São Vitor

Terça-feira, 12 de abril de 2011


Nasceu na aldeia de Passos, perto de Braga (Portugal), onde viveu toda sua juventude para Deus. Era catecúmeno, e se preparava para receber a graça do Batismo.

Jovem muito dado, encontrou um grupo de pagãos que prestava culto a um ídolo. Eles o chamavam a adorar este ídolo, e ele se recusou. Então, Vitor foi levado diante do governador e questionado.

Por não renunciar a sua fé, foi preso numa árvore e flagelado. E em seguida, decapitado.

São Vitor foi fiel a Cristo em todos os momentos, entregando-se a Jesus desde a juventude.

São Vitor, rogai por nós!

[CANÇÃO NOVA]

Quinta Semana da Quaresma - 1ª Semana do Saltério (Livro II) - cor Litúrgica Roxa


Hoje: Dia do Hino Nacional Brasileiro

Santos: Agatônica, Panfílio, Carpo, Agatodoro e Companheiros (mártires), Guinoc da Escócia (bispo), Hermenegildo (rei, mártir), Martinho I (papa, mártir), Márcio (abade), Máximo, Dádio e Quintiliano (três irmãos, mártires da Bulgária), Urso de Ravena (bispo), Eduardo Catherick (mártir, bem-aventurado), Ida de Lovaina (monja, virgem, bem-aventurada), Ida de Bolonha (viúva, bem-aventurada), Tiago de Certaldo (monge, bem-aventurado), João Lockwood (presbítero, mártir, bem-aventurado), Margarida de Città di Castello (virgem, bem-aventurada).

Antífona: Espera no Senhor e sê corajoso! Fortifique-se teu coração; espera no Senhor. (Sl 26,4)

Oração do Dia: Concedei-nos, ó Deus, perseverar no vosso serviço para que, em nossos dias, cresça em número e santidade o povo que vos serve Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na Unidade do Espírito Santo.


Leituras

1ª Leitura: Números (Nm 21, 4-9)

A presença de uma imagem de serpente no templo

Naqueles dias, os filhos. de Israel partiram do monte Hor, pelo caminho que leva ao mar Vermelho, para contornarem o país de Edom. Durante a viagem, o povo começou a impacientar-se, e se pôs a falar contra Deus e contra Moisés, dizendo: "Por que nos fizestes sair do Egito para morrermos no deserto? Não há pão, falta água, e já estamos com nojo desse alimento miserável". Então o Senhor mandou contra o povo serpentes venenosas, que os mordiam; e morreu muita gente em Israel.

O povo foi ter com Moisés e disse: "Pecamos, falando contra o Senhor e contra ti. Roga ao Senhor que afaste de nós as serpentes". Moisés intercedeu pelo povo, e o Senhor respondeu: "Faze uma serpente abrasadora e coloca-a como sinal sobre uma haste; aquele que for mordido e olhar para ela viverá". Moisés fez, pois, uma serpente de bronze e colocou-a como sinal sobre uma haste. Quando alguém era mordido por uma serpente, e olhava para a serpente de bronze, ficava curado. Palavra do Senhor!

Comentando a Leitura

Aquele que for mordido e olhar para a serpente de bronze viverá

Penso no olhar cheio de confiança de quem se voltava para a serpente para obter a cura: aquele olhar era uma vida voltada para a salvação. Penso no olhar de quantos no Calvário contemplavam Jesus erguido entre o céu e a terra pela salvação do mundo; nos olhares que diariamente se voltam para o crucifixo. E penso no olhar que Jesus, no Calvário, pousou sobre todos e cada um dos presentes, com que abraçou toda a humanidade e continua hoje a olhar-nos, no desejo de cruzar com o nosso olhar para lhe transfundir a riqueza infinita de seu amor E um olhar rico de todos os matizes que pode assumir a vida no concreto de suas manifestações, e que não pousa em vão sobre aqueles que se voltam para ele na fé e no amor. [Extraído do MISSAL COTIDIANO, ©Paulus, 1997]


Salmo: 101 (102), 2-3.16-18.19-21 (R/.15b)

Ouvi, Senhor, e escutai minha oração e cheque até vós o meu clamor

Ouvi, Senhor, e escutai minha oração, e chegue até vós o meu clamor! De mim não oculteis a vossa face no dia em que estou angustiado! Inclinai o vosso ouvido para mim, ao invocar-vos atendei-me sem demora!

