O Senhor descerá com esplendor, para visitar o seu povo na paz e fazê-lo viver a vida eterna.
Oração: Ó Deus onipotente, daí ao vosso povo esperar vigilante a chegada do vosso Filho, para que, instruídos pelo próprio Salvador, corramos ao seu encontro com nossas lâmpadas acesas. Por nosso Senhor Jesus Cristo, na unidade do Espírito Santo.
Leituras
Leitura: Isaias (Is 48, 17-19)
Deus e o povo são pólos complementares
Assim fala o Senhor, teu fiador, o Santo de Israel: “Eu sou o Senhor teu Deus que te ensina o que te é útil, que te conduz pelo caminho que deves trilhar. Se ao menos tivesses prestado atenção aos meus mandamentos: Teu bem-estar teria sido como um rio e tua felicidade como as vagas do mar! Tua descendência teria sido como a areia, teus filhos como os grãos de areia. Teu nome não teria sido exterminado nem apagado na minha presença”. Palavra do Senhor!
Comentando a I Leitura
Ah, se tivesses observado os meus mandamentos!
Para nós que vivemos num mundo de rebelião e desejo de liberdade, pode ser motivo de fecunda reflexão considerar os contínuos malogros dos homens, quando querem construir sozinhos as bases das mais profundas aspirações do coração humano: a paz, a justiça, a igualdade entre os povos. Muitos falam de paz e preparam a guerra; assinam tratados, já pensando em enganar; esbanjam palavrório em favor dos esfomeados e queimam incenso à sociedade de consumo; pregam o amor não sabem proferir uma palavra de perdão. Não existe paz sem Deus, sem fidelidade às suas leis e à sua palavra, sem uma contínua volta a ele com vontade renovada de andar pelos seus caminhos. [MISSAL COTIDIANO, ©Paulus, 1997]
Salmo: 1, 1-2.3.4 e 6
Senhor, quem vos seguir, terá a luz da vida
Feliz é todo aquele que não anda conforme os conselhos dos perversos; que não entra no caminho dos malvados, nem junto aos zombadores vai sentar-se; mas encontra seu prazer na lei de Deus e a medita, dia e noite, sem cessar.
Eis que ele é semelhante a uma árvore, que à beira da torrente está plantada; ela sempre dá seus frutos a seu tempo, e jamais as suas folhas vão murchar. Eis que tudo o que ele faz vai prosperar.
Mas bem outra é a sorte dos perversos. Ao contrário, são iguais à palha seca espalhada e dispersada pelo vento. Pois Deus vigia o caminho dos eleitos, mas a estrada os malvados leva à morte.
Evangelho: Mateus (Mt 11, 16-19)
Exemplos de falta de fé
Com quem hei de comparar a geração de hoje? Parecem meninos que ficam sentados nas praças gritando uns para os outros: ‘Tocamos para vós a flauta e não dançastes, cantamos lamentações e não batestes no peito’. Pois veio João, que não comia nem bebia, e dizem: ‘Está possuído do demônio'. Veio o Filho do homem, que come e bebe, e dizem: ‘Olhem! Um comilão e um beberrão de vinho, amigo de cobradores de impostos e pecadores’. Mas a Sabedoria é reconhecida como justa por suas obras".
Palavra da Salvação!
(Leitura paralela: Lc 7, 31-35.)
Comentando o Evangelho
O perigo da inconstância
A censura que Jesus fez às multidões toda um ponto importante: a constância no seguimento, feito de desprendimento e abertura de coração. No início, o ministério de Jesus deixava as pessoas empolgadas. Seus milagres, seus ensinamentos, seu jeito de relacionar-se com as pessoas era algo novo na sociedade da época. Daí o entusiasmo com que se aproximava dele quem, de algum modo, era objeto de sua ação misericordiosa. E isto parecia predispor a pessoa para um discipulado sincero.
Todavia, na medida em que Jesus lhes apresentava as exigências do Reino, as multidões mostravam-se reticentes e até perdiam o entusiasmo inicial. E o Mestre tornava-se alvo de críticas malévolas, que colocavam em seque a sua pessoa.
Por outro lado, o modo não convencional como ele se comportava era outro ponto de contradição. Talvez esperassem dele atitudes semelhantes às dos rabinos da época. E ficavam frustrados!
Então, muita gente passou a ter uma imagem negativa de Jesus. Seu modo fraterno de estar com as pessoas e conviver com elas levava a confundi-lo com os comilões e beberrões, e os exploradores da boa-fé dos simples. Sua liberdade diante dos preconceitos e, conseqüentemente, a liberdade com que se aproximava dos pecadores e das pessoas de má fama, acabaram por suscitar suspeita a respeito de sua integridade moral.
Jesus, porém, superou tudo isto, sabendo que a sabedoria divina justificava seu modo de agir. [O EVANGELHO NOSSO DE CADA DIA, Ano B, ©Paulinas, 1996]