São Raimundo de Peñafort

Sexta-feira, 07 de janeiro de 2011


Hoje: Dia da Liberdade de Culto; Raimundo Penyafort (Memória Facultativa, cor litúrgica branca)

Santos do Dia: Alderico de Le Mans (bispo), Anastácio de Sens (bispo), Canuto Layard (rei, mártir), Clero (diácono, mártir da África), Crispim de Pavia (bispo), Emílio de Saujon (monge), Félix e Januário (mártires de Heracléia), Juliano de Cagliari (mártir), Luciano de Antioquia (presbítero, mártir), Nicetas de Rémésiana (bispo), Reinaldo de Colônia (monge, mártir), Teodoro do Egito (eremita), Tilo de Solignac (abade), Valentim de Rhaetua (bispo), Eduardo Waterson (mártir, bem-aventurado)

Antífona: Para os retos de coração surgiu nas trevas uma luz: o Senhor cheio de compaixão, justo e misericordioso. (Sl 111,4)

Oração: Ó Deus todo-poderoso, que o Natal do salvador do mundo, manifestado pela luz da estrela, sempre refulja e cresça em nossas vidas. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.


Leituras

Leitura: I Carta de São João (1Jo 5, 5-13)

Crer no testemunho de Deus

Caríssimos, quem é o vencedor do mundo, senão aquele que crê que Jesus é o Filho de Deus? Este é o que veio pela água e pelo sangue: Jesus Cristo. (Não veio somente com a água, mas com a água e o sangue). E o Espírito é que dá testemunho, porque o Espírito é a verdade. Assim, são três que dão testemunho: o Espírito, a água e o sangue; e os três são unânimes. Se aceitamos o testemunho dos homens, o testemunho de Deus é maior. Este é o testemunho de Deus, pois ele deu testemunho a respeito de seu Filho.

Aquele que crê no Filho de Deus tem este testemunho dentro de si. Aquele que não crê em Deus faz dele um mentiroso, porque não crê no testemunho que Deus deu a respeito de seu Filho. E o testemunho é este: Deus nos deu a vida eterna, e esta vida está em seu Filho. Quem tem o Filho, tem a vida; quem não tem o Filho, não tem a vida. Eu vos escrevo estas coisas a vós que acreditastes no nome do Filho de Deus, para que saibais que possuís a vida eterna.

Palavra do Senhor!

Comentário da I Leitura

O espírito, a água e o sangue

O batismo de Jesus nas águas do Jordão e sua morte na cruz são a prova de sua messianidade. A presença de Cristo é continuamente atualizada nos sacramentos da Igreja, particularmente na água do Batismo que nos introduz na Igreja e nos comunica a vida divina, e na Eucaristia, carne e sangue de Cristo, que é "fonte e ápice da vida cristã". O Espírito, dom do Pai e do Filho, completa a obra de salvação: "Com o dom do Espírito, todo homem atinge, na fé, a contemplação e o gosto do mistério do plano da salvação". Do Batismo à Eucaristia, consagrados pelo Espírito Santo que habita em nós (1 Cor 3,16), é este o nosso itinerário para a fé e o mistério de Cristo, a fim de realizar nossa santificação e dedicar-nos à salvação de nossos irmãos. [MISSAL COTIDIANO, Paulus, 1997]


Salmo: 147 (147 B) [1], 12-13.14-15.19-20 (R/.12a)

Glorifica o Senhor, Jerusalém!

Glorifica o Senhor, Jerusalém! Ó Sião, canta louvores ao teu Deus! Pois reforçou com segurança as tuas portas, e os teus filhos em teu seio abençoou.

A paz em teus limites garantiu e te dá como alimento a flor do trigo. Ele envia suas ordens para a terra, e a palavra que ele diz corre veloz.

Anuncia a Jacó sua palavra, seus preceitos, suas leis a Israel. Nenhum povo recebeu tanto carinho, a nenhum outro revelou os seus preceitos.

Este hino convida repetidamente a louvar a Deus, que merece ser louvado

pela sua providência relativamente ao funcionamento ordenado do universo


Evangelho: Lucas (Lc 5, 12-16)

A cura do leproso

Aconteceu que Jesus estava numa cidade, e havia aí um homem leproso. Vendo Jesus, o homem caiu a seus pés, e pediu: "Senhor, se queres, tu tens o poder de me purificar". Jesus estendeu a mão, tocou nele, e disse: "Eu quero, fica purificado". E, imediatamente, a lepra o deixou.

E Jesus recomendou-lhe: "Não digas nada a ninguém. Vai mostrar-te ao sacerdote e oferece pela purificação o prescrito por Moisés como prova de tua cura". Não obstante, sua fama ia crescendo, e numerosas multidões acorriam para ouvi-lo e serem curadas de suas enfermidades. Ele, porém, se retirava para lugares solitários e se entregava à oração.

Palavra da Salvação!

8(Leituras paralelas: Mt 8, 1-4; Mc 1, 40-45)*

Comentário o evangelho

O apelo dos marginalizados

A ação taumatúrgica de Jesus orientou-se, de modo especial, para os marginalizados. Afinal, eram eles que, desprovidos de recursos e vítimas do abandono social, encontravam no Mestre uma tábua de salvação.

O episódio do leproso, prostrado por terra, e suplicando: “Senhor, se quiseres, podes curar-me!” – é a imagem perfeita da expectativa dos pobres em relação ao Messias Jesus. Os leprosos eram as maiores vítimas da marginalização. A doença os obrigava a se manterem fora da cidade, afastados do convívio social. Sua presença era motivo de pânico, porque ninguém queria correr o risco de ser contagiado pela doença e incorrer na impureza ritual.