Hoje a igreja celebra: São Sisto II e companheiros mártires

Quarta-feira 07 de agosto de 2013 — São Sisto II e companheiros mártires

Os anos que se seguiram de 250 até 260 foram uns dos mais terríveis e ao mesmo tempos gloriosos do Cristianismo; terríveis devido à fúria dos imperadores Décio e Valeriano, e gloriosos por conta da têmpera dos inúmeros mártires, que foram os que mais glorificaram a Deus.

O Santo Papa Sisto II, a quem celebramos neste dia, foi um destes homens que soube transformar o terrível em glória, a partir do seu testemunho de fé, amor e esperança em Cristo Jesus. Pertence à lista de cinco consecutivos Papas mártires, São Sisto II governou a Igreja durante um ano (257 – 258) e neste tempo semeou a paz e a unidade no seio da Igreja de Cristo.

Foi Sisto decapitado pela polícia durante uma cerimônia clandestina que ele celebrava num cemitério da via Ápia. Foram ao mesmo tempo executados seis dos sete diáconos que o rodeavam. Só pouparam algum tempo o diácono Lourenço, seu tesoureiro, a quem deixaram quatro dias para entregar os bens da Igreja. Assim se procedia desde que o imperador Valeriano (+260) estabelecera a pena de morte "sem julgamento, só com verificação de identidade", contra os Bispos, padres e diáconos da religião cristã.

Desta forma, São Sisto II e seus companheiros mártires entregaram suas vidas em sinal de fidelidade a Cristo e foram recompensados com o tesouro da eternidade no Céu.

São Sisto II e companheiros mártires, rogai por nós!

Hoje:


Leituras

Primeira Leitura (Números 13,1-2.25-14,1.26-30.34-35) Leitura do livro dos Números.

Naqueles dias, 13 1 o Senhor disse a Moisés:"Envia homens para explorar a terra de Canaã, que eu hei de dar aos filhos de Israel. Enviarás um homem de cada tribo patriarcal, tomados todos entre os príncipes."

Tendo voltado os exploradores, passados quarenta dias,foram ter com Moisés e Aarão e toda a assembléia dos israelitas em Cades, no deserto de Farã. Diante deles e de toda a multidão relataram a sua expedição e mostraram os frutos da terra.

Eis como narraram a Moisés a sua exploração: "Fomos à terra aonde nos enviaste. É verdadeiramente uma terra onde corre leite e mel, como se pode ver por esses frutos.Mas os habitantes dessa terra são robustos, suas cidades grandes e bem muradas; vimos ali até mesmo filhos de Enac. Os amalecitas habitam na terra do Negeb; os hiteus, os jebuseus e os amorreus habitam nas montanhas, e os cananeus habitam junto ao mar e ao longo do Jordão."

Caleb fez calar o povo que começava a murmurar contra Moisés, e disse: "Vamos e apoderemo-nos da terra, porque podemos conquistá-la." 31 Mas os outros, que tinham ido com ele, diziam: "Não somos capazes de atacar esse povo; é mais forte do que nós."

E diante dos filhos de Israel depreciaram a terra que tinham explorado: "A terra, disseram eles, que exploramos, devora os seus habitantes: os homens que vimos ali são de uma grande estatura;vimos até mesmo gigantes, filhos de Enac, da raça dos gigantes; parecíamos gafanhotos comparados com eles." Toda a assembleia pôs-se a gritar e chorou aquela noite.O Senhor disse a Moisés e a Aarão:"Até quando sofrerei eu essa assembléia revoltada que murmura contra mim? Ouvi as murmurações que os israelitas proferem contra mim.

Dir-lhes-ás: 'juro por mim mesmo', diz o Senhor, 'tratar-vos-ei como vos ouvi dizer.Vossos cadáveres cairão nesse deserto. Todos vós que fostes recenseados da idade de vinte anos para cima, e que murmurastes contra mim, não entrareis na terra onde jurei estabelecer-vos, exceto Caleb, filho de Jefoné, e Josué, filho de Nun.

Explorastes a terra em quarenta dias; tantos anos quantos foram esses dias pagareis a pena de vossas iniqüidades, ou seja, durante quarenta anos, e vereis o que significa ser objeto de minha vingança.Eu, o Senhor, o disse. Eis como hei de tratar essa assembléia rebelde que se revoltou contra mim. Eles serão consumidos e mortos nesse deserto"

  • Palavra do Senhor.
  • Graças a Deus.