As nações respeitarão o vosso nome, e os reis de toda a terra, a vossa glória; quando o Senhor reconstruir Jerusalém e aparecer com gloriosa majestade, ele ouvirá a oração dos oprimidos e não desprezará a sua prece.

Para as futuras gerações se escreva isto, e um povo novo a ser criado louve a Deus. Ele inclinou-se de seu templo nas alturas, e o Senhor olhou a terra do alto céu, para os gemidos dos cativos escutar e da morte libertar os condenados.


Evangelho: João (Jo 8, 21-30)

Incredulidade dos ouvintes

Naquele tempo disse Jesus aos fariseus: "Eu parto e vós me procurareis, mas morrereis no vosso pecado. Para onde eu vou, vós não podeis ir". Os judeus comentavam: "Por acaso, vai-se matar? Pois ele diz: 'Para onde eu vou, vós não podeis ir'?" Jesus continuou: "Vós sois daqui debaixo, eu sou do alto. Vós sois deste mundo, eu não sou deste mundo. Disse-vos que morrereis nos vossos pecados, porque, se não acreditais que eu sou, morrereis nos vossos pecados". Perguntaram-lhe pois: "Quem és tu, então?" Jesus respondeu: "O que vos digo, desde o começo. Tenho muitas coisas a dizer a vosso respeito, e a julgar, também. Mas aquele que me enviou é fidedigno, e o que ouvi da parte dele é o que falo para o mundo". Eles não compreenderam que lhes estava falando do Pai. Por isso, Jesus continuou: "Quando tiverdes elevado o Filho do Homem, então sabereis que eu sou, e que nada faço por mim mesmo, mas apenas falo aquilo que o Pai me ensinou. Aquele que me enviou está comigo. Ele não me deixou sozinho, porque sempre faço o que é de seu agrado". Enquanto Jesus assim falava, muitos acreditaram nele. Palavra da Salvação!

Comentando o Evangelho

Jesus revela sua identidade

Os diálogos entre Jesus e seus adversários eram pontilhados de mal-entendidos. As palavras do Mestre eram tomadas numa conotação indevida, acabando por alterar-lhes o sentido. Quando Jesus evocava sua próxima volta para o Pai, eles pensavam em suicídio. O Mestre afirmava que era do Alto e não deste mundo. Seus adversários, no entanto, não percebiam do que se tratava. Sua mente obtusa não lhes permitia captar o sentido de qualquer afirmação de Jesus.

Ao falar de si mesmo, como "Eu Sou", Jesus retomava o nome divino revelado a Moisés na teofania da sarça ardente. "Eu sou", dito de Jesus, portanto, colocava-o no mesmo nível da divindade, afirmando sua unidade profunda com Deus tanto no ser quanto no agir.

Os adversários do Mestre eram incapazes de dar este salto de qualidade. Seu horizonte teológico era insuficiente para isto. A conjugação do "Eu Sou" vétero-testamentário com a pessoa de Jesus de Nazaré supunha uma abertura de mente impossível de ser encontrada no âmbito do farisaísmo. O monoteísmo monolítico de sua fé não lhes permitia aceitar a pessoa do Messias, sem causar rupturas. Este, porém, ao revelar sua unidade com o Pai, não tinha nenhuma intenção de negar a fé monoteísta de seu povo. Simplesmente, ele sabia que Javé não era um Deus solitário. Junto com ele, estava seu Filho querido. [Evangelho nosso de cada dia, Pe. Jaldemir Vitório, ©Paulinas, 1997]