São Porfírio

Sábado, 26 de fevereiro de 2011


Nascido do ano de 353 em Tessalônica da Macedônia, Porfírio foi muito bem formado pelos seus pais, numa busca de piedade e vontade de Deus. Com 25 anos foi para o Egito, onde viveu a austeridade. Depois, seguiu para a Palestina, vivendo como eremita por 5 anos. Devido a uma enfermidade seguiu para Jerusalém, onde se tratou.

São Porfírio percebia que faltava algo. Ele tinha herdado uma grande fortuna, e já tendo discípulos - que vendo a ele seguir a Cristo, também quiseram seguir nosso Senhor nos passos dele - ele ordenou que esses discípulos fossem para Tessalônica e vendessem todos os bens. Ele então, pôde dar tudo aos pobres.

Ele estava muito doente, mas através de uma visão, o Senhor o curou. Mais tarde, passou a trabalhar para ganhar o 'pão de cada dia', sempre confiando na Divina Providência.

O Patriarca de Jerusalém o ordenou sacerdote, e depois Bispo em Gaza, tendo grande influência politica e na religiosidade de todo o povo. Por meio do Espírito Santo e das autoridades, conseguiu que os templos pagãos fossem fechados, e os ídolos destruídos. Não para acabar com a religiosidade, mas para apontar a verdadeira religião: Nosso Senhor Jesus Cristo, único Senhor e Salvador.

Faleceu no século V, deixando-nos esse testemunho: nossa fé, nossa caridade, precisam ter uma ressonância dentro e fora da Igreja, para a glória de Deus e Salvação de todas as pessoas.

São Porfírio, rogai por nós!

[CANÇÃO NOVA]

Sábado da 7a semana do Tempo Comum


Livro de Eclesiástico 17,1-15.

O Senhor criou os homens a partir da terra, e a ela de novo os faz voltar. Determinou-lhes um tempo e um número de dias, e deu-lhes domínio sobre tudo o que há na terra.

Revestiu-os de força como a si mesmo e fê-los à sua própria imagem. Fê-los temidos de todo o ser vivo, e impôs o seu domínio sobre os animais e as aves.

Eles receberam o uso dos cinco poderes do Senhor; como sexto foi-lhes dada a participação da inteligência, e como sétimo, a razão, intérprete dos seus poderes.

Dotou-os de inteligência, língua e olhos, de ouvidos e dum coração para pensar. Encheu-os de saber e de inteligência, e mostrou-lhes o bem e o mal. Pôs o seu olhar sobre os seus corações, a fim de lhes mostrar a grandeza das suas obras.

E lhes concedeu que celebrassem eternamente as suas maravilhas. Louvarão o nome de Deus Santo, publicando a magnificência das suas obras. Concedeu-lhes a ciência, e deu-lhes em herança a lei da vida.

Concluiu com eles uma Aliança eterna, e revelou-lhes os seus decretos. Viram com os próprios olhos a grandeza da sua glória, os seus ouvidos escutaram a majestade da sua voz.

Disse-lhes: «Guardai-vos de toda a iniquidade», e impôs a cada um deveres para com o próximo. Os seus caminhos estão sempre diante dele, não poderão ficar ocultos aos seus olhos.


Livro de Salmos 103(102),13-14.15-16.17-18.

Como um pai se compadece dos filhos, assim o SENHOR se compadece dos que o temem.

Na verdade, Ele sabe de que somos formados; não se esquece de que somos pó da terra.

Os dias dos seres humanos são como a erva: brota como a flor do campo, mas, quando sopra o vento sobre ela, deixa de existir e não se conhece mais o seu lugar.

Mas o amor do SENHOR é eterno para os que o temem e a sua justiça chega até aos filhos dos seus filhos, para os que guardam a sua aliança e se lembram de cumprir os seus preceitos.


Evangelho segundo S. Marcos 10,13-16.

Apresentaram-lhe uns pequeninos para que Ele os tocasse; mas os discípulos repreenderam os que os haviam trazido.

Vendo isto, Jesus indignou-se e disse-lhes: «Deixai vir a mim os pequeninos e não os afasteis, porque o Reino de Deus pertence aos que são como eles. Em verdade vos digo: quem não receber o Reino de Deus como um pequenino, não entrará nele.»

Depois, tomou-os nos braços e abençoou-os, impondo-lhes as mãos.


Comentário ao Evangelho

Por : Bem-Aventurado Guerric de Igny

Acolher o Reino de Deus à maneira de uma criança

Um Menino nasceu para nós: o Deus de majestade aniquilou-Se a Si próprio, tornando-Se semelhante, não apenas ao corpo terreno dos mortais, mas ainda à idade das crianças, imbuído de fraqueza e pequenez. Bem-aventurada infância, cuja fraqueza e simplicidade são mais fortes e mais sábias que todos os homens! Porque a força e a sabedoria de Deus realizam verdadeiramente aqui a Sua obra divina através das nossas realidades humanas.

Sim, a fraqueza desta criança triunfa sobre o príncipe deste mundo; quebra os nossos laços e liberta-nos do cativeiro. A simplicidade deste Menino, que parece mudo e privado da palavra, torna eloquente a linguagem das crianças; Ele fala a linguagem dos homens e dos anjos. [...] Esta criança parece ignorante, mas é Ela que ensina a sabedoria aos homens e aos anjos, Ela que é na verdade [...] a Sabedoria de Deus e o Seu Verbo, a Sua Palavra.

Ó santa e suave infância, tu que restituis aos homens a inocência verdadeira, graças à qual, em qualquer idade, podemos regressar à bem-aventurada infância e assemelharmo-nos a ti, não pela pequenez do corpo, mas pela humildade do coração e pela doçura do comportamento! Certamente que vós, os filhos de Adão, que sois tão grandes aos vossos olhos [...], se não vos converterdes e não vos tornardes como esta criancinha, não entrareis no Reino dos céus. «Eu sou a porta do Reino», diz esta criancinha. Se o homem não se abaixar, esta humilde porta não o deixará entrar.[EVANGELHO QUOTIDIANO]