Salmo responsorial 105/106

Lembrai-vos de nós, ó Senhor, segundo o amor para com vosso povo!

Pecamos como outrora nossos pais, praticamos a maldade e fomos ímpios; no Egito nossos pais não se importaram com os vossos admiráveis grandes feitos.

Mas bem depressa esqueceram suas obras, não confiaram nos projetos do Senhor. No deserto deram largas à cobiça, na solidão eles tentaram o Senhor.

Esqueceram-se do Deus que os salvara, que fizera maravilhas no Egito; no país de Cam fez tantas obras admiráveis, no mar Vermelho, tantas coisas assombrosas.

Até pensava em acabar com sua raça, não tivesse Moisés, o seu eleito, interposto, intercedendo junto a ele para impedir que sua ira os destruísse.


Evangelho (Mateus 15,21-28)

— O Senhor esteja convosco.

— Ele está no meio de nós.

— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Mateus.

— Glória a vós, Senhor!

Jesus partiu dali e retirou-se para os arredores de Tiro e Sidônia.E eis que uma cananéia, originária daquela terra, gritava: "Senhor, filho de Davi, tem piedade de mim! Minha filha está cruelmente atormentada por um demônio".

Jesus não lhe respondeu palavra alguma. Seus discípulos vieram a ele e lhe disseram com insistência: "Despede-a, ela nos persegue com seus gritos". Jesus respondeu-lhes: "Não fui enviado senão às ovelhas perdidas da casa de Israel" Mas aquela mulher veio prostrar-se diante dele, dizendo: "Senhor, ajuda-me!"

Jesus respondeu-lhe: "Não convém jogar aos cachorrinhos o pão dos filhos"."Certamente, Senhor", replicou-lhe ela; "mas os cachorrinhos ao menos comem as migalhas que caem da mesa de seus donos". Disse-lhe, então, Jesus: "Ó mulher, grande é tua fé! Seja-te feito como desejas. E na mesma hora sua filha ficou curada".

  • Palavra da Salvação.
  • Glória a Vós, Senhor!

Comentário do Evangelho

A Graça Poderosa atinge a todos...

(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

Se nos lembrarmos da reflexão do evangelho de ontem, vamos compreender que a Graça de Deus é Soberana e autônoma, não estando atrelada a nenhum sistema institucionalizado, ou estruturas humanas que aprimorem a sua eficácia. A Graça operante e santificante é eficaz em si mesma cabendo ao homem apenas acolhê-la em sua vida e seu coração, nada mais.

Poderá o leitor questionar, com toda razão: “Então as instituições, inclusive a religiosa, não serve para nada, por causa da sua neutralidade na questão Salvífica?” As estruturas institucionais mostram o esforço do homem em buscar a Deus e a Graça que ele tem para nos oferecer, e como de fato nos oferece, através de Jesus Cristo. Nesse sentido a Igreja é o grande, único e verdadeiro Sacramento de Jesus Cristo para o mundo.

A mulher Cananéia percebeu isso, que a Salvação estava em Jesus Cristo, e por isso não deu a mínima para a Rigorosa Instituição judaizante e aproximou-se de Jesus, que aqui, falando sob o ponto de vista da instituição religiosa, vai lembrar a mulher que a Salvação é exclusiva de Israel, Nação Santa e Raça escolhida. E nesse sentido o seu Messianismo estava focado na nação de Israel, e jamais fora dela.

Mas a mulher não vê sob o olhar da instituição, ela crê na misericórdia Divina que tem algo precioso a oferecer a todas as pessoas, e não apenas aquelas que estão dentro de um sistema religioso. Então aquela mulher pagã ganhou definitivamente o coração de Jesus que percebe nela a grandeza de uma Fé, que não pauta pelos compromissos e obrigações decorrentes do legalismo Mosaico, mas que vislumbra a gratuidade do seu amor, capaz de salvar qualquer homem...

E Jesus inverte a ordem estabelecida, até agora Israel é a única referência e modelo de Povo Salvo, porque cumpre a Lei de Moisés, mas doravante o modelo e referência é aquela mulher Cananéia, que vislumbrou a Salvação enquanto dom gratuito, oferecida por Deus em Jesus Cristo, e por isso ali diante da comunidade dos discípulos Jesus a exalta, colocando-a acima de Israel, onde ele próprio ainda não tinha visto, até o momento, alguém com uma Fé assim.


ORAÇÃO

Espírito benevolente, ajuda-me a superar a rigidez e o fechamento em relação a quem está à margem da comunidade, reconhecendo que, também neles, existe fé.


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