São Policarpo

Quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011


O santo deste dia é um dos grandes Padres Apostólicos, ou seja, pertencia ao número daqueles que conviveram com os primeiros apóstolos e serviram de elo entre a Igreja primitiva e a Igreja do mundo greco-romano.

São Policarpo foi ordenado Bispo de Esmirna pelo próprio São João, o Evangelista. De caráter reto, de elevado saber, amor à Igreja e fiel à ortodoxia da fé, era respeitado por todos no Oriente.

Com a perseguição aos cristãos, o santo Bispo de 86 anos, escondeu-se até ser preso e levado para o governador, que pretendia convencê-lo de ofender a Cristo. Policarpo, porém, proferiu estas palavras: "Há oitenta e seis anos sirvo a Cristo e nenhum mal tenho recebido dele. Como poderei rejeitar Àquele a quem prestei culto e reconheço como meu Salvador".

Condenado à morte no estádio da cidade, ele próprio subiu na fogueira e testemunhou para o povo: "Sede bendito para sempre, ó Senhor; que o Vosso Nome adorável seja glorificado por todos os séculos". São Policarpo viveu o seu nome – poli=muitos, carpo=fruto – muitos frutos”, que foram regados com suor, lágrimas e, no seu martírio no ano de 155, regado também com sangue.

São Policarpo, rogai por nós!

[CANÇÃO NOVA]

Quarta-feira da 7ª semana do Tempo Comum


Livro de Eclesiástico 4,11-19.

A sabedoria engrandece os seus filhos, toma sob a sua proteção aqueles que a buscam.

Aquele que a ama, ama a vida, e os que madrugam por ela ficarão cheios de alegria.

Aquele que a possuir terá a glória por herança, e o Senhor abençoará o lugar onde ele entrar.

Os que a servem prestam culto ao Santo, e os que a amam são amados pelo Senhor.

Aquele que a ouve julgará as nações, e o que lhe presta atenção permanecerá em segurança.

O que nela confia há-de recebê-la em herança, e a sua posteridade beneficiará da sua posse.

Ao princípio, ela poderá conduzi--lo por caminhos sinuosos; incutir-lhe-á temor e tremor, atormentá-lo-á com a sua disciplina; antes de confiar nele, pô-lo-á à prova com os seus preceitos.

Então, virá a ele pelo caminho direito, fá-lo-á feliz, e desvendar-lhe-á os seus segredos.

Porém, se ele se transviar, ela há-de abandoná-lo, e entregá-lo-á nas mãos da desgraça.


Livro de Salmos 119,165.168.171.172.174.175.

Os que amam a tua lei gozam de grande paz; não há nada que os perturbe.

Observo os teus preceitos e as tuas leis, pois Tu conheces todos os meus caminhos. Tau

Os meus lábios anunciam os teus louvores, porque me ensinas os teus preceitos.

minha língua proclame a tua palavra, porque todos os teus mandamentos são justos.

Eu suspiro, SENHOR, pela tua ajuda; a tua lei faz as minhas delícias.

Viva eu sempre para te louvar; que os teus decretos me ajudem.


Evangelho segundo S. Marcos 9,38-40.

Disse-lhe João: «Mestre, vimos alguém expulsar demônios em teu nome, alguém que não nos segue, e quisemos impedi-lo porque não nos segue.»

Jesus disse-lhes: «Não o impeçais, porque não há ninguém que faça um milagre em meu nome e vá logo dizer mal de mim.

Quem não é contra nós é por nós.


*Comentário ao Evangelho

Por : Pio XII

«Quisemos impedi-lo porque não nos segue»

Imitemos a vastidão daquele amor do próprio Jesus, modelo supremo de amor pela Igreja. É certo que esposa de Cristo é só a Igreja; contudo, o amor do divino Esposo é tão vasto que a ninguém exclui e, na Sua esposa, abraça a todo o gênero humano; pois que o Salvador derramou o Seu sangue na cruz para conciliar com Deus a todos os homens de todas as nações e estirpes, e para os reunir num só corpo. Por conseguinte, o verdadeiro amor da Igreja exige, não só que sejamos todos no mesmo corpo membros uns dos outros, cheios de mútua solicitude (cf. R m 12, 5; 1Cor 12, 25), membros que se alegrem com os que se alegram e sofram com os que sofrem (cf. lCor 12, 26), mas que também nos outros homens, ainda não incorporados connosco na Igreja, reconheçamos outros tantos irmãos de Jesus Cristo segundo a carne, chamados como nós para a mesma salvação eterna.

É verdade que hoje não faltam – e é um grande mal – os que vão exaltando a rivalidade, o ódio, o rancor, como coisas que elevam e nobilitam a dignidade e o valor do homem. Nós, porém, que magoados vemos os funestos frutos de tal doutrina, sigamos o nosso Rei pacífico, que nos ensinou a amar os que não são da mesma nação ou mesma estirpe (cf. Lc 10, 33-37) e até os próprios inimigos (cf. Lc 6, 27-35; Mt 5, 44-48). Nós, compenetrados dos suavíssimos sentimentos do Apóstolo das gentes, com ele cantemos o comprimento, a largura, a sublimidade, a profundeza da caridade de Cristo (cf. Ef 3, 18), que nem a diversidade de nacionalidade, ou de costumes pode quebrar, nem a vastidão imensa do oceano diminuir, nem as guerras, justas ou injustas, arrefecer.[EVANGELHO QUOTIDIANO]