São Rainério

Segunda-feira 17 de Junho de 2013


Nasceu em Pisa, Itália, no ano de 1118. O santo de hoje teve a graça de nascer em um lar cristão, porém, optou por uma vida no pecado e a consequência foi o vazio existencial. Providencialmente encontrou com Alberto de Córsega, uma grande testemunha em seu tempo, que deixara tudo por causa de Jesus.

Rainério se retirou por um tempo em penitência e nesse momento acontece seu chamado para deixar todos os seus bens. E ele o fez: foi para a Terra Santa, onde ficou muitos anos, visitando os lugares santos e sendo instrumento de conversão para muitos.

São Rainério, obediente a Deus, voltou para Pisa. Tornou-se monge e depois formador dos monges. Foi um apóstolo para o povo, consumindo-se pelo Evangelho, vindo a falecer em 1160.

São Rainério, rogai por nós!


Hoje:


Leituras

Leitura (2 Coríntios 6,1-10)
Leitura da segunda carta de são Paulo aos Coríntios.

6 1 Na qualidade de colaboradores seus, exortamo-vos a que não recebais a graça de Deus em vão.

2 Pois ele diz: "Eu te ouvi no tempo favorável e te ajudei no dia da salvação". Agora é o tempo favorável, agora é o dia da salvação.

3 A ninguém damos qualquer motivo de escândalo, para que o nosso ministério não seja criticado.

4 Mas em todas as coisas nos apresentamos como ministros de Deus, por uma grande constância nas tribulações, nas misérias, nas angústias,

5 nos açoites, nos cárceres, nos tumultos populares, nos trabalhos, nas vigílias, nas privações;

6 pela pureza, pela ciência, pela longanimidade, pela bondade, pelo Espírito Santo, por uma caridade sincera,

7 pela palavra da verdade, pelo poder de Deus; pelas armas da justiça ofensivas e defensivas,

8 através da honra e da desonra, da boa e da má fama.

9 Tidos por impostores, somos, no entanto, sinceros; por desconhecidos, somos bem conhecidos; por agonizantes, estamos com vida; por condenados e, no entanto, estamos livres da morte.

10 Somos julgados tristes, nós que estamos sempre contentes; indigentes, porém enriquecendo a muitos; sem posses, nós que tudo possuímos!

  • Palavra do Senhor.

  • Graças a Deus.


Salmo responsorial 97/98

O Senhor fez conhecer a salvação.

Cantai ao Senhor Seus um canto novo,

porque ele fez prodígios!

Sua mão e o seu braço forte e santo

alcançaram-lhe a vitória.

O Senhor fez conhecer a salvação

e, às nações, sua justiça;

recordou o seu amor sempre fiel

pela casa de Israel.

Os confins do universo contemplaram

a salvação do nosso Deus.

Aclamai o Senhor Deus, ó terra inteira,

alegrai-vos e exultai!


Evangelho (Mateus 5,38-42)

— O Senhor esteja convosco.

— Ele está no meio de nós.

— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus.

— Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, 5 38 disse Jesus: "Tendes ouvido o que foi dito: Olho por olho, dente por dente.

39 Eu, porém, vos digo: não resistais ao mau. Se alguém te ferir a face direita, oferece-lhe também a outra.

40 Se alguém te citar em justiça para tirar-te a túnica, cede-lhe também a capa.

41 Se alguém vem obrigar-te a andar mil passos com ele, anda dois mil.

42 Dá a quem te pede e não te desvies daquele que te quer pedir emprestado".

  • Palavra da Salvação.

  • Glória a Vós, Senhor!


Comentário do Evangelho

A VIOLÊNCIA SUPERADA

(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total a cada mês)

O discípulo do Reino não pode contentar-se com a prática de retribuir olho por olho e dente por dente. Ele se caracteriza pela capacidade de, com firmeza, quebrar a espiral de violência através de atitudes chocantes, até mesmo, para seu agressor. Não é fácil imaginar alguém oferecendo a face esquerda para ser esbofeteada quando já se recebeu um bofetão na direita. Do mesmo modo, alguém que pretenda extorquir uma túnica, em juízo, e ver o lesado oferecer-lhe também o manto. Ou, então, quem é obrigado a fazer companhia a alguém, numa longa caminhada, para protegê-lo dos assaltos, mostrar-se disposto a caminhar o dobro.

Estas atitudes são, à primeira vista, insensatas e injustificáveis. Mas, são normas de conduta para o discípulo. Que finalidade teriam? Jesus não estava pregando uma espiritualidade da humilhação e do sofrimento.

Não lhe interessava ver o discípulo humilhado. O gesto proposto visava converter o agressor para o Reino. Mostrar-lhe que é possível viver sem violência. Abrir-lhe os olhos para a possibilidade de se relacionar com o próximo sem transformá-lo em objeto de seu ódio e estabelecer relações verdadeiramente fraternas e amistosas. A não-violência do discípulo do Reino, portanto, é vivida de forma positiva e construtiva. O Reino vai se construindo onde a violência dá lugar ao amor.

Oração

Senhor Jesus, dá-me força para quebrar a espiral da violência e transformar o ódio em amor.