Hoje a igreja celebra: São Símaco

Neste dia, celebramos um santo Papa que enfrentou um período da história em que a Igreja sofria com pressões internas e externas.

Nasceu na Ilha da Sardenha no século V. Pertenceu ao clero romano e foi eleito Papa em 498. No tempo de Símaco, a Igreja era duramente atingida por perseguições.

Muitas famílias tradicionais de Roma, bem como o Senado, buscavam de todas as formas influenciar a ação da Igreja, trazendo assim muitos prejuízos; isto perdurou por um tempo até levantar-se Símaco. O santo Papa combateu e venceu estes "invasores", recuperando assim a total liberdade da Igreja, na sua organização e disciplina.

Com a queda do império romano e a invasão dos vândalos, godos, visigodos e longobardos, que começavam a dominar o Ocidente, São Símaco, na ousadia, entrou nas intrigas sociais e políticas, para assim tomar partido da paz e da harmonia e não de algum dos lados. Na função eficiente de pai comum, suscitou a inveja do imperador do Oriente que começou a perseguir os cristãos; em resposta a esta atitude corrigiu Símaco: "Lança um olhar, o Imperador, a tantos príncipes que perseguiram a Igreja e vê como todos eles tiveram triste fim, ao passo que a Igreja perseguida continua com tanto mais glória, quanto mais violenta lhe foi a perseguição".

Símaco era conciliador, homem de justiça e sinal de paz.

Em 514 ele partiu para a glória celeste e intercede por nós, para que nos tempos de hoje, por amor a Cristo e à Igreja, sejamos promotores da paz.

São Símaco, rogai por nós!

Hoje:


Leituras

Primeira Leitura (Êxodo 11,10-12,14) Leitura do livro do Êxodo.

Moisés e Aarão tinham operado todos esses prodígios em presença do faraó. Mas o Senhor endureceu o coração do faraó, que não permitiu aos israelitas partirem de sua terra.

O Senhor disse a Moisés e a Aarão: "Este mês será para vós o princípio dos meses: tê-lo-eis como o primeiro mês do ano.

Dizei a toda a assembléia de Israel: no décimo dia deste mês cada um de vós tome um cordeiro por família, um cordeiro por casa.

Se a família for pequena demais para um cordeiro, então o tomará em comum com seu vizinho mais próximo, segundo o número das pessoas, calculando-se o que cada um pode comer.

O animal será sem defeito, macho, de um ano; podereis tomar tanto um cordeiro como um cabrito.

E o guardareis até o décimo quarto dia deste mês; então toda a assembléia de Israel o imolará no crepúsculo.

Tomarão do seu sangue e pô-lo-ão sobre as duas ombreiras e sobre a verga da porta das casas em que o comerem.

Naquela noite comerão a carne assada no fogo com pães sem fermento e ervas amargas.

Nada comereis dele que seja cru, ou cozido, mas será assado no fogo completamente com a cabeça, as pernas e as entranhas.

Nada deixareis dele até pela manhã; se sobrar alguma coisa, queimá-la-eis no fogo.

Eis a maneira como o comereis: tereis cingidos os vossos rins, vossas sandálias nos pés e vosso cajado na mão. Comê-lo-eis apressadamente: é a Páscoa do Senhor.

'Naquela noite, passarei através do Egito, e ferirei os primogênitos no Egito, tanto os dos homens como os dos animais, e exercerei minha justiça contra todos os deuses do Egito. Eu sou o Senhor'.

O sangue sobre as casas em que habitais vos servirá de sinal (de proteção): vendo o sangue, passarei adiante, e não sereis atingidos pelo flagelo destruidor, quando eu ferir o Egito.

Conservareis a memória daquele dia, celebrando-o com uma festa em honra do Senhor: fareis isso de geração em geração, pois é uma instituição perpétua.

  • Palavra do Senhor.
  • Graças a Deus.

Salmo responsorial 115/116B

Elevo o cálice da minha salvação, invocando o nome santo do Senhor.

Que poderei retribuir ao Senhor Deus por tudo aquilo que ele fez em meu favor? Elevo o cálice da minha salvação, invocando o nome santo do Senhor.

