22 de Janeiro de 2014

São Vicente

Um santo amado e citado por muitos santos, como Santo Agostinho, Santo Ambrósio, São Prudêncio e outros que trouxeram à tona o testemunho desse grande diácono e mártir da Igreja.

Nasceu na Espanha, em Huesca, no século terceiro. De uma família muito distinta e conhecida por todos, ele escolheu ser cristão e, assim, viver a santidade.

Vicente viveu num período muito difícil da Igreja. Um tempo em que Diocleciano e Maximiano – imperadores –, começaram a perseguir os cristãos e forçar muitos a se declararem a favor dos deuses; caso contrário, seriam martirizados. O santo de hoje foi um dos que fez a opção por Jesus.

Ele era um grande pregador da Palavra, mais do que isso, buscava viver a Palavra que pregava, esta que é, antes de tudo, Cristo Jesus, o Santo dos Santos, o nosso modelo, o nosso Senhor e Salvador. Diante das ameaças do governador Darciano, ele não recusou a se dizer cristão e fiel ao Senhor.

Os tormentos o perseguiram. Foi um martírio lento, sempre com o objetivo de vencê-lo para que Darciano se desse como herói diante do Cristianismo, mas também com o objetivo de levar São Vicente a renunciar a própria fé, a sacrificar aos deuses. Fiel a Deus e sustentado pela oração, diante de si ele tinha o seu grande amor: Deus. Sendo assim, ele for martirizado aos poucos, até mesmo levado à grelha, tendo seu corpo dilacerado, jogado numa prisão e, por fim, Darciano deixou-o num leito pedindo que cuidassem dele. Ali, sim, ele foi visitado por outros cristãos e entregou-se a Deus.

São Vicente tornou-se modelo para todos os cristãos e também padroeiro principal do patriarcado de Lisboa e também da diocese de Faro.

São Vicente, rogai por nós!


Leitura

Leitura(1 Samuel 17,32-33.37.40-51)

17 32 Davi disse-lhe: “Ninguém desanime por causa desse filisteu! Teu servo irá combatê-lo”.

33 “Combatê-lo, tu?!”, exclamou o rei. “Não é possível. Não passas de um menino e ele é um homem de guerra desde a sua mocidade”.

37 “O Senhor”, acrescentou, “que me salvou das garras do leão e do urso, salvar-me-á também das mãos desse filisteu”. “Vai”, disse Saul a Davi; “e que o Senhor esteja contigo!”

40 E, tirando a armadura, tomou seu cajado e escolheu no regato cinco pedras lisas, pondo-as no alforje de pastor que lhe servia de bolsa. Em seguida, com a sua funda na mão, avançou contra o filisteu.

41 De seu lado, o filisteu, precedido de seu escudeiro, aproximou-se de Davi,

42 mediu-o com os olhos, e, vendo que era jovem, louro e de delicado aspecto, desprezou-o.

43 Disse-lhe: “Sou eu porventura um cão, para vires a mim com um cajado?” E amaldiçoou-o em nome de seus deuses.

44 “Vem”, continuou ele, “e eu darei a tua carne às aves do céu e aos animais da terra!”

45 Davi respondeu: “Tu vens contra mim com espada, lança e escudo; eu, porém, vou contra ti em nome do Senhor dos exércitos, do Deus das fileiras de Israel, que tu insultaste.

46 Hoje o Senhor te entregará nas minhas mãos, e eu te matarei, cortar-te-ei a cabeça, e darei os cadáveres do exército dos filisteus às aves do céu e aos animais da terra. Toda a terra saberá que há um Deus em Israel;

47 e toda essa multidão saberá que não é com a espada nem com a lança que o Senhor triunfa, pois a batalha é do Senhor, e ele vos entregou em nossas mãos!”

48 Levantou-se o filisteu e marchou contra Davi. Davi também correu para a linha inimiga ao encontro do filisteu.

49 Meteu a mão no alforje, tomou uma pedra e arremessou-a com a funda, ferindo o filisteu na fronte. A pedra penetrou-lhe na fronte, e o gigante caiu com o rosto por terra.

50 Assim venceu Davi o filisteu, ferindo-o de morte com uma funda e uma pedra. E como não tinha espada na mão,

51 correu ao filisteu, subiu-lhe em cima, arrancou-lhe a espada da bainha e acabou de matá-lo, cortando-lhe a cabeça. Vendo morto o seu campeão, os filisteus fugiram.

  • Palavra do Senhor!

  • Graças a Deus.


Salmos

Salmo responsorial143/144

Bendito seja o Senhor, meu rochedo!

Bendito seja o Senhor, meu rochedo,

que adestrou minhas mãos para a luta

e os meus dedos treinou para a guerra!

ele é meu amor, meu refúgio,

libertador, fortaleza e abrigo;

é meu escudo: é nele que espero,

ele submete as nações a meus pés.

Um canto novo, meu Deus, vou cantar-vos,

nas dez cordas da harpa louvar-vos,

a vós, que dais a vitória aos reis

e salvais vosso servo Davi.


Evangelho

Evangelho (Marcos 3,1-6)

— O Senhor esteja convosco.

— Ele está no meio de nós.

— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Marcos.

— Glória a vós, Senhor!

Naquele tempo, 3 1 entrou Jesus na sinagoga e achava-se ali um homem que tinha a mão seca.

2 Ora, estavam-no observando se o curaria no dia de sábado, para o acusarem.

3 Ele diz ao homem da mão seca: "Vem para o meio."

4 Então lhes pergunta: "É permitido fazer o bem ou o mal no sábado? Salvar uma vida ou matar?" Mas eles se calavam.

5 Então, relanceando um olhar indignado sobre eles, e contristado com a dureza de seus corações, diz ao homem: "Estende tua mão!" Ele estendeu-a e a mão foi curada.

6 Saindo os fariseus dali, deliberaram logo com os herodianos como o haviam de perder.

  • Palavra da Salvação.

  • Glória a Vós, Senhor!


Comentário do Evangelho

FAZER O BEM É SEMPRE PERMITIDO

Jesus sabia-se livre para fazer o bem, mesmo atropelando as tradições religiosas de seu tempo. Sua liberdade, entretanto, podia ser mal entendida e tomada como uma forma irresponsável de chocar a sensibilidade religiosa alheia. Ou, então, como uma espécie de anarquismo, onde regras e normas são tranqüilamente atropeladas.

Uma consciência profunda de ser servidor do Reino de Deus movia a ação de Jesus. Enquanto servo, ele se colocava à disposição do Pai, cuja vontade estava sempre pronto para cumprir. O desígnio do Pai era que o Reino acontecesse de maneira efetiva na vida das pessoas, resgatando-as de tudo quanto pudesse mantê-las cativas. A doença é uma forma de limitação da força vital concedida a cada ser humano. Libertar-se dela é sinal de resgate do dom original de Deus. Por isso, quando se tratava de recuperar a saúde de alguém, Jesus passava por cima de todas as convenções religiosas.

A pressão sofrida por parte dos fariseus não intimidava Jesus. Ele não curava às escondidas, nem se preocupava de saber se estava agradando ou não a seus críticos. Um homem foi curado no meio da sinagoga repleta, num dia de sábado. Era inadmissível para Jesus vê-lo com sua deficiência física e se omitir. Embora atraísse o ódio de muitos sobre si, escolheu o caminho da fidelidade ao Pai, restituindo ao homem o pleno uso de sua mão.


Oração

Senhor Jesus, tua liberdade para servir ao Pai e ao Reino são uma referência para mim. Que também eu seja livre para fazer sempre o bem ao meu próximo.