São Roque González e companheiros mártires

Sexta-feira, 19 de Novembro de 2010


Com alegria celebramos a santidade destes Jesuítas que deram a vida pela fé, amor e esperança em Jesus Cristo, são eles: Roque González e seus companheiros Afonso Rodríguez e João del Castillo.

Roque González nasceu em Assunção do Paraguai, em 1576, e estudou com os Padres Jesuítas, que muito ajudaram-no a desenvolver seus dotes humanos e espirituais.

O coração de Roque González sempre se compadeceu com a realidade dos indígenas oprimidos, por isso ao se formar e ser ordenado Sacerdote do Senhor, aos 22 anos de idade, foi logo trabalhar como padre diocesano numa aldeia carente. São Roque, sempre obediente à vontade do Pai do Céu, entrou no noviciado da Companhia de Jesus, com 33 anos, e acompanhado com outros ousados missionários, aceitou a missão de pacificar terríveis indígenas.

São Roque González fez de tudo para ganhar a todos para Cristo, portanto aprendeu além das línguas indígenas, aprofundou-se em técnicas agrícolas, manejo dos bois e vários outros costumes da terra. Os Jesuítas - bem ao contrário do que muitos contam de forma injusta - tinham como meta a salvação das almas, mas também a promoção humana, a qual era e é a consequência lógica de toda completa evangelização.

Certa vez numa dessas reduções que levavam os indígenas para a vida em aldeias bem estruturadas e protegidas dos colonizadores, Roque González com seus companheiros foram atacados, dilacerados e martirizados por índios ferozes fechados ao Evangelho e submissos a um feiticeiro, que matou o corpo mas não a alma destes que, desde 1628, estão na Glória Celeste.

Em 1988, o Papa João Paulo II canonizou os três primeiros mártires sul-americanos: São Roque González, Santo Afonso Rodríguez e São João del Castillo.

São Roque González e companheiros mártires, rogai por nós!

(Fonte: Canção Nova)

Sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Roque, Afonso e João, Santos Presbíteros e Mártires, Memória, 4ª do Saltério cor Vermelha


Hoje: Dia da Bandeira

Santos: Abdias (profeta bíblico do Antigo Testamento), Aza e seus cento e cinqüenta companheiros, soldados (mártires em Isaurie), Barlaão de Antioquia (mártir), Crispim de Écija (bispo, mártir), Fausto de Alexandria (diácono, mártir), Máximo (presbítero, mártir) , Ponciano (papa, mártir), Severino e Feliciano (mártires de Viena), Rafael Kalinowski de São José (presbítero, bem-aventurado), Tiago Benfatti (bispo, bem-aventurado)

Antífona: Por amor de Cristo, o sangue dos mártires foi derramado na terra. Por isso, sua recompensa é eterna..

Oração: Senhor, que a vossa palavra cresça nas terras onde os vossos mártires a semearam e seja multiplicada em frutos de justiça e de paz. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.


Leituras


Leitura: Apocalipse (Ap 10, 8-11)

Deves profetizar ainda contra outros povos e nações

Aquela mesma voz do céu, que eu, João, já tinha ouvido, tornou a falar comigo: "Vai, Pega o livrinho aberto da mão do anjo que está de pé sobre o mar e a terra". Eu fui até o anjo e pedi que me entregasse o livrinho. Ele me falou: "Pega e come. Será amargo no estômago, mas na tua boca, será doce como mel". Peguei da mão do anjo o livrinho e comi-o. Na boca era doce como mel, mas quando o engoli, meu estômago tornou-se amargo. Então ele me disse: "Deves profetizar ainda contra outros povos e nações, línguas e reis". Palavra do Senhor!

Comentando a I Leitura

Peguei o livrinho e comi-o

Somos todos convidados a interiorizar a palavra do Senhor para vivê-la coerentemente, antes de anunciá-la aos demais. O processo de interiorização da palavra de Deus é muito exigente porque põe a nu nossa realidade e nossas contradições. É fácil defender-se da palavra dos homens: pode-se combatê-la, encontrar álibis e escapatórias. Da de Deus, não.

Por isso tem-se medo de ouvi-la, de deixar-se penetrai; tem-se medo de ter que mudar a si mesmo. E quando não podemos refutá-la ou sufocá-la, tomamos o caminho do compromisso, tentamos mitigar a sua força revolucionária, relativizá-la sob pretexto de humanizá-la e torná-la mais aceitável. Mas se a palavra de Deus é "amarga" por vezes, também é cheia de doçura para quem a aceita e se esforça por vivê-la.

Garante a liberdade, a segurança, a paz, a salvação; dá-nos a coragem de atualizá-la e transmiti-la aos outros como o mais precioso dom.
[MISSAL COTIDIANO, ©Paulus, 1997]


Salmo Responsorial: 118(119), 14.24.72.103.111.131 (R/.103b)

Como é doce ao paladar vossa palavra, ó Senhor!

Seguindo vossa lei me rejubilo muito mais do que em todas as riquezas.

Minha alegria é a vossa Aliança, meus conselheiros são os vossos mandamentos.

A lei de vossa boca, para mim, vale mais do que milhões em ouro e prata.

Como é doce ao paladar vossa palavra, muito mais doce do que o mel na minha boca!

Vossa palavra é minha herança para sempre, porque ela é que me alegra o coração!

Abro a boca e aspiro largamente, pois estou ávido de vossos mandamentos.


Evangelho: Lucas (Lc 19, 45-48)

Purificação do templo

Naquele tempo, Jesus entrou no Templo e começou a expulsar os vendedores. E disse: "Está escrito: 'Minha casa será casa de oração'. No entanto, vós fizestes dela um antro de ladrões". Jesus ensinava todos os dias no Templo. Os sumos sacerdotes, os mestres da Lei e os notáveis do povo procuravam modo de matá-lo. Mas não sabiam o que fazer, porque o povo todo ficava fascinado quando ouvia Jesus falar. Palavra da Salvação!

[Leituras paralelas: Mt 21, 12-17; Mc 11, 15-19; Jo 2, 13-18]

Comentando o Evangelho

Um covil de ladrões

A situação em que se encontrava o templo de Jerusalém fez Jesus relembrar as palavras dos profetas do passado a respeito da sua função e da corrupção que se abateu sobre ele. O profeta Isaias havia anunciado a finalidade do templo:

"casa de oração para todos os povos", por conseguinte, lugar do encontro dos filhos com o Pai, e não só de Israel mas também dos povos espalhados por toda a extensão da Terra. O profeta Jeremias, horrorizado com as abominações cometidas no espaço sagrado, comparou com um "covil de ladrões" o lugar onde o nome de Deus era invocado.

Sendo "casa de oração" não se justificava o comércio instalado no templo, no tempo de Jesus. Seria ingênuo pensar que, por se desenvolver no recinto do templo e ter a finalidade de prestar um serviço aos peregrinos vindos de longe, o comércio ai fosse imune das mazelas próprias desta atividade. Pelo contrário, auferiam-se lucros abusivos, o ideal de serviço desaparecera dando lugar ã exploração, a sacralidade do templo foi violada pelo afã de fazer comércio. Por conseguinte, o culto prestado a Deus pelos peregrinos de boa-fé desenrolava-se em meio a toda sorte de vilipêndio dos seus sentimentos mais sagrados.

A atitude firme de Jesus, que chegou às raias da indignação, justifica-se pelo seu empenho de recuperar a verdadeira imagem de Deus, da antiga tradição teológica de Israel, e o verdadeiro sentido do espaço sagrado: ser lugar de oração.
[O EVANGELHO NOSSO DE CADA DIA, Ano C, ©Paulinas, 1996]

Para sua reflexão: Com, este episódio, Jesus completa a entrada solene na cidade e manifesta o sentido da sua realeza messiânica, assegurando ao templo o culto digno. O ensinamento de Jesus em Jerusalém ultrapassa os três dias citados em Mc 11, 12.20 e os dois de Mt 21,18. Entre os responsáveis da morte de Jesus, Lucas refere as três classes que faziam parte do Conselho ou Sinédrio. (Bíblia dos Capuchinhos)