É sentida por demais pelo Senhor a morte de seus santos, seus amigos. Eis que sou o vosso servo, ó Senhor, vosso servo que nasceu de vossa serva; mas me quebrastes os grilhões da escravidão1

Por isso oferto um sacrifício de louvor, invocando o nome santo do Senhor. Vou cumprir minhas promessas ao Senhor na presença de seu povo reunido.


Evangelho (Mateus 12,1-8)

— O Senhor esteja convosco.

— Ele está no meio de nós.

— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Mateus.

— Glória a vós, Senhor!

Naquele tempo, Jesus atravessava os campos de trigo num dia de sábado. Seus discípulos, tendo fome, começaram a arrancar as espigas para comê-las.

Vendo isto, os fariseus disseram-lhe: "Eis que teus discípulos fazem o que é proibido no dia de sábado".

Jesus respondeu-lhes: "Não lestes o que fez Davi num dia em que teve fome, ele e seus companheiros, como entrou na casa de Deus e comeu os pães da proposição? Ora, nem a ele nem àqueles que o acompanhavam era permitido comer esses pães reservados só aos sacerdotes.

Não lestes na lei que, nos dias de sábado, os sacerdotes transgridem no templo o descanso do sábado e não se tornam culpados? Ora, eu vos declaro que aqui está quem é maior que o templo.

Se compreendêsseis o sentido destas palavras: 'Quero a misericórdia e não o sacrifício' não condenaríeis os inocentes. Porque o Filho do Homem é senhor também do sábado".

  • Palavra da Salvação.
  • Glória a Vós, Senhor!

Comentário do Evangelho

Os policiais da comunidade...

(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

A exemplo dos moralistas de plantão, os Fariseus eram naquele tempo, aquilo que poderia ser chamado hoje de “policiais da comunidade”, só de olho no que os outros fazem para poder acusa-los perante a autoridade. Claro que a Policia Militar faz esse trabalho, e os bons policiais o fazem com todo zelo, e se perceber uma atitude suspeita de alguém, imediatamente irá abordá-lo pois faz parte do seu trabalho.

Os moralistas também agem dessa forma, seguem á risca a lei e julgam-se no direito de fiscalizar as demais pessoas, para que também o façam e não admitem que alguém venha a violar algum preceito da lei. Pessoas assim tornam-se insuportáveis para os outros, porque são como uma engrenagem sem lubrificante, são secas, rigorosas, até que um dia a “casa cai”, quando os outros descobrem que esse grupo só enganava, porque lhes faltava o essencial: o amor e a misericórdia na relação com os demais.

Esse grupo de Fariseus parece que tiravam o dia para “fiscalizar” as pessoas suspeitas, principalmente Jesus e seus discípulos e neste evangelho, em um dia de sábado o flagram colhendo espigas para comerem, pois no meio da caminhada sentiram fome. Querendo mostrar a Jesus o Santo caminho da Lei de Moisés ( quanta pretensão) acusam os discípulos de estarem fazendo algo que é proibido em dia de sábado: trabalhar!

Jesus toma então alguém importante da História de Israel, o grande Rei Davi, de cuja estirpe viria o Messias, e mostra-lhes que o próprio Davi infligiu aquela lei, quando junto com seus companheiros entrou no templo e comeu dos pães sagrados, exclusivos dos sacerdotes. O ensinamento de Jesus é exatamente esse: que acima de qualquer lei está a Lei do Amor e da preservação da Vida, e toda lei autêntica deve ter ao centro a Vida do Homem. Jesus não revoga a Lei de Moisés, mas lembra o que está no centro dela, e que os Fariseus há muito tinham esquecido. Não se coloque nenhuma Lei ou norma acima do amor e da misericórdia para com as pessoas.

Os membros dos nossos Conselhos Pastorais, bem como os Coordenadores e Cooperadores, devem estar atentos e muito abertos à Palavra de Deus, para que não se corrompam com o velho Farisaísmo que tanto Jesus condenou.

Oração

Pai, faze-me misericordioso no trato com o meu semelhante, e livra-me de toda tendência ao legalismo sem piedade, que se coloca a serviço da morte.